[A ascensão do ministro Joaquim Barbosa à presidência simultânea do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) pode, de repente, render ao país e à ética na política e na coisa pública benefícios mais imediatos do que se pensa e deseja. Pelo menos, essa é a esperança que nos traz a notícia abaixo, publicada no Estadão de hoje.]
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa,
afirmou nesta terça-feira, 11, que o Ministério Público deve investigar
as declarações feitas pelo operador do mensalão Marcos Valério que
colocariam o ex-presidente Lula [o NPA, Nosso Pinóquio Acrobata] no centro do esquema.
Na saída da sessão do Conselho Nacional de Justiça, Barbosa afirmou que
teve "conhecimento oficioso, não oficial" do teor do depoimento prestado
por Marcos Valério e revelado hoje pelo Estado. E, perguntado se as denúncias devem ser investigadas pelo Ministério Público, foi sucinto: "Creio que sim".
Valério disse que o ex-presidente deu o "ok" para os empréstimos bancários que financiaram o esquema. O encontro teria ocorrido no
gabinete presidencial, conforme a versão contada por Valério. O
empresário e operador do mensalão disse também ter repassado dinheiro
para que Lula arcasse com despesas pessoais. De acordo com Valério, os
recursos foram depositados na conta da empresa de segurança Caso, de
propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. No depoimento,
Valério classifica Godoy como um "faz-tudo" do ex-presidente Lula.
A existência do depoimento com novas acusações do empresário mineiro foi
revelada pelo Estado em 1.º de novembro. Após ser condenado pelo
Supremo como o "operador" do mensalão, Valério procurou voluntariamente a
Procuradoria-Geral da República. Queria, em troca do novo depoimento e
de mais informações de que ainda afirma dispor , obter proteção e
redução de sua pena. A oitiva ocorreu no dia 24 de setembro em Brasília -
começou às 9h30 e terminou três horas e meia depois; 13 páginas foram
preenchidas com as declarações do empresário, cujos detalhes eram
mantidos em segredo até agora.
O Estado teve acesso à íntegra do depoimento, assinado
pelo advogado do empresário, o criminalista Marcelo Leonardo, pela
subprocuradora da República Cláudia Sampaio e pela procuradora da
República Raquel Branquinho.
[Seria esse o começo, afinal, do cerco da Justiça ao NPA e o início do fim de sua inexplicável e absurda impunidade?! Como ele não tem mais foro privilegiado, seria investigado pela primeira instância, uma área talvez mais suscetível a pressões do PT e do próprio NPA. Mas, vale a pena pagar p'ra ver.]
Amigo VASCO:
ResponderExcluirEm meu comentário à notícia anterior, falei da necessidade de alguém graúdo abrir o bico.
Marcos Valério pertence a essa classificação.
É um arquivo vivo.
Mas isso não é caso de primeira instância, porém, a vaidade de alguns juízes pode atrapalhar o andamento do caso.
O MP tem que entrar firme nesse caso.
Abraços - LEVY