sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Continua o barata-voa no setor elétrico de Dilma NPS -- o consumidor já sabe que vai pagar essa conta, o problema é saber a quanto isso vai chegar

Em qualquer país decente, com uma sociedade coerente, um Congresso honesto e uma oposição competente Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) já estaria expulsa do Planalto não apenas pelo oceano de corrupção da Petrobras mas também pelo desmonte do setor elétrico do país. O símbolo da abissal incompetência da madame nessa área importantíssima da nossa economia é a malfadada MP 579. Como somos um país com mania de ser "diferente" e com complexo de masoquista, parte do eleitorado resolveu reeleger a madame -- péssima notícia para o setor elétrico, para os nossos bolsos e para o país. Gostaria de ver as caras dos eleitores de Dilma NPS que receberem suas próximas contas de luz com aumentos superiores a 15% (em média), para os consumidores residenciais. Esse aumento exagerado da energia elétrica não ajudará em nada no combate à inflação, que já está acima do teto fixado pelo próprio governo.

Com seu costumeiro viés autoritário e sua ignorância antológica, Dilma NPS achou que podia baixar por decreto as tarifas de energia elétrica e fez a a interminável lambança que aí está. Cada tentativa de "correção" esboçada pelo governo da madame só faz piorar o que já esta péssimo. Pressionada pelas urnas e pela catástrofe cada vez mais próxima e tangível no setor elétrico, nossa Dama de Ferrugem ensaia mais uma lambança. Sem atacar a essência dos problemas do setor, a madame toma medidas pontuais e não concatenadas. Do alto de sua sapiência, Dilma NPS resolve cuidar primeiro da unha encravada de quem está com pneumonia dupla, nefrite aguda e anemia profunda, com leito já reservado na UTI.

A Aneel, uma agência reguladora de independência zero, propôs na terça-feira 14/10 reduzir o teto do preço da energia de curto prazo em 2015. A proposta da Aneel consiste basicamente em mudar a usina de referência que baliza as operações de compra e venda de energia, trocando a usina termelétrica de Camaçari na Bahia pela usina térmica Mário Lago, no Rio de Janeiro, que é mais barata. Como sempre, a Aneel erra duas vezes: na maneira de atuar e no timing da atuação. Uma inutilidade.

Há 12 anos a térmica de Camaçari é usada como referência pela AneelA usina foi escolhida para ser a referência de preço porque, entre as termoelétricas de grande porte, era a que tinha o custo de geração mais alto. Esse valor, de R$ 350 por megawatt/hora (MWh), foi estabelecido à época como teto do preço da energia de curto prazo, o chamado PLD (Preço de Liquidação das Diferenças). Atualizado pela variação do IGP-DI, esse teto chegou aos atuais R$ 822,83. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda agora mudar essa regra de preço.

Com 35 anos de operação e cinco turbinas, Camaçari pertence à Chesf, do grupo Eletrobrás. Em 2002, a usina passou por uma reforma que elevou sua potência de 292,5 MW para 346,8 MW. Movida a óleo diesel, passou a funcionar também a gás natural. Hoje, seu custo a diesel é de R$ 915,17 por MWh, acima do teto do PLD. A gás, a usina gera a R$ 723,99 por MWh.

Camaçari ainda é considerada uma usina de grande porte, mas seu custo de operação é muito elevado. O presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello, diz que 70% das usinas térmicas do País geram energia a um valor de até R$ 600 por MWh. O gerente de Regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos, lembra que térmicas mais novas são mais baratas e eficientes. Usinas a óleo combustível e diesel, mais caras e poluentes, há anos não participam dos leilões feitos pelo governo. Por todas essas razões, o preço da energia no mercado pode sofrer mudanças a partir de 2015. A Aneel abriu uma consulta pública para avaliar alterações nos valores mínimo e máximo. Polêmico, o tema já mobiliza o setor, que se movimenta para influenciar as discussões. Essa questão da escolha da usina de balizamento do mercado e da demora em revisá-la, com todos esses anos de choro e ranger de dentes contra o preço da energia no país, mostra a incompetência, a subserviência e a péssima qualificação de quem comanda uma área vital do setor elétrico (isto digo eu e não o Estadão).  

Submissa e serviçal, a Aneel propõe essa redução de teto tarifário em plena campanha eleitoral e às vésperas da votação do segundo turno para presidente da República. Dilma NPS chiou e chamou de "golpe" a liberação agora das denúncias da gigantesca corrupção na Petrobras, mas não diz nada desse golpe demagógico com a Aneel e as tarifas na mesma época (esta  é a minha opinião, não a do Estadão). 

Tentando tapar o sol com a peneira, a Aneel nega que tenha havido pressão do governo para a apresentação de sua proposta tarifária. "Não houve nem pressão nem pedido do governo para mexer no PLD [sigla para Preço de Liquidação de Diferenças, que estabelece limites para o valor da energia no mercado para compra imediata]", afirmou o diretor. "O que houve foi uma iniciativa da Aneel, como já faz todo ano, de rediscutir esse assunto", disse nesta terça-feira (14) o diretor-geral da reguladora, Romeu Rufino.

Para não fugir da regra, a proposta da Aneel já bagunçou ainda mais o setor. A mudança sugerida pela reguladora travou o mercado livre de energia na terça-feira 14/10, fazendo com que comercializadores interrompessem os negócios nesse mercado.

A Aneel propôs alterar tanto o mínimo quanto o teto do PLD. Atualmente, esses valores variam entre R$ 15,62 e R$ 822,83. Pela nova proposta da agência, eles ficariam entre R$ 30,26 e R$ 388. A redução do teto seria de 53%. Segundo comercializadores de energia ouvidos pela Folha, a iminência do corte trouxe insegurança ao mercado, que está retendo a energia disponível, pois não sabe mais o preço real dela.

"É mais uma quebra de regras. Todos pararam os negócios com medo de uma judicialização do setor", diz João Carlos Mello, da Thymos. Segundo ele, consumidores do mercado livre de energia que fecharam contratos antes do anúncio desta terça devem perder dinheiro e, provavelmente, contestarão a mudança na Justiça.

Paulo Toledo, da Ecom, afirma que, há uma semana, a energia no mercado livre estava cotada entre R$ 450 e R$ 500 por MWh. Agora, é impossível definir seu preço. "Uma mudança dessas em um momento de estresse do setor pode trazer consequências que não estão sendo consideradas", diz.

A Aneel se defende e diz que não havia outro momento para fazer as alterações. Segundo a agência, mudanças no mercado de curto prazo precisam ser feitas antes do início do período chuvoso, que começa em novembro. Onde se lê "início do período chuvoso, que começa em novembro" leia-se (digo eu e não a Folha de S.Paulo) "dia 26 de outubro, dia da votação do segundo turno da eleição presidencial".
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PS - Para ajudar na visualização do problema da seca atual para o setor elétrico, apresento abaixo o Mapa da Seca feito pela Editoria de arte/Folhapress e publicado pela Folha de S. Paulo em 15/10 com o nível dos principais reservatórios do país (clique na imagem para ampliá-la) em 12/10/2014:



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Custo da energia ameaça 7 grandes empresas do Nordeste

Em reportagem de Renée Pereira, publicada em 25/10, o jornal O Estado de S. Paulo informa que com o fim dos contratos com a Chesf, que dispensavam intermediação de distribuidoras, valor do megawatt/hora deve ficar três vezes maior.

O fim dos contratos de energia Chesf, do grupo Eletrobrás, poderá comprometer a operação de sete grandes empresas instaladas no Nordeste: Braskem, Ferbasa, Dow, Mineração Caraíba, Paranapanema, Gerdau e Vale. Hoje essas empresas são abastecidas diretamente pela estatal (sem intermediação de uma distribuidora) e pagam em média R$ 100 pelo megawatt/hora (MWh). A partir de 1.º de julho de 2015, se o governo não mudar de ideia, elas terão de comprar essa energia no mercado por um valor, pelo menos, três vezes maior.

O problema das empresas surgiu em 2012 com a MP 579 [ver postagem anterior], que antecipou a renovação das concessões das hidrelétricas. Para baratear a conta de luz do brasileiro, o governo federal decidiu dividir a energia das usinas em cotas para entregar às distribuidoras. Assim, a Chesf ficou sem energia para cumprir os contratos e teve de ir a mercado para comprar a eletricidade e atender os consumidores industriais.

A partir do ano que vem, no entanto, esse compromisso acaba. "As empresas estão apavoradas", afirma o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa. Até agora o governo não tem demonstrado nenhuma intenção de manter os contratos com as empresas. Em nota, afirmou que a energia será entregue até 30 de junho de 2015.

O assunto poderá parar na Justiça. Uma das justificativas das empresas para a continuidade do abastecimento é que o contrato não é de consumidor livre. As empresas estão enquadradas como consumidores especiais, mais próximos de um consumidor cativo. E um consumidor cativo não tem a energia interrompida, destaca Pedrosa.

Com o fim dos contratos, as empresas, que empregam 8 mil pessoas na região, ficarão numa situação delicada. Dificilmente seriam atendidas por uma distribuidora já que o volume de energia consumido é alto - as concessionárias precisam informar com antecedência sua demanda de energia ao governo para a realização dos leilões. Segundo o consultor da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), Danúbio Lacerda, o consumo dessas empresas corresponde a 700 MW médios. "É mais que a demanda do Estado de Alagoas".

Problemas. Outra alternativa seria as empresas virarem consumidoras livres e assinarem contratos com alguma geradora. Mas, nesse caso, as empresas esbarrariam em dois problemas. O primeiro é que a oferta de energia está restrita com o baixo nível dos reservatórios.

Segundo fontes da área de comercialização, quem tem contrato vencendo a partir do ano que vem não está conseguindo renovar. Além disso, com a escassez de chuvas no Sudeste/Centro-Oeste, o preço da energia está nas alturas. No mercado à vista, está em R$ 822 o MWh. Para contratos de um ano a partir de 2015, está na casa de R$ 300. "O fim dos contratos seria catastrófico para o Nordeste", afirma Lacerda.

Em nota, a Braskem, principal afetada pela medida, afirmou que está tentando renovar os contratos a Chesf. "A companhia entende que o custo e a disponibilidade de energia são requisitos primordiais para a competitividade do setor industrial brasileiro".

Ver também: Gasto da indústria com energia deve crescer 47%
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PS -- Enquanto continua esse tiroteio no setor elétrico, as tarifas para os consumidores residenciais também viraram uma bola de neve: os consumidores da Light poderão ter um aumento de 25,04% em suas contas de luz a partir de novembro, e os consumidores da região Norte terão alta de 54% nas contas de luz.  É a maravilha da política energética da reeleita Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia).




quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Projetos culturais aprovados para captar recursos via Lei Rouanet -- alguém fiscaliza isso?!

Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991) é a lei que institui politicas públicas para a cultura nacional, como o PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura. Essa lei é conhecida também por Lei Rouanet (em homenagem a Sérgio Paulo Rouanet, secretário de cultura de quando a lei foi criada).

As diretrizes para a cultura nacional foram estabelecidas nos primeiros artigos, e sua base é a promoção, proteção e valorização das expressões culturais nacionais. O grande destaque da Lei Rouanet é a politica de incentivos fiscais que possibilita as empresas (pessoas jurídicas) e cidadãos (pessoa fisíca) aplicarem uma parte do IR (imposto de renda) devido em ações culturais. O percentual disponivel de 6% do IRPF para pessoas físicas e 4% de IRPJ para pessoas jurídicas, ainda que relativamente pequeno permitiu que em 2008 fossem investidos em cultura, segundo o MinC (Ministério da Cultura) mais de R$ 1 bilhão.

A intenção por trás dessa lei é inequivocamente boa, o problema é que de bem intencionados o inferno anda entupido, e essa lei tem fornecido uma barbaridade de dinheiro para shows e programas "culturais" altamente questionáveis.

 O primeiro grande ruído com esse tipo de captação de recursos financeiros, envolvendo uma grande personalidade da nossa cultura, deu-se em 2011 quando Maria Bethania conseguiu a bagatela de R$ 1,3 milhão para fazer o blogue "O Mundo Precisa de Poesia", que teria um vídeo diário da cantora interpretando poemas, numa série de 365 clipes dirigidas por Andrucha Waddington. É preciso tanto dinheiro assim p'ra fazer isso?!

Volta e meia surge aqui e acolá uma notícia miúda de recursos aprovados via Lei Rouanet, e os valores geralmente chamam a atenção. Um outro detalhe: é evidente que os financiamentos são voltados para a cobertura total dos custos de cada projeto. Alguém já foi ou ouviu falar de show com ingresso grátis porque o governo custeou tudo? Ou de DVD grátis, pala mesma razão? A regra é o cidadão pagar duas vezes: direto do próprio bolso e indiretamente, via Tesouro Nacional, pela renúncia fiscal do governo.

É preciso, a todo custo, evitar que ocorra com a renúncia fiscal da cultura o que ocorre com a renúncia fiscal da indústria automobilística. O governo de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) tem entupido os fabricantes de carros com a redução do IPI, e eles deitam e rolam às nossas custas: mantêm sua política de preços e sua margem de lucros (na realidade ampliada pela redução do IPI), e nos entregam carros que estão entre os mais inseguros do mundo.

Em 2013, ao todo 549 projetos culturais para 2013 tiveram a avaliação divulgada pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC). O aval do Ministério permite a busca por patrocínio via Lei Rouanet. A aprovação do Ministério não significa que o projeto será patrocinado. É apenas o aval para que o artista busque o incentivo junto a empresas, que têm em troca abatimento de impostos correspondente ao valor investido no projeto. O prazo é de um ano para captação e pode ser renovado por seis meses. A comissão de avaliação de projetos reúne representantes de artistas, empresários e sociedade civil de todas as regiões.

No ano passado, o projeto musical com maior orçamento dedicado a um só artista leva o nome de "Shows Claudia Leitte". Foi autorizada a captação de  simplesmente R$ 5.883.100,00 para realização de 12 shows da cantora! Vejam abaixo uma lista curtíssima de alguns projetos aprovados para uso da Lei Rouanet


Músicos na Rouanet
Veja propostas musicais aprovadas para captação na lei de incentivo
ProjetoValor
Claudia Leitte - 12 shows no Norte, Nordeste e Centro-OesteR$ 5.883.100,00
Rita Lee - 5 shows, gravação de DVD e 3 palestrasR$ 1.852.100
Detonautas - Turnê por 25 cidadesR$ 1.086.214,40
Humberto Gessinger - DVD em comemoração de 50 anos de idadeR$ 1.004.849
Yago & Juliano - DVD e shows gratuitosR$ 1.069.891
The Brazilian Pink Floyd - 13 showsR$ 561.486,10








Na 225ª reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), realizada em Brasília de 7 a 9 de outubro corrente, foram aprovados 609 dos 634 projetos analisados.Com essa aprovação, tais projetos recebem autorização para captar recursos por meio do mecanismo de renúncia fiscal da Lei Rouanet. Veja aqui a relação completa desses projetos. Há valores que impressionam, inúmeros deles acima de R$ 2 milhões, havendo um de R$ 5,93 milhões.

Entre os beneficiários há outros artistas famosos, além dos mencionados acima, como por exemplo Erasmo Carlos, Sula Miranda, Marisa Monte e Maria Rita, todos com pedido de captação acima de R$ 1 milhão para a realização de shows e gravação de DVDs. 

Maria Rita foi autorizada a  captar R$ 2.195.800 em patrocínio de empresas para cinco apresentações da série Redescobrir Elis. O espetáculo homenageia Elis Regina (1945-1982), mãe da cantora. Marisa Monte emplacou projeto para quatro shows acompanhada da Orquestra Sinfônica Brasileira, orçado em R$ 4.994.530. As apresentações acontecerão em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba. Erasmo Carlos também teve projeto contemplado pelo Ministério da Cultura para comemorar seus 70 anos com um show, orçado em R$ 1.219.858. O show teve a participação de convidados.

Já a sertaneja Sula Miranda pretende investir o R$ 1.154.175 que conseguiu aprovar pela Lei Rouanet para a produção do show e DVD Sula Miranda — 25 anos de estrada. Com "aproximadamente 65 minutos" de duração, segundo detalhamento disponível no site do MinC, o projeto é destinado à distribuição gratuita aos caminhoneiros do país, principal público alvo da cantora.

Há também propostas de pessoas jurídicas para esse tipo de captação. Em 2013, foram captados R$ 42.754.932,14 (pessoas físicas e jurídicas) dos R$ 117.970.281,19 autorizados.
Estamos falando de um bocado de dinheiro. Fico pensando, se o pessoal que decide aprovar esses projetos e distribuir essa dinheirama toda (via renúncia fiscal) tiver a mesma mentalidade caridosa dos membros da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça que decidiram "indenizar" Ziraldo e Jaguar com R$ 1 milhão cada um porque, coitadinhos, brincaram de "idealistas" durante a ditadura, estaremos mais do que nunca ferrados e mal pagos.



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

54 milhões de brasileiros reelegeram Dilma NPS, 200 milhões vão pagar essa conta

Vamos , inicialmente, analisar os números do segundo turno:

Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) -- 54.501.118 votos
Aécio Neves --                                              51.041.155
Brancos e nulos --                                         7.141.606
Abstenção --                                                 30.137.479

Vê-se pelos números acima que 88.320.240 de brasileiros são contrários à reeleita, dos quais 37.279.085 não apoiam nenhum dos dois candidatos. A parcela de brasileiros que não apoiou Dilma NPS no segundo turno é 62,05% maior que a votação que ela teve -- isso é número e fato, não é firula. Somando tudo isso teremos 142.821.358 eleitores, um número um pouco maior do que o fornecido pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral (141.824.607 eleitores). 

Esses números são sérios e preocupantes, e precisam ser pensados pelo país inteiro. À parte os problemas econômicos e sociais que a madame não só não resolveu, como também agravou, a governança política do país será muito complicada. Passada a euforia dos números, é bom sentar p'ra pensar.

Absolutamente nada indica que Dilma NPS mudará em sua políticas, a não ser a troca do ministro da Fazenda -- sairá Guido Mantega e entrará outro cidadão subserviente, sem luz própria. Teremos todos -- inclusive os eleitores da madame, queiram eles ou  não -- que ficar de olho nas contas de luz, na conta do supermercado, no déficit público, na (falta de) transparência das contas públicas, na perda de competitividade da indústria brasileira, na tributação absurda sem retorno equivalente nos serviços do governo federal (na saúde, na educação, na segurança, nos transportes ...), no oceano de lama da Petrobras, e por aí vai. Quem tem barba, é bom deixá-la de molho; quem não tem, um galhozinho de arruda atrás da orelha pega bem.

Em plena comemoração pela vitória de sua candidata, um petista ferrenho mandou-me além do texto de gozação a charge abaixo:




Achei graça, mas confesso que fiquei confuso. A vitória de Dilma NPS comemorada por um personagem da Idade da Pedra -- um ato falho do petista ardoroso?...

domingo, 26 de outubro de 2014

O Chico Buarque de hoje e o de ontem

Chico Buarque expressou publicamente seu apoio a Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia), exercendo à plenitude seu direito democrático de decidir de acordo com sua consciência. Democracia é isso.

Parece que no momento nosso grande compositor está passando em Paris a temporada que normalmente faz em seu apê na Cidade Luz. Pode ser que, ofuscado pelo clima inigualável da capital parisiense e preocupado em organizar seu quotidiano numa cidade que oferece infinitas possibilidades de deleitar o corpo e o espírito, Chico não tenha tido tempo de ler nada sobre o oceano de corrupção na Petrobras, a alta da inflação, o PIB raquítico e outros que tais  do governo petista, dou-lhe o benefício da dúvida. Ou então, esses problemas não  o afetam, tem seu cantinho parisiense para se poupar dessas miudezas. Certamente, não tem porquê se preocupar -- afinal, não é acionista da Petrobras. Bye, bye Brasil.

Há quem ache que o apoio dele a Dilma NPS é um gesto de gratidão pela nomeação de sua irmã Ana de Hollanda como ministra da Cultura da madame, hipótese não de todo descartável. Prefiro crer num gesto fraterno de solidariedade à irmã que teve um desempenho absolutamente medíocre no cargo.

O tempo é cruel. Relendo o poeta Chico Buarque, fica difícil vê-lo aconchegado no Palácio do Planalto.

Vai Passar

Música e letra de Chico Buarque 

......................
Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
.............................

O que será (À flor da terra)

Letra e música de Chico Buarque

..........................

Será, que será?
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...

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Mambordel

Letra e música de Chico Buarque [há quem vislumbre aqui um primeiro sinal de que o compositor embarcaria na nau da corrupção do PT]
.........................


Faço qualquer negócio
Passo recibo, aceito cartão
Faço facilitado, financiado
E sem correção
Ao povo nossas carícias
Ao povo nossas carências
Ao povo nossas delícias
E nossas doenças
.....................
PS - Agradeço ao dileto amigo Carlos C. por me ter trazido esse tema. 

sábado, 25 de outubro de 2014

Brasil no buraco, mais uma realização do governo Dilma NPS

[O texto abaixo é da coluna de Fernando Canzian publicada em 23/10 na Folha de S. Paulo. A única e isolada bandeira do governo Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) na área econômica e a do baixo desemprego. O que a madame e sua patota econômica não conseguem decifrar e resolver é como é que a economia persiste com inflação alta, juros altos e PIB praticamente estagnado.  Dilma NPS -- a economista que, quando era ministra-chefe da Casa Civil no governo do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), mentiu em seu currículo oficial que tinha feito mestrado e doutorado na Unicamp e depois, denunciada pela imprensa, reconheceu que era mentira -- não consegue entender esse imbróglio. 

É evidente a baixa produtividade da nossa mão de obra, entre outras mazelas do governo da madame, o que fez o Brasil ficar em 54º lugar entre 60 países analisados em 2014  pelo Institute for Management Development (IMD), escola de negócios com sede da Suíça. Isso significa que estamos jogando no mercado mão de obra desqualificada, estamos jogando quantidade sem qualidade. No Brasil, a coleta e a análise de dados ficou a cargo da Fundação Dom Cabral, instituição privada de ensino dedicada à área de negócios. Esta informação é dada por um órgão estatal, a Agência Brasil do Portal EBC. Outro fator importante nessa queda de eficiência e de competitividade da nossa indústria é absurda tributação que o governo federal lhe impõe. Esses detalhes todos extrapolam a miopia intelectual específica de Dilma NPS e de sua curriola econômica.]

Brasil no buraco

Fernando Canzian -- Folha de S. Paulo, 23/10/2014

Pesquisa Datafolha de ontem (22/10) mostra que os brasileiros caminham despreocupadamente neste final do governo Dilma Rousseff. Há otimismo geral quanto ao emprego, poder de compra, situação do país e a pessoal. Passadas as eleições, o tombo pode ser maior entre os mais incautos.

A melhor notícia do governo Dilma na área econômica é o emprego: taxa de 4,9%. Isso caracteriza, praticamente, situação de pleno emprego. Mas o custo por trás dessa taxa positiva não está visível; e terá de ser pago no médio e longo prazos. Os quadros abaixo tentam mostrar esses desafios. Eles comparam indicadores essenciais da economia. Como Dilma pegou o país a partir de janeiro de 2011 e como está terminando seu mandato.



A taxa de desemprego é a melhor notícia (caiu de 6,7% em 2010 para 4,9% agora). Mas o que vem por baixo é extremamente preocupante, a começar pela situação das contas externas.

Em 2014, o Brasil vai precisar de financiamento externo de mais US$ 80 bilhões (R$ 200 bilhões) para tapar o buraco em sua conta corrente com o resto do mundo. Esse déficit passou de 2,2% do PIB em 2010 para 3,8% agora. É o terceiro maior rombo do mundo. Isso ocorre em grande medida porque o país terá um superávit comercial (diferença entre exportações e importações) de pífios US$ 700 milhões neste ano, contra mais de US$ 20 bilhões em 2010.

Menos dólares entrando via comércio exterior e mais necessidade de financiamento externo pressionam para cima a cotação do dólar. O que torna mais caras as importações que competem com bens produzidos no Brasil, dificultando o combate à inflação.


No quadro acima, o retrato do que vivemos hoje, apesar do pleno emprego. Inflação alta, juros elevados e crescimento do PIB perto de zero.

Normalmente, quando um país cresce pouco, a tendência da inflação é ficar muito baixa, como ocorre hoje nos países avançados. No Brasil, temos essa estranha combinação de baixa atividade e preços furando o teto da meta de inflação do Banco Central a todo momento.

Isso tem forçado o Banco Central a elevar os juros. E Dilma entregará neste ano uma taxa básica (a Selic) maior do que a que herdou do governo Lula, com impactos importantes no aumento da dívida pública brasileira.


Como mostra o quadro acima, além de ter aumentado os juros, Dilma diminuiu de forma acentuada a poupança que o governo faz para abater encargos sobre a dívida pública (o chamado superávit primário). Essa poupança, que equivalia a 2,8% do PIB em 2010, deve ficar em 1,3% neste ano. O resultado é que a dívida pública aumentou, minando a confiança de investidores em financiar mais esse rombo do governo.

O ciclo pode se tornar muito nocivo, à medida que o mercado pode começar a pedir juros cada vez mais elevados para financiar a dívida pública, agravando o problema ao longo do tempo.

O destaque no quadro para a chamada "taxa de investimento" é necessário porque aí está a razão de todos os grandes problemas atuais.

O PIB é composto de vários itens, como consumo das famílias, agronegócio, etc. A "taxa de investimento" é quanto os empresários tiram do bolso para ampliar ou abrir novos negócios. Ela é fundamental para fazer o país crescer sem inflação e com mais produtividade.

Dilma e suas medidas erráticas na economia levaram a uma retração recorde na confiança dos empresários em investir durante o seu governo. A "taxa de investimentos" como proporção do PIB despencou, de quase 22% ao final da era Lula para 16,5% agora. O consenso é que essa taxa, no Brasil, deveria estar em 25% para o país crescer de forma sustentada e sem inflação.

A raiz dos desarranjos atuais é, primordialmente, essa: desconfiança dos donos do dinheiro em relação ao governo. Seja quem for eleito no domingo, a prioridade é parar de cavar esse buraco.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A saúde pública no governo Dilma NPS

Entre as mentiras reiteradamente repetidas por Dilma NPS (Nosso Pinóquio deSaia) é que a saúde pública no governo entrou nos eixos, está uma maravilha. A filosofia política do PT e dos petralhas -- aí incluídos a madame e o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) -- é que mentira insistentemente repetida acaba virando verdade. O que significa que eles acham que todos somos idiotas como seus eleitores.  Vejamos alguns fatos que desmentem essa hipocrisia petista -- o cardápio é imenso e variadíssimo, sirvam-se.

Lula, o câncer, o SUS e o Sírio

Em 2006, o NPA disse que "o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde". Em 2010, ele inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS no Recife dizendo que "ela está tão bem localizada, tão bem estruturada, que dá até vontade de ficar doente para ser atendido". Horas depois, teve uma crise de hipertensão e internou-se num hospital privado.

O NPA, Dilma NPS e José Alencar trataram seus tumores no Sírio Libanês, em São Paulo, talvez o hospital privado mais caro do país. 

● Dilma NPS dá mais dinheiro à OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) que a hospitais federais


A saúde pública no governo da madame que quer se reeleger

Também na saúde o Brasil faz feio em ranking mundial -- claro, são 11 anos de PT

Saneamento básico no Brasil deixa chocada relatora especial da ONU

Para não perder o costume nem a personalidade, Dilma NPS mente descaradamente sobre a saúde pública no país

Enquanto mais de 50% dos nossos domicílios não têm esgoto e só 17% têm água tratada, Dona Dilma faz o quê com o dinheiro público? Perguntem ao Eike e ao BNDES

Também na saúde Dona Dilma bota a raposa p'ra cuidar do galinheiro -- A relação incestuosa da ANS com os planos de saúde 

Saneamento básico, mais uma cloaca no currículo do governo Dilma

Santas Casas e empresas de Eike Batista -- dois exemplos emblemáticos da visão petista do bem-estar da população

Médicos acusam o governo federal de omissão contra o tabagismo

Na decantada 6ª economia do mundo as condições de saneamento básico são catastróficas

Saúde: Constituição é desrespeitada e o setor sofre por falta de recursos

Mais um retrato escabroso da saúde pública no Brasil

Para atender a Fifa, governo recua e votará liberação de bebida na Copa

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

E o PT ainda tem o cinismo de acusar alguém de discriminar brasileiros!

Assustadíssimo com a votação de Aécio Neves no primeiro turno, o PT resolveu praticar seu esporte favorito que é o de inventar e espalhar mentiras com o máximo de baixaria possível. Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) e o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) assumiram de bom grado o papel de porta-vozes dessa sordidez e, mentindo descaradamente, acusaram e acusam FHC e o PSDB de fazer discriminação contra os nordestinos. Já tratei disso em postagem anterior.

O PT e os petralhas, assim como seus gurus, a ex-guerrilheira e o apedeuta, têm memória curta e amnésia seletiva. Só se lembram do que lhes convém, achando que os não-petralhas são idiotas e têm memória miúda como eles. O vídeo abaixo é um exemplo emblemático disso. Nele, a professora de filosofia Marilena Chaui -- um ícone e guru do pensamento petista --  destila todo seu veneno e sua esquizofrenia contra a classe média brasileira. Para ela a nossa classe média é uma ralé abominável e estúpida da nossa sociedade. O espantoso é constatar que essa figura destemperada, raivosa e de uma visão mesquinha da sociedade brasileira é professora titular de Filosofia Moderna e História da Filosofia Moderna da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP)!... Seria interessante saber se essa senhora no seu dia a dia abdica de todas os privilégios da classe média a que ela, inequivocamente, pertence ao menos em termos de salário, regalias e benesses inerentes ao seu cargo de professora da melhor universidade do país.

Espantoso e ridículo é verificar que os eleitores do PT que pertencem à classe média -- e não são poucos -- se sentem honrados por serem avacalhados por gente como Marilena Chaui (com o endosso do NPA) e se transformam em vacas de presépio masoquistas frente a uma urna.

No vídeo, sentados juntos em um sofá e divertindo-se à larga com as diatribes e o surto da professora estão o NPA e o sociólogo e cientista político esquerdista Emir Sader. Irreverência irresponsável leva gente como esses dois a orgasmos múltiplos. Emir Sader é mais um exemplo de apadrinhado do PT, ganha como comentarista político da estatal TV Brasil. A fala discriminatória de Marilena é o exemplo escarrado da visão que o PT, o NPA e Dilma NPS têm de povo e nação.



(You Tube)



Veja como está o Brasil após 12 anos de PT no poder

Os gráficos e imagens abaixo resumem com perfeição a situação do país após 12 anos de PT no poder. Clique nas imagens para ampliá-las. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade. Atenção: a ordem em que os assuntos foram listados abaixo é aleatória e não significa em hipótese alguma qualquer hierarquia de importância entre eles.

1. Brasil é o 9º  país com pior velocidade de internet banda larga



Um estudo divulgado pela empresa de tecnologia americana Akamai mostra a velocidade média da internet banda larga em 54 países no segundo quadrimestre de 2014. O Brasil, empatado com o Vietnã, obteve uma média de 2,9 Mbps, a 9ª pior.  Como destaque do estudo, aparece a Coreia do Sul com a média de 24,6 Mbps. Mais de oito vezes a média brasileira.



A ONG americana Social Progress Imperative mantém um ranking da qualidade de vida em 132 países, o Índice de Progresso Social. Entre os principais aspectos analisados, está a segurança pessoal, em que o Brasil aparece como o 11° país mais inseguro do mundo.
Para avaliar o nível de segurança de cada país, cinco critérios foram examinados: número de homicídios, de crimes violentos, percepção da criminalidade, terrorismo e mortes no trânsito. Em uma escala de 0 a 100, com 0 para a máxima insegurança, o Brasil recebeu 37,5 pontos. Como país mais inseguro do mundo, aparece o Iraque, com 21,5 pontos. Do outro lado do ranking, como país mais seguro, aparece a Islândia, com 93,4 pontos.

A Bloomberg, portal americano especializado em economia, divulgou um estudo que compara o preço da gasolina em 61 países. Mesmo sendo o 13° maior produtor de petróleo do mundo, o Brasil tem a 16ª gasolina mais cara, quando se leva em conta o poder de compra do trabalhador nas diversas nações pesquisadas. [É bom lembrar que o preço da nossa gasolina vem sendo represado há anos pelos governos petistas, especialmente no governo de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia), e quando corrigido piorará seu ônus para uma expressiva parcela da população.]
Em primeiro lugar no ranking, com a gasolina menos acessível para a população, está o Paquistão, enquanto a Venezuela aparece em último, como o país com o valor do combustível mais acessível (porque é altamente subsidiado pelo governo).

O Numbeo, site onde os usuários cadastram preços e dados de suas cidades, divulgou no dia 1 de julho o Índice do Poder de Compra 2014. O índice mede a quantidade de bens e serviços que os cidadãos das principais cidades do mundo conseguem adquirir com o seus respectivos salários. São levados em conta os valores de transporte, alimento, moradia, utilidades e restaurantes.
Como base para o índice, foi usada a cidade de Nova York com 100 pontos. Ou seja, os moradores de São Paulo, que recebeu 41,7 pontos, possuem poder de compra 58,3% menor que os nova-iorquinos. Entre as cidades brasileiras que aparecem no índice, a melhor colocada é Goiânia com 75,8 pontos, e a pior é Curitiba, que ficou com apenas 28,6. Outras cidades brasileiras que receberam pontuação são: Campinas (65,8), Recife (61,1), Brasília (60,6), Fortaleza (47,8), Florianópolis (42,1), Belo Horizonte (38,7), Rio de Janeiro (34,6), Salvador (33,2) e Porto Alegre (31).
De acordo com o índice, a cidade onde os moradores possuem o maior poder de compra do mundo é Berna, na Suíça, que recebeu 160,1 pontos. Na outra ponta do ranking, o destaque negativo fica com a cidade de Port Moresby, em Papua Nova Guiné, com apenas 7,3.
Fonte: Numbeo

Publicado em julho, o mais recente Mapa da Violência mostra que mais da metade dos municípios brasileiros com mais de 10 mil habitantes tem taxa de homicídios em nível epidêmico, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) — mais de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. Dos 3058 municípios pesquisados, 1932 (63%) se enquadram nesse diagnóstico.
A cidade brasileira mais violenta é Caracaraí, em Roraima, com a incrível taxa de 210,3, seguida por Mata de São João, na Bahia, com 149,3. A Bahia tem mais 4 cidades entre as 10 mais violentas do Brasil: Simões Filho, Ibirapitanga, Itaparica e Porto Seguro.

Publicado no começo de julho, o mais recente Mapa da Violência mostra que o número de homicídios no Brasil sobe a cada ano. Em 2012, o ano com os dados mais recentes, 56.325 brasileiros foram vítimas de homicídio, o que resulta em uma média de 154 mortes por dia.
Já no confronto entre Israel e Palestina, desde o dia 8 de julho, quando Israel começou a investida contra o Hamas em Gaza, foram contabilizadas 1.901 mortes (1.834 palestinos e 67 israelenses). O que resulta numa média de 66 mortes por dia.
[Ver postagens anteriores, uma de 15/4/2014 e outra de 15/12/2011.]


É de conhecimento geral que os carros vendidos no Brasil estão entre os mais caros do mundo. Quando feita a conversão direta de moedas, carros vendidos nos Estados Unidos chegam a ser duas ou três vezes mais baratos que os vendidos no Brasil. Quando se leva em conta o poder de compra de cada país a comparação é ainda mais desfavorável aos brasileiros. Ao se tomar por base o salário médio americano de 46.440 dólares anuais, são necessários 143 dias (4 meses, 3 semanas e 2 dias) de trabalho para a compra de um Honda Civic Sedan LX com transmissão manual, o modelo de entrada disponível nos Estados Unidos, vendido por 18.390 dólares.
No Brasil, onde os trabalhadores recebem a média salarial mensal de 1.166,83 reais, são necessários 1.564 dias (4 anos, 3 meses e 2 semanas) de trabalho para adquirir o modelo de entrada disponível por aqui, o Honda Civic 2015 LXS com transmissão manual, que sai por 65.890 reais. Brasileiros precisam trabalhar onze vezes mais dias que os americanos.  Quer saber por que os carros são tão caros no Brasil?

O Brasil, já faz alguns anos, entrou no itinerário das grandes turnês internacionais. Para as bandas, é um ótimo negócio. É rotina o fã brasileiro pagar mais caro pelo ingresso da mesma atração oferecida em outros países.
No exemplo acima, é usada a turnê do Arctic Monkeys em 2014. Entre setembro e novembro, a banda inglesa fará shows nos Estados Unidos, Colômbia, Argentina, Chile e Brasil. No Brasil, para o show de São Paulo, os ingressos mais baratos custam 264 reais (220 reais da entrada  + 44 reais de taxa de conveniência) e os mais caros 840 reais (700 reais da entrada + 140 reais de taxa de conveniência). Já na vizinha Argentina, para o show em Córdoba, os ingressos, já com as taxas, custam entre 460 e 920 pesos (entre 124 e 248 reais).

58 países já divulgaram o crescimento do PIB no segundo trimestre de 2014 em comparação com o mesmo período do ano passado. O índice do Brasil recuou 0,9%. Os únicos países com números piores são Ucrânia (-4,7%) e Chipre (-2,2%).

Os números não mentem e mostram que o governo está errado. A culpa pelos números cada vez mais desencorajadores não pode ser jogada na crise externa. Enquanto a grande maioria dos países se recupera e mostra crescimento, o Brasil vai ficando para trás.

Ranking do crescimento econômico
no segundo trimestre de 2014


1Turcomenistão10,3
2Uzbequistão8,1
3China7,5
4Tajiquistão6,7
5Malásia6,4
6Filipinas6,4
7Índia5,7
8Vietnã5,25
9Indonésia5,12
10Quirguistão4,1
11Hungria3,9
12Cazaquistão3,9
13Taiwan3,74
14Coreia do Sul3,6
15Lituânia3,3
16Polônia3,3
17Reino Unido3,2
18Malta2,9
19Eslovênia2,9
20República Checa2,7
21Letônia2,5
22Eslováquia2,5
23Estados Unidos2,5
24Canadá2,45
25Azerbaijão2,4
26Singapura2,4
27Israel2,37
28Armênia2,3
29Marrocos2,3
30Estônia2,2
31Tunísia2
32Chile1,9
33Suécia1,9
34Hong Kong1,8
35Peru1,7
36Bulgária1,6
37México1,6
38Romênia1,2
39Espanha1,2
40Sérvia1,1
41Bélgica1
42África do Sul1
43Holanda0,9
44Alemanha0,8
45Portugal0,8
46Rússia0,8
47Áustria0,6
48Tailândia0,4
49França0,3
50Dinamarca-0,04
51Japão-0,1
52Grécia-0,2
53Itália-0,2
54Noruega-0,3
55Croácia-0,8
56Brasil-0,9
57Chipre-2,2
58Ucrânia-4,7

Sempre que o Impávido Colosso publica um post comparando preços e índices econômicos do Brasil com os dos Estados Unidos ou países europeus, alguns leitores alegam que o Brasil “não pode ser comparado com países de primeiro mundo”. Esse post mostra como o Brasil se sai, economicamente, quando comparado ao Azerbaijão. Um país situado no oeste da Ásia que faz fronteira com Irã, Armênia, Georgia e Rússia.
O Brasil tem maior inflação, maior taxa de juros, maior desemprego e menor crescimento do PIB no segundo trimestre de 2014 em relação à 2013. Por enquanto o Brasil ainda ganha no índice PIB per capita, o que não deve durar muito tempo, visto que durante os últimos 10 anos o PIB do Azerbaijão cresceu cerca de 182%, enquanto o brasileiro cresceu apenas 25%. Com o Azerbaijão pode?
Fontes: Trading Economics e IBGE

Dados da OCDE (Organização para a Cooperação Desenvolvimento Econômico) mostram que os salários dos professores brasileiros são extremamente baixos quando comparados a países desenvolvidos. Divulgados nesta terça-feira (9), os valores fazem parte do estudoEducation at a Glance 2014,  que mapeia dados sobre a educação nos 34 países membros da organização e 10 parceiros, incluindo o Brasil.
De acordo com o estudo, um professor em início de carreira que dá aula para o ensino fundamental em instituições públicas recebe, em média, 10.375 dólares por ano no Brasil. Em Luxemburgo, o país com o maior salário para docentes, ele recebe 66.085 dólares. Entre os países membros da OCDE, a média salarial do professor é de 29.411 dólares. Quase três vezes mais que o salário brasileiro.
Até mesmo em países da América Latina como Chile e México, os professores recebem um salário consideravelmente maior que o brasileiro, 17.770 e 15.556 dólares respectivamente. Entre os países mapeados pela pesquisa, o Brasil só fica à frente da Indonésia, onde os professores recebem cerca de 1.560 dólares por ano. Os valores são de 2012, com dólares ajustados pela paridade do poder de compra (PPC).

Quando comparado economicamente com os países que formam a Aliança do Pacífico, o Brasil passa vergonha. O grupo comercial é composto por México, Peru, Chile e Colômbia, com a Costa Rica, já admitida, esperando a entrada em vigor dos tratados de livre comércio para se tornar um membro oficial. Os cinco países batem o Brasil em três importantes índices: crescimento do PIB em relação a 2013, inflação e taxa de juros.  O que ratifica que a política econômica do governo brasileiro é um desastre.
Enquanto na Aliança do Pacífico prevalece a política do livre mercado e da competitividade, os membros do Mercosul, do qual o Brasil faz parte, se apoiam no estatismo e estão ficando cada vez mais atrasados.
Fonte: Trading Economics

Dados divulgados pelo TSE revelam que, para as eleições de 2014, o Brasil tem 142,8 milhões de eleitores. Desses, 5,2% (7,4 milhões) se declaram analfabetos enquanto outros 12,1% (17,2 milhões) declaram não ter nenhuma educação formal e só saber ler e escrever. Apenas 5,6% (8 milhões) disseram possuir ensino superior completo.
O TSE ressalva que, como os dados são baseados na escolaridade declarada pelo eleitor, em muitos casos ele se cadastra com um determinado grau de instrução e não volta ao cartório eleitoral para atualizar essa informação.

14. Em ranking sobre a eficiência em serviços de saúde, Brasil fica em último lugar



Em levantamento que mediu a eficiência dos serviços de saúde de 48 países, o Brasil ficou em último lugar. A Bloomberg, portal americano especializado em economia, atribuiu uma nota para cada país.  Para o cálculo, foram usados critérios de expectativa de vida, média do custo do serviço de saúde e quanto esse custo representa comparado ao PIB per capita de cada país.
Fonte: Bloomberg

O Governo Federal gastou 365 milhões de reais com combustível em 2013, 20 milhões a mais que a quantia gasta em 2012. Com gasolina a 3 reais, esse valor seria suficiente para comprar 120 milhões de litros do combustível. Se for considerado um automóvel que utiliza 10 km por litro, ele poderia rodar 1,2 bilhão km. Duas vezes a distância entra a Terra e Júpiter.
16. Em ranking da educação com 36 países, Brasil fica em penúltimo



A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mantém um ranking da educação em 36 países, no qual o Brasil atualmente amarga a penúltima posição, à frente somente do México. Como critérios avaliados pela organização estão o desempenho dos alunos no PISA, a média de anos que os alunos passam na escola e a porcentagem da população que está cursando ensino superior.
Como destaques no ranking aparecem Finlândia, Japão e Suécia. E você? Acha que a educação no Brasil vai alcançar esse nível algum dia?

Brasileiros gostam de contar piadas de português, quando, na verdade, os portugueses é quem deveriam estar fazendo piada de brasileiros. Portugal está mais bem qualificado no ranking da educação do PISA, tem a taxa de homicídios 95% menor que a brasileira e inflação de 0,44% em 2013, muito menor que os 6,2% registrados no Brasil. Além disso, o PIB per capita dos portugueses é praticamente o dobro dos brasileiros, bem como o salário mínimo e a velocidade média da internet. Como se não bastasse, eles também têm os produtos eletrônicos mais baratos.
Fontes: Bloomberg, Pordata.pt, FMI, OECD, Transparency.org, UNODC, Akamai


18. Em 2013, Brasil caiu três posições e piorou em ranking sobre corrupção



O Brasil aparece na 72ª colocação no ranking mundial de combate à corrupção divulgado em 03/12/2013 em Berlim pela ONG Transparência Internacional. O país caiu três posições em relação a 2012 e permanece no grupo de alerta, formado por nações que não conseguem diminuir a percepção de corrupção com os anos.

Numa escala de 0 (altamente corrupto) a 100 (muito transparente), o Brasil atingiu 42 pontos, um a menos que 2012, e integra os dois terços entre os 177 países avaliados que não conseguem superar a faixa dos 50. O país empatou com São Tomé e Príncipe, Bósnia Herzegovina, Sérvia e África do Sul. Na América Latina, está atrás de Chile, Uruguai, Costa Rica e Cuba, entre outros. Entretanto, ganha de Argentina, Venezuela, Paraguai, Bolívia e Equador. No mundo, perde para nações como Croácia, Malásia, Turquia e Gana. [É bom ter em conta que esse levantamento foi feito antes do início da delação premiada de Paulo Roberto Costa sobre a corrupção na Petrobras.]

Os compromissos do governo para este último trimestre de mandato deveriam incluir a inauguração de 11 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa foi a meta estabelecida pela presidente Dilma Rousseff no início de 2011, quando assumiu o governo e apresentou seu primeiro balanço do PAC.

Quase quatro anos depois, apenas dois empreendimentos previstos para ser concluídos entre outubro e dezembro de 2014 terão, de fato, obras entregues dentro do prazo: as hidrelétricas Santo Antônio do Jari e Ferreira Gomes, ambas construídas no Amapá. A primeira iniciou suas operações neste mês e a segunda deve ligar suas turbinas até dezembro.

Além do atraso, o estouro nos prazos dos cronogramas veio acompanhada de um aumento de 46% nos custos. As 11 obras, que no início de 2011 somavam investimentos de R$ 37,6 bilhões, chegam agora a R$ 54,9 bilhões - um gasto adicional de R$ 17,3 bilhões.

Na área de transporte, o arco rodoviário do Rio de Janeiro (RJ), que estava orçado em R$ 400 milhões, em 2011, e estaria pronto neste fim de ano, viu seu custo saltar para R$ 1,083 bilhão no balanço mais recente do PAC, divulgado em junho. A entrega da obra ficou para o réveillon de 2016.