domingo, 31 de agosto de 2014

Brasil faz feio também em ranking mundial de limpeza em hotéis

Está muito difícil achar alguma coisa em que o Brasil esteja bem colocado aos olhos do mundo:

em ranking de 40 países quanto à qualidade da educação o Brasil fica no 38º lugar, em pesquisa efetuada pela The Economist Intelligence Unit (EIU) e Pearson International; 

Brasil lidera ranking de violência contra professores, segundo pesquisa da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico divulgada em 28/8; 

● em pesquisa internacional da Bloomberg sobre serviços de saúde em 48 países, o Brasil ficou em último lugar;

● das 10 empresas que mais perderam valor de mercado nos 12 meses até março deste ano, 4 são brasileiras e 2 delas são estatais;

● no ranking internacional das economias mais competitivas em 2013, feito pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, em inglês), o Brasil desceu 8 posições, caindo da 48ª para a 56ª posição entre 148 nações;

● pesquisa internacional sobre corrupção em 2013 deixa mal o Brasil;

● no ranking mundial de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 2013, da ONU, o Brasil ficou em 79º lugar, atrás de Chile (41º), Cuba (44º), Argentina (49º), Uruguai (50º), Venezuela (67º), México (71º) e outros.

Lembrete aos petistas: todas essas estatísticas foram feitas muito recentemente, todas elas dentro do período do governo de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia).

Agora, em pesquisa internacional com turistas sobre limpeza de hotéis, o Brasil através do Rio de Janeiro faturou o primeiro lugar entre as 10 principais cidades que têm os hotéis mais sujos no planeta -- conquistamos uma segunda posição nesse ranking, com São Paulo. Para fazer o levantamento, os pesquisadores analisaram espelhos sujos, marcas de batom na fronha do travesseiro e até cabelos no chão. A consultoria pesquisou também os hotéis mais limpos do mundo, mas as cidades brasileiras só aparecem no ranking dos mais sujos. Vejamos a lista dessas cidades com hotéis porcalhões:

1. Rio de Janeiro -- nota 7,29
2. Londres -- nota 7,52
3. Oslo (Noruega) -- nota 7,53
4. Amsterdam (Holanda) -- nota 7,58
5. Copenhague (Dinamarca) -- nota 7,6
6. Paris -- nota 7,63
7. Atenas (Grécia) -- nota 7,68
8. São Paulo -- nota 7,69
9. Bruxelas (Bélgica) -- nota 7,71
10. Kiev (Ucrânia) -- nota 7,71

Em contraposição, vejamos as cidades com os hotéis considerados mais limpos:

1. Tóquio -- nota 8,93
2. Varsóvia (Polônia) -- nota 8,76
3. Seul (Coréia do Sul) -- nota 8,73
4. Bratislava (Eslováquia) -- nota 8, 54
5. Sofia (Bulgária) -- nota 8,54
6. Moscou (Rússia) -- nota 8,45
7. Lisboa -- nota 8,41
8. Helsinque (Finlândia) -- nota 8,4
9. Bangcoc (Tailândia) -- nota 8,36
10. Berna (Suiça) -- nota 8,35

Novo lembrete aos petistas: não adianta achar que governo do PT não tem nada a ver com nível de limpeza de hotéis. Higiene é questão de educação, e descuidar da limpeza de ambiente que é pago para ser usado limpo é, além de falta de educação, irresponsabilidade, pilantragem, falta de ética. Todos esses quesitos têm sido mais do que abundantes e recorrentes nesses 11 anos de governos petistas. Vamos repetir isso por mais 4 anos?!

sábado, 30 de agosto de 2014

Alguns dos lugares mais coloridos da Terra

[A reportagem abaixo foi publicada em 27/8 no jornal britânico The Guardian. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]

A Terra está repleta de paisagens que são tão surreais e tão intensamente coloridas, que é difícil acreditar que elas realmente existem. Dê uma olhada em algumas das mais estranhas e mais vibrantes vistas do mundo, desde um lago cor-de-rosa no Senegal a formações rochosas listradas na China.



Viçosos campos de tulipas na Holanda -- (Foto: Hollandluchtfoto/Getty Images)


Lago Retba, no Senegal. A cor rosa se deve à presença de algas chamadas Dunaliella salina -- (Foto: SPL/Barcroft Media)



Black Rock Desert em Nevada (EUA) -- (Foto: Jeff Foott)


Monte Roraima, na tríplice fronteira entre Venezuela, Brasil e Guiana -- (Foto: Alamy)


"A Onda", uma formação rochosa de arenito de 190 milhões de ano, da era Jurássica, no Arizona (EUA) -- (Foto: Blaine Harrington III/Corbis)


A Grande Fonte Prismática no Parque Nacional de Yellowstone (EUA) -- (Foto: Xuan Che/Getty Images)


Formações rochosas no Parque Geológico  Zhangye Danxia na província de Gansu (China) -- (Foto: Xin Ran/Corbis)


Campos de mostarda, na província de Yunnan (China) -- (Foto: Katie Garrod/Corbis)


A Porta para o Inferno, no Turquemenistão (Ásia Central) -- (Foto: Getty Images)


Dallol, uma cratera vulcânica na Etiópia -- (Foto: Dr. Richard Roscoe)


As cavernas de mármore do Lago Varrera (Chile) -- (Foto: George Lepp/Corbis)



Árvores espinhosas de camelo (ou de girafas - vachellia erioloba), na Namíbia -- (Foto: Alamy)



[As incríveis formações rochosas do Parque Geológico de Zhangye Danxia, na China, podem ser observadas em mais detalhes no vídeo abaixo:




Vale a pena ver outros exemplos de paisagens fantasticamente coloridas:





Campos de lavanda, na Provence (França) -- (Foto: Google)



Campo de colza (canola) na Lombardia (Itália) -- (Foto: Google)



Um campo de colza (canola) perto de Kiel, na Alemanha -- (Foto: Google)



Campos de colza (canola) em Luoping, China -- (Foto: Google)



Campo de tulipas, na Holanda -- (Foto: Google)



Um campo de girassóis, na Europa -- (Foto: Google)




Imagens de outono (Europa & América do Norte)




Neal's Yard, Londres - (Foto: Google)



Trechos da ilha de Burano, a 7 km de Veneza -- (Foto:
Google)]








quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Dilma NPS e a infinita flexibilidade do seu mau caráter

Período eleitoral no Brasil já é, normalmente, um período em que crescem exponencialmente os riscos de sérias infecções morais no país, devido à imundície ética praticada pela quase absoluta totalidade dos políticos aí envolvidos. Há 11 anos esses riscos sofreram aumentos estratosféricos, porque o PT assumiu o poder e adotou a corrupção, o desprezo à ética e a maquiagem das contas públicas como normas pétreas de sua atuação. Para a eleição de outubro vindouro, esse jeitão suíno de atuar dos petralhas está mais exuberante do que nunca sob a liderança do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) e de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia). Vejamos alguns dos exemplos mais recentes. 

Dilma NPS almoça em restaurante popular com Anthony Garotinho

Depois de posar até como cozinheira nossa Dama de Ferrugem (lato sensu), mostrando que para ela o fundo do poço da falta de ética é ilimitado, almoçou com Anthony Garotinho (do PR, que faz parte da base de apoio à madame) em um restaurante popular da Zona Oeste do Rio. Fotos dizem mais que palavras:





Na segunda foto de baixo para cima Garotinho segura uma moeda de 1 real, preço da refeição e do apoio de Dilma NPS e do PT. Garotinho junta-se assim à galáxia de políticos de baixíssimo coturno que "cedem" seu apoio aos candidatos do PT:




No Rio de Janeiro temos uma vitrine do padrão de promiscuidade política do PT, com o partido apoiando ostensivamente Lindberg Farias (PT-RJ, com direito à participação pessoal do NPA no horário eleitoral), Pezão (PMDB) e Garotinho (PR) e fingindo-se indiferente com a candidatura do "bispo" Marcelo Crivella, que é do PRB, da base governista. Ou seja, para se manter no poder o PT cozinha uma lavagem política para sustentar sua suinocultura.




Com essa decisão, o TCU rasgou de vez a máscara de sua autonomia, cobriu-se de vergonha e deixou inequívoco que nas suas grandes decisões só faz o que a madame deixar e mandar. Os bastidores dessa decisão revelaram inequivocamente que para Dilma NPS não há nenhum limite ético para proteger seus interesses pessoais e políticos, a ponto de transformar o Advogado-Geral da União Luís Adams em advogado particular de Graça Foster perante o TCU. 


Em postagem anterior já havia denunciado que o novo hobby da madame é inaugurar obras inacabadas, e mais uma vez isso se confirma. A pilantragem ocorre até, ou mesmo, em programa que é a menina dos olhos da madame como o Minha Casa Minha Vida. Ontem, o Globo denunciou que "o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou irregularidades no programa habitacional Minha Casa Minha Vida, do governo federal, com a entrega de casas sem conclusão, acabamento de péssima qualidade e sem acesso a rede de água e energia elétrica. Os problemas foram encontrados em construções realizadas em municípios com até 50 mil habitantes por empresas subcontratadas por uma consultoria de propriedade de ex-funcionários do Ministério das Cidades, que gere o programa. A auditoria do TCU concluiu que a inexistência de fiscalização é a principal responsável pelas irregularidades. A investigação da Corte decorreu de uma denúncia publicada pelo GLOBO em abril do ano passado. Os ministros decidiram chamar a secretária nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, para prestar explicações".

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PS - Abusando da paciência e do estômago dos leitores do blogue, cito apenas mais um exemplo emblemático da promiscuidade ético-política do PT, do NPA e de Dilma NPS. Quase três anos após sair do governo federal na "faxina ética" promovida pela presidente Dilma NPS, o ex-ministro Carlos Lupi (PDT) se reabilita frente à candidata à reeleição. Disputando uma cadeira do Senado no Rio, o pedetista foi elogiado no dia 24/7 pela presidente e será o principal candidato do Planalto para a vaga no Estado. "Trabalhei junto com o Lupi no governo e podemos continuar trabalhando juntos no Senado", afirmou Dilma NPS, que disse que o candidato representa “comprometimento com as causas populares”.  Que beleza de coerência e de comportamento éticos da madame, hem?!

Lupi tornou-se candidato a pedido do NPA, após o PMDB abrir a vaga em sua chapa para o vereador César Maia (DEM), que apoia o senador Aécio Neves (PSDB). Lupi contará também com o apoio de Temer (PMDB).

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Brasil 2014: um cenário em que candidatos chochos como Marina podem vencer

[O país está sob o impacto da recente pesquisa do Ibope, que mostra um avanço vertiginoso de Marina Silva sobre seus opositores e inclusive a coloca como vencedora no segundo turno contra Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) caso as duas fiquem para um confronto final. Os gráficos abaixo, do jornal Estadão, retratam essa pesquisa.



Embalada pela comoção da morte de Eduardo Campos e favorecida pela situação em que o país se encontra, com uma presidente respingada de lama dos pés à cabeça com os inesgotáveis casos de corrupção na Petrobras e responsável pela péssima situação da nossa economia, e um candidato tucano que não consegue se impor, Marina disparou nessa pesquisa. É o caso típico de um eleitorado desiludido que, na sua concepção, opta pelo que considera um candidato "diferente" dos demais, mesmo que se trate de alguém absolutamente sem currículo de gestão exceto cinco anos à frente do ministério do Meio Ambiente, quando o que mais fez foi capitular ante as pressões do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) e de Dilma NPS. O jornal espanhol El País publicou no dia 24/8 -- três dias antes da pesquisa do Ibope -- uma interessante entrevista sobre Marina Silva e o atual ambiente eleitoral que reproduzo a seguir.  Embora discorde dos trechos em que o entrevistado elogie o governo Dilma NPS, acho que o texto vale a pena ser lido embora seja longo.]


Beatriz Borges / Carla Jiménez -- El País, 24/8/2014

Renato Meirelles tornou-se uma referência para empresas e candidatos pelo vasto conhecimento que adquiriu com a sua agência Data Popular. Especializada em pesquisas com a população da baixa renda, ou seja, a maioria dos brasileiros, ele estava no lugar certo na hora certa, quando fundou sua empresa em 2001. A classe emergente, também chamada de classe C, viria a revolucionar o mercado de consumo no país, e agora, ganha mais voz nas eleições. “Sem dúvida é a classe C quem vai definir esta eleição”, diz ele, em referência ao grupo que representa 54% do eleitorado. “Ela está em busca de uma alternativa de mudança. Se essa alternativa vai ser a própria presidente Dilma, se vai ser o Aécio ou a Marina, os próximos dias vão dizer”, observa Meirelles.

A estreante candidata do PSB tem grande potencial para seduzir este grupo, reconhece Meirelles. “A imagem simbólica da Marina é maior do que ela como candidata”, diz ele. E a ambientalista é o elemento novo que casa com o desejo de mudança. Mas, isso não quer dizer que a eleição está ganha pela ‘terceira via’. O eleitor quer saber mesmo quais são as soluções que tanto ela, como os seus adversários, vão apresentar para melhorar os serviços públicos dos quais ele depende: de saúde, à educação, passando por transporte público. “Elas não querem saber se é A, B ou C. As pessoas querem alguém que dê o suporte e as ferramentas necessárias para que, por mérito próprio, ele melhore de vida”, afirma.

Pergunta. Com quem está o eleitor da base da pirâmide?
Resposta. A Dilma tem o eleitorado da classe D e E, não teria da classe A e B e decidiu priorizar a classe C. O Aécio é o contrário: ele tem o voto da classe A e B, não teria o da D e E e prioriza a classe C. A Marina não tem esse voto da classe C. Ela tem o voto da classe média revoltada, mais jovem e escolarizada, que estava votando nulo até então, tem o voto mais básico, evangélico, dos menos escolarizados, e não tem o voto da classe C. E talvez não precise. O que aconteceu agora: ela cresceu sem tirar o voto de ninguém, pegando do nulo e indeciso. Ela cresceu porque não estava havendo perspectiva política. Qual o componente novo? Era uma campanha sem emoção. Não havia candidatos que mobilizassem, pelos quais ninguém é apaixonado. E ela tem um componente de paixão. E o da militância virtual mais agressiva, dos marineiros que pensam: opa, agora voltamos a ter esperança. A questão é: como é uma eleição curta, de 45 dias, o tempo que o Aécio e a Dilma têm para desconstruir a imagem da Marina, é curto.
P. Mas o tempo curto de campanha não joga contra a Marina também?
R. O pouco tempo joga mais a favor dela que do Aécio ou da Dilma. A imagem simbólica, o mito da Marina é maior do que a Marina como candidata. Esse mito tem um misto de algo mais messiânico, e tem uma vontade efetivamente de terceira via. Ela não tem muito o que falarem mal. Então ela é o diferente. E é por isso que cresce. Isso é diferente de se você tem uma eleição que fale: "Ok, mas ela vai resolver o problema da educação? E a qualidade dos serviços públicos? Efetivamente vai melhorar? Qual é a proposta que ela tem para que a economia brasileira volte a crescer?". Essas perguntas vão ser feitas e ela vai ter que responder. Se ela conseguir, bem. E esse é o dilema, do que vai ser esse processo eleitoral. Vamos ver se o mito prevalece.
P. A classe C define esta eleição?
R. Tenho certeza que sim. É a eleição da classe C. Primeiro porque ela é 54% do eleitorado, ou seja, ela por si só é maioria absoluta do eleitorado. Segundo porque temos consolidados os votos na classe D e E e na A e B.Temos uma maioria da classe C que é Dilma, obviamente. Se não a Dilma não ia ter a votação que tem. Mas não significa que ela esteja satisfeita com os rumos do país. Ela está em busca de uma alternativa de mudança. Se essa alternativa vai ser a própria presidente Dilma, se vai ser o Aécio ou a Marina, os próximos dias vão dizer. Sem medo de errar posso dizer que essa classe C quer melhora na qualidade dos serviços públicos. E está olhando pra frente e não para o passado, então é um voto muito em disputa ainda. Não dá pra dizer que alguém já ganhou a classe C.
P. As pessoas falam que, pese aos escândalos, o PT foi o único que olhou pelos pobres. E a Marina pode captar isso?
R. Tenho certeza que sim. A Marina tem uma história de vida muito próxima, como a do presidente Lula. Ela tem um discurso de mudança, mas foi da base do presidente Lula. Ela tem uma possibilidade efetiva de falar com o eleitorado mais pobre ou de ser crível o discurso de que ela não vai acabar com as conquistas sociais dadas. O desafio da candidatura da Marina é como ela vai mostrar consistência das suas soluções para o país e ao mesmo tempo manter uma imagem mais mítica. Que foi analfabeta até tarde da vida, que nasceu em uma região pobre, que superou todas as adversidades. Se não mostrar soluções, essa imagem também se esvai. Aliás, o crescimento da Marina sem tirar dos outros candidatos deixa claro que a eleição brasileira é uma eleição de candidatos e não de partidos políticos.
P. Você apontou que Eduardo Campos poderia se unir a Marina Silva antes que o acordo entre ambos saísse. Por que você apostou nisso?
R. Era uma análise meio óbvia que a gente tinha de que ela não conseguiria montar partido, fazer o partido político, registrar. Partindo dessa premissa, que possibilidades existiriam? Ela conseguiria ficar ausente do debate eleitoral? Não. Porque ela tem um grupo que a apoia e que, portanto, precisa de legenda ou entrar em alguma legenda. O Eduardo Campos acenava sempre, desde o primeiro momento, dizendo “é legítimo que ela dispute”, ele fazia essa imagem de juntar. Mas o Eduardo era tudo, menos besta. Obviamente que ele não iria abrir mão da legenda que era dele. Então a solução seria dar o papel de vice.
P. A Marina pode tomar os votos do pastor Everaldo?
R. Eu tenho certeza disso. Ele não tem nenhuma chance de crescer para 10% [como apostavam alguns analistas políticos]. Ela vai crescer também no eleitorado mais básico, evangélico, que ainda não tinha efetivamente entrado na campanha. Só se enxergava isso na candidatura do Everaldo. Agora eles vão entrar na campanha como uma alternativa definitiva de poder ter um evangélico na presidência da República.
P. Quais são os desafios da Marina?
R. Ela tem o desafio de uma agenda, ela tem o eleitorado de classe A e B, mais escolarizado, mais jovem, que tem uma cabeça mais liberal, com uma agenda conservadora do ponto de vista dos costumes. E isso é uma contradição efetiva. Jovens que defendem direito ao aborto e que estão de saco cheio da política, vão ter claramente uma candidata que é contrária à legalização do aborto. Existe uma contradição efetiva entre uma renovação da política e uma agenda mais conservadora do ponto de vista da moral e dos costumes.
P. Mas essa contradição só acontece com a candidatura da Marina ou com as demais também?
R. Esse eleitorado de bandeira mais forte é o mais próximo da Marina. Isso de alguma forma acontece com as bandeiras do PT versus um eleitorado de menor escolaridade, mais velho e de menor renda. Tanto que toda tentativa do PT é não entrar na agenda de costumes. Muitos atribuem a ter segundo turno na eleição passada pela Dilma não ter uma posição clara em relação ao aborto no momento e por ter tido toda uma onda de internet de que ela era favorável ao aborto. Essa agenda vai voltar para a campanha, e essa é uma primeira contradição que precisa ser resolvida.
P. Há outras contradições?
R. No momento em que a pauta eleitoral efetivamente trabalha a ideia de que as pessoas acham que o Brasil não está no rumo certo, esta se torna uma eleição de mudança. As três candidaturas têm ‘mudança’ no nome. É, ‘Coragem para mudar’, ‘Muda Brasil’ e ‘Muda Mais’. Até o candidato da situação quer mudança. Por outro lado, se você for mais a fundo no problema, as pessoas querem mudança porque a economia parou de crescer, porque a inflação está efetivamente chegando mais próximo do teto, está comendo uma fatia maior da renda familiar, porque a perspectiva de futuro não é tão promissora como era antes. Se a campanha tiver tempo, para ir mais a fundo nesses debates, a questão seria: mudar para o quê? Qual é o princípio da mudança?
P. Inflação, emprego, segurança e qualidade dos serviços públicos. São esses quatro pilares que realmente preocupam?
R. Sim, Mas efetivamente vai ter que ter proposta para isso. Por isso que eu digo que a eleição curta favorece a Marina. Porque ela não tem histórico de gestão dela, ela não foi governadora como foi o Eduardo. Qual é a chance dela? Fazer uma grande ‘Carta ao povo brasileiro’, como fez o ex-presidente Lula lá atrás [em 2002 para tranquilizar o mercado financeiro sobre a sua eleição]. Dizendo ‘fiquem tranquilos, nós iremos honrar os contratos, nós iremos garantir o desenvolvimento do país, minha equipe é essa’.
P. Você está em contato direto com a base da pirâmide, que é quem mais sente a inflação. Eles já fizeram a associação inflação-Dilma?
R. Já. E aliás, o crescimento do índice de aprovação do Datafolha sobre o Governo dela [na última pesquisa Datafolha] vem quando a inflação dos alimentos diminuiu. Era o que estava crescendo, que pega antes os mais pobres. As pessoas não estão nem aí para taxa Selic. Ela quer saber o seguinte: com 100 reais que eu gasto hoje no mercado, eu compro a mesma coisa que eu comprava seis meses atrás? Isso é o que pega na cabeça da classe C.
P. As pessoas acreditam que a economia com a Dilma parou mesmo?
R. Imagina o seguinte: o Brasil passou uma década com uma economia crescendo e com as pessoas conquistando coisas que não conquistavam antes. As pessoas estão assim: o Lula entrou, o país crescendo, a economia bombando, as pessoas achavam que a vida ia continuar melhorando na mesma velocidade que em 2010. Ela melhorou. mas numa velocidade muito menor. Só que a expectativa da pessoa ficou lá em cima.
P. Ela continuou melhorando com a Dilma?
R. Melhorou, efetivamente. Melhorou a renda média dos trabalhadores, o número de universitários cresceu. Objetivamente, melhorou. Só que imagina o seguinte: você está numa estrada a 120 por hora. Aí você vê aquela placa: Reduza a 70km/h. Aí você reduz. Qual é a sensação? Que você está parado. A sensação térmica é que o Brasil está parado.
P. Quais as questões fundamentais de que os candidatos não podem sair?
R. Um controle rigoroso da inflação tem que ser política de Estado. Uma política de reajuste do salário mínimo. Salário mínimo é que distribui renda, é o que tira o dinheiro dos que têm mais dinheiro e dá a quem tem menos. A política de salário mínimo coloca muito mais dinheiro na economia que o Bolsa Família. Ou seja, é muito mais importante para distribuição de renda que o Bolsa Família. Para efetivamente conseguir controlar a inflação e conseguir dar aumento real do salário mínimo, o desafio é a produtividade. Ou eu aumento a produtividade, ou eu só vou ter como política de controle da inflação aumento de juros.
P. Dilma está na liderança. O voto para ela é por gratidão?
R. Tem uma questão de voto de gratidão ao legado do presidente Lula. Forte. Mas o jovem eleitor diz: ah, legal, você melhorou a vida do meu pai, mas o que você propõe pra mim? Por isso que sem medo de errar o jovem é o eleitor chave. Mais do que a classe C é o jovem.
P. E qual é o papel dele nesta eleição?
R. Esse jovem tem uma perspectiva de futuro diferente da do jovem do passado. Essa eleição não é uma eleição de futuro, é uma eleição de legado. O papel desses jovens é muito maior do que em outras eleições. É um jovem mais escolarizado do que o pai, ele é um jovem que contribui mais pra renda familiar da classe C que o jovem da classe A, ele é um jovem muito mais conectado que os pais, ele tem o dobro de conexão comparado à geração dos pais dele. Está muito mais interessado em saber o que vai ser daqui pra frente do que foi até aqui. Por isso a discussão não é de legado. Só um terço do eleitorado tem condições de comparar o Governo Fernando Henrique com o Governo Lula.
P. E o que ele quer?
R. É preciso pensar políticas públicas para esse jovem, ele não quer mais dentadura, ele quer Plano Nacional de Banda Larga. Ele não quer cesta básica, ele quer Prouni. Para esse eleitor, que é digital, enquanto a classe política é analógica, completamente desconectada, é um grande desafio de políticas públicas e de manutenção da democracia no Brasil. Durante séculos as políticas públicas eram formadas de cima para baixo, do Estado e da academia para os menos favorecidos. Temos uma classe C emergente que quer ser senhora de sua vida. E não que venha alguém que diga para ele o que ele precisa. Os políticos estão acostumados a serem ouvidos, não a ouvir. A oposição, até então, estava se posicionando como a outra face da mesma moeda. O problema está na moeda. "Eu quero tirar o PT do poder". Elas não querem saber se é A, B ou C. As pessoas querem alguém que dê o suporte e as ferramentas necessárias para que, por mérito próprio, ele melhore de vida.
P. Você acaba de lançar o livro “Um país chamado favela”. Como foi essa experiência?
R. O Celso Athaíde fez o livro junto comigo, foi criador da CUFA, que na minha opinião é a maior ONG de baixa renda da América Latina. Aí conseguimos apresentar para o Lula e para o Fernando Henrique Cardoso em uma semana. Na semana em que o Eduardo morreu, a gente ia fazer o lançamento no Rio, ele havia marcado de ir na quinta-feira, 14 [Ele morreu um dia antes] A Dilma já havia agendado visita para a sexta-feira na CUFA (Central Única das Favelas), e o Aécio, para o sábado. Desculpa, nenhum livro faz o que a gente fez. Reunir dois ex-presidentes, reunir dois candidatos, mais a presidenta. Remarcamos o lançamento no CUFA para setembro. Tanto a Dilma quanto o Aécio confirmaram que vão. Qual é a ideia? Colocar a favela, que é o quinto maior colégio eleitoral do país, no centro do debate político.
P. A cultura da periferia, seja música ou literatura, está cada vez mais presente nos encontros da classe alta. Estamos aproximando esses dois Brasis?
R. Isso aparece no rap, no funk, na estética, no jeito de vestir, na roupa, isso é fundamental, é forte e é presente. Por outro lado, há uma mudança. Há sete anos, o aspiracional da periferia era ser como a classe A. Hoje o aspiracional da periferia é o vizinho que deu certo. Essa mudança faz com que ela consiga ocupar o espaço no centro que ela não conseguia ocupar antes. O aspiracional é o primeiro cara que entrou na universidade no meu bairro, o cara que lançou a música e está conseguindo ganhar dinheiro, é o cara que é pai de família que sustenta e cria os dois três filhos com convênio médico. O aspiracional está muito mais próximo. E isso faz com que efetivamente ela comece a ocupar espaços que antes ela não ocupava. É como se a velocidade da democratização do consumo ocorresse a uma velocidade maior do que a velocidade dos espaços de consumo. Então as pessoas passaram a ter grana para comprar no shopping antes de crescer shopping centers em número suficiente para agregar as pessoas. A mesma coisa com aeroporto. O que aconteceu? Parte da elite tradicional se sentiu completamente incomodada com isso. Metade da classe A acha que deveria ser obrigatório ter divisão entre produtos baratos para rico e para pobre.
P. É a tal demofobia?
R. Isso tem o preconceito. Isso está diminuindo a força porque 44% da classe A e B já é a primeira geração de pessoas com dinheiro da família. Ou seja, o pai e a mãe não eram da classe A e B, mas ele é. Então são pessoas que têm cabeça de classe A e um jeito de pensar e consumir de classe C. E isso começa a quebrar essas barreiras da classe A e B. Não venho falar aqui que juntamos os dois brasis. Estamos no caminho? Estamos. Nem que seja a fórceps, porque 44% da classe A e B têm dinheiro e trouxeram sua história e cultura.




terça-feira, 26 de agosto de 2014

Depois de 11 anos de PT, infraestrutura de transportes do país é péssima

Passados 11 anos de governo, a petralhada incompetente continua enchendo a nossa paciência com seu mantra idiota "a culpa é do FHC". Freud explica: quando se tem uma referência ou modelo que nos fascina e nos incomoda por ser melhor que nós, e não se consegue superá-lo ou sequer igualá-lo, a saída de quem tem complexo de inferioridade é tentar destruir e vilipendiar aquela referência e aquele modelo, para gerar uma falsa aparência de que ele é que nos é inferior.  É a velha e pobre tática de valorizar o próprio ego esculhambando o dos outros.

Os dois governos petistas, o do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) e o de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) fizeram de FHC sua válvula de escape e o depósito de suas falhas e incompetências -- mesmo depois de longos 11 anos! O NPA ainda teve o bom senso de seguir em grande parte os ótimos preceitos econômicos do governo tucano, mas em termos éticos mergulhou de cabeça nos subterrâneos da corrupção. Dilma NPS, obtusa de inteligência, ignorante de teimosia asinina e politicamente uma amadora medíocre, bagunçou de vez o coreto. Mandou às favas o tripé econômico que FHC criara para estabilizar o país (metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal), encheu seu ministério de vacas de presépio e tem governado o país com os humores de seu fígado.

Vejamos a infraestrutura de transportes do país. Um país com nossas dimensões continentais escolheu o transporte rodoviário como solução preferencial para suprir o país de suas necessidades e escoar seus produtos. Essa besteira de décadas foi mantida pelos "visionários" governos petistas, carimbada com o selo de péssima qualidade petralha.

No setor rodoviário, 80% das estradas do país não têm asfaltamento.



Gráfico: O Globo (clique na imagem para ampliá-la)

Segundo O Globo, pelos quase 1,7 milhão de quilômetros de estradas que cortam o Brasil escoam 58% do volume nacional de cargas. No entanto, 80,3% — mais de 1,3 milhão de km — não são pavimentadas. Ao todo, o país tem 12,1% de rodovias pavimentadas; os outros 7,6% são vias planejadas, isto é, ainda não saíram do papel.

Dividida por esfera de jurisdição, a malha rodoviária sob responsabilidade dos municípios é a que menos tem estradas pavimentadas, apenas 2%. Nas que estão na esfera estadual, a pavimentação não passa de 43,5%. As federais, por sua vez, têm 54,2% das vias asfaltadas. Os dados, de junho deste ano, são do Sistema Nacional de Viação, do Ministério dos Transportes, e incluem a rede rodoviária administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), concessões, convênios e MP-082.

"A expansão territorial da demanda brasileira nos últimos 50 anos não pode ser comparada a nenhum país nos últimos 200 anos. Então, precisamos de investimento sustentado em modais de transporte. Países continentais como China, Canadá e Austrália mantêm nos últimos 30 anos a taxa de investimento em logística de transporte em 3,4% do PIB ao ano. Aqui, é 0,6%", diz Paulo Resende, coordenador do núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral.

Ao texto do Globo, acrescento eu: na esfera estadual, a coligação governamental tem o controle de 15 das 27 unidades da Federação (ou 55,56% do país) -- o PT tem 4 (Acre, Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul), o PMDB tem 7 (Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Sergipe), o PROS tem 2 (Ceará e Amazonas), o PP tem 1 (Minas Gerais) e o PSD tem 1 (Santa Catarina). É portanto enorme a responsabilidade do PT e seus coligados pelo mau estado das malhas rodoviárias estaduais do país. 

Em termos municipais, também acrescento eu, temos para as 100 cidades mais populosas do país a seguinte distribuição partidária:


Partidonº de cidades governadas
Partido dos Trabalhadores (PT)27
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)17
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)13
Partido Democrático Trabalhista (PDT)11
Partido Socialista Brasileiro (PSB)8
Partido Social Democrático (2011) (PSD)6
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)6
Democratas (DEM)3
Partido Progressista (PP)5
Partido da República (PR)4
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)2
Partido Republicano Brasileiro (PRB)1

No quadro acima, vemos que a coligação governamental (PT, PMDB, PP, PSD, PRB, PC do B, PR e PDT -- só o PROS não tem prefeitura) controla 73 cidades ou 73% dos grandes centros urbanos do país. Nesse universo de 100 cidades mais populosas, o PT controla 27% delas (quase um terço). Vemos, portanto, que o PT e sua curriola que sustenta o governo de Dilma NPS têm esmagadora maioria dos principais municípios do país e, consequentemente, também uma esmagadora responsabilidade pelos miseráveis 2% apenas de rodovias municipais asfaltadas.

Para complicar a situação, a agência Intelog de notícias (Inteligência em Gestão Logística) informou em 23/8 corrente que a frota de veículos cresceu acima da estrutura viária nas maiores cidades do país nos últimos anos. A frota de veículos aumentou 92% entre 2002 e 2013, enquanto a extensão do sistema viário aumentou 62%. Só quem não vê esse pepino é a economista Dilma NPS (os economistas de fato que me perdoem, não quis ofendê-los).

Pulemos agora para os modais de transporte ferroviário e hidroviário (aqui incluindo o fluvial e o de cabotagem). Segundo um órgão do próprio governo federal, a ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários, de 2010 a 2013 -- no governo Dilma NPS, portanto -- a relação de transporte de carga TKU (tonelada útil transportada) entre os modais hidroviário e ferroviário foi a seguinte (em bilhões de TKU):

● em 2010, foram 57,9 bilhões de TKU em hidrovias contra 277,9 bilhões de TKU em ferrovias  ➣ as hidrovias transportaram 20,83% do volume de carga das ferrovias;

● em 2011, essa relação foi de 60,9 contra 293,2 ou seja, as hidrovias transportaram 20,77% da carga transportada pelas ferrovias;

● em 2012, a relação foi de 61,7 contra 301,2  ➣ as hidrovias transportaram 20,48% do que as ferrovias transportaram;

● em 2013, a relação foi de 64,3 contra 298,6 ➣ as hidrovias transportaram 21,53% do que as ferrovias transportaram.

Os números acima comprovam que no governo Dilma NPS: - i) esses dois modais de transporte tiveram praticamente zero de crescimento ou seja, o governo investiu zero nisso ou investiu jogando dinheiro no ralo e não em obras; -- ii) há 11 anos os governos petistas continuam com a burrice do favorecimento ao transporte rodoviário em detrimento dos transportes hidroviário e ferroviário; -- iii) se há concessões privadas nesses modais, a culpa também é do governo que não as fiscaliza e não as obriga a investir em ampliações de malhas.

A lógica do bom senso -- diametralmente oposta à lógica petista -- manda que a ferrovia tenha a carga que deve ser transportada a grandes distâncias, com isso, reduzindo seus custos finais. A rodovia, por sua vez, deve ficar com a carga a ser transportada entre pequenas distâncias. Com limite julgado ótimo, de máximo de 400/500 quilômetros, praticamente a distância entre o Rio e São Paulo. 

Em 2007, o Brasil tinha cerca de 3,4 quilômetros de ferrovia por quilômetro quadrado, enquanto essa relação nos Estados Unidos era de 23,4, na Índia é de 21,3 e na China é de 9,3. Como nosso setor ferroviário estagnou desde então, e isto muito provavelmente não ocorreu nos países citados, essa nossa situação comparativa só deve ter piorado. 

A importância do modal ferroviário relaciona-se aos baixos custos de transporte. Ainda com dados de 2007 considerando o transporte de 1 mil toneladas por quilômetro, o custo de transporte no modal ferroviário era de R$40,00, no rodoviário, R$248,00, no aquaviário, R$62,00, aéreo, R$1.595,00 e para os dutos, R$69,00. Ou seja, já em 2007 o transporte rodoviário era 6 vezes mais caro que o ferroviário e 4 vezes mais caro que o hidroviário.

Segundo a canadense Michelle Lalande-Dery, presidente da ferrovia TransQuébec Express (a mais longa do mundo), a via férrea apresenta vantagens consideráveis sobre a via rodoviária. Algumas estão elencadas a seguir: numa distância de 1 km, um caminhão consome 13 vezes mais energia que um trem para transportar uma tonelada de carga. Um comboio de 200 vagões transporta tanto quanto 400 carretas rodoviárias. Acrescentar um único trem de frete à rede equivale a retirar da circulação até 280 caminhões.

Tudo isso aí acima é grego para Dilma NPS e sua curriola do ministério dos Transportes. Logística para essa turma é nome de cadela de estimação de alguma membra -- usando o jargão da presidenta-- da elite branca que vaiou a ex-guerrilheira na Copa do Mundo.  Se ocorrer um colapso na logística, Dilma NPS e Seus Blue Caps petistas vão culpar o veterinário da dona da cachorrinha.