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domingo, 11 de setembro de 2016

Os governos petistas criaram no país o operariado de esquerda mais original e masoquista do planeta

Vamos dar uma olhada no país que encontramos até 31 de julho de 2016, data do impeachment meia-sola de Dilma Rousseff:

A economia nos anos Dilma






Taxa de desemprego atingiu 11,6% em agosto, deixando 12 milhões de brasileiros sem emprego -- Num ranking de 51 países, o Brasil é o 7° com maior taxa de desemprego. 
Fundos de pensão de estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios e Petrobras), administrados por gente do PT, sofreram fraude de R$ 8 bilhões e perdas de R$ 48,7 bilhões (por gestão fraudulenta) -- O rombo dos quatro fundos de pensão estatais responde por 62,6% do rombo total (R$ 77,8 bilhões) de todo o sistema de fundos de pensão em 2015. Os contribuintes desses fundos estão sendo chamados a aumentar sua contribuições para ajudar a tapar o buraco da bandalha.



PF estima que o prejuízo da Petrobras com corrupção pode ser de R$ 42 bilhões -- Detalhe importantíssimo: parte ponderável do petrolão ocorreu no período em que Dilma presidiu o Conselho de Administração da Petrobras (2003-2010).

FGTS foi usado por Dilma para cobrir rombos do governo e para investimentos desastrosos da Caixa Econômica Federal: 




Subsídios do FGTS têm salto de 492% após 2009 -- Na falta de recursos para fazer políticas públicas, o governo tem se voltado cada vez mais para o FGTS. Segundo dados do site oficial do Fundo, o montante de subsídios para habitação (a fundo perdido) explodiu a partir do lançamento do programa Minha Casa Minha Vida. Entre 2001 e 2008, foram concedidos R$ 7,4 bilhões a título de subsídio. Mas a partir de 2009, quando o programa foi lançado, até janeiro deste ano, o montante pulou para R$ 43,8 bilhões — alta de 492%, ou quase seis vezes mais. Do total, R$ 36 bilhões foram destinados ao Minha Casa.

Além disso, os donos das contas no FGTS deixaram de ganhar R$ 74,2 bilhões nos últimos sete anos, devido à diferença na correção das contas (de 3% ao ano, mais a TR) e a inflação no período, segundo cálculos do consultor da Comissão de Orçamento da Câmara dos Deputados, Leonardo Rolim. A conta foi feita com base nos saldos médios das contas e a inflação registrada pelo INPC. Só em janeiro deste ano (2016), a perda foi de R$ 6,2 bilhões.

Inadimplência do consumidor, um índice da incapacidade do consumidor de pagar suas contas

Um dos maiores crimes do governo Dilma foi estimular o consumismo, sem que a economia do país justificasse isso. Com juros baixos e isenções de impostos para vários setores da economia e tarifa de energia elétrica falsamente reduzida, Dilma estimulou de maneira totalmente irresponsável o consumismo do brasileiro, criando um falso clima de euforia que foi logo seguido de forte frustração pela incapacidade de honrar suas contas por parte daqueles que caíram no conto do vigário de Dilma Rousseff.

Brasil abriu 2016 com 59 milhões de inadimplentes -- isso representa quase 30% da nossa população. A dívida correspondente a isso é de R$ 256 bilhões.

Até a primeira semana deste mês de setembro houve um aumento de 27,9% de títulos protestados no país

Situação real de inadimplência no país é pior do que mostram os índices

Um terço dos devedores renegocia dívidas, mas não consegue pagá-las

Inadimplência no ensino superior cresceu 16,5% em 2015

Inadimplência atinge nível recorde em contas de água, luz e gás, diz Serasa


Listei acima apenas as pilantragens petistas em áreas que atingem diretamente os trabalhadores a elas vinculados. É evidente, porém, que todo o repertório de corrupção petista (mensalão, petrolão, eletrolão, fundos de pensão, FGTS & etc) atinge o país inteiro, toda a população.

O humana e logicamente normal é que houvesse uma indignação imediata e veemente dos trabalhadores a esses assaltos de que têm sido vítimas nos quase 14 anos de governos petistas, acompanhada de demandas pela prisão dos culpados disso. Xongas. Ninguém foi às ruas por isso, se reações houve foram pontuais, tímidas e na internet. Ninguém foi à porta do Palácio do Planalto cobrar satisfações de Dilma por isso e tampouco invadiu o Palácio e qualquer Ministério, como fazem agora contra Temer a três por dois. Ninguém estranhamente se lembra de que o país está na merda em que está por culpa de PT, Lula e Dilma. Não se vê nenhuma faixa em praça pública contra a roubalheira na Petrobras e nos fundos de pensão estatais.

Dilma Rousseff esculhambou com a vida de todos nós, em inúmeros casos -- é só ver acima, nesta postagem -- principalmente dos trabalhadores, e no entanto a esquerda está toda apaixonada por Dilma e órfã dela! Há choros e quebra-quebras nas ruas por causa do impeachment dela. Pessoas choram diante dela, dam-lhe flores e prestam-lhe solidariedade como se ela fosse uma mãe para todos, um exemplo de candura, a salvadora de suas vidas, uma pessoa sem a qual não podem e não sabem viver. Que palhaçada! Que ridículo! Que demonstração de burrice, estupidez e masoquismo! Que falta de vergonha na cara!

Além de burra, incompetente, cínica, desonesta, mentirosa, autoritária, deselegante e grosseira, Dilma sempre se caracterizou e se notabilizou por ser intratável e absolutamente avessa a diálogo. Ela queimou todas as pontes possíveis com os políticos, o que pesou substancialmente para seu afastamento. Apesar de tudo, além da péssima gestão do país, as esquerdas a transformaram numa espécie de Madre Teresa de Calcutá. Perdoaram-lhe todos os defeitos e pilantragens, e lhe dão a outra face para novas porradas!

Nossas esquerdas cegas e masoquistas estão com a Síndrome de Estocolmo, um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

É impossível ter respeito para uma esquerda como essa, que gosta de ser enganada e violentada pelo PT e por pessoas como Lula e Dilma, que age irresponsável e criminosamente contra uma decisão justificadamente legal, e que age como um idiota que finge não perceber que está provocando uma séria situação de divisão e confronto no país para defender uma falsa líder, uma irresponsável, e um partido e uma política que levaram o país ao caos. 

 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Alguns dos grandes desastres gerados pelo petismo em seus quase 14 anos no poder

Enquanto o país ainda patina para tentar sair do caos e do precipício em que Lula e Dilma o jogaram, o contribuinte assiste estarrecido a sucessão, a variedade e a extensão de escândalos que permearam o lulodilmopetismo e se tornaram sua marca registrada. O aparelhamento político de estatais e fundos de pensão -- para só falar em dois exemplos -- esfacelaram empresas como a Petrobras e a Eletrobras, e fundos como o Petros e o Postalis (entre outros) e a economia como um todo. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES registram os piores resultados de suas vidas. Tivemos governos de um partido dito dos trabalhadores que saquearam escandalosamente fundos de pensão estatais, meteram a mão no FGTS para garantir lucros de empresas privadas, criaram empresas campeãs nacionais fajutas (como a Sete Brasil, por exemplo, um caso recentíssimo) e favoreceram indecentemente a indústria automobilística e as empresas de Eike Batista. Ver também: 'Campeãs nacionais' do BNDES patinam.

Enquanto o mar de lama, incompetência e irresponsabilidade aflora e inunda o país, Lula e Dilma fazem cara de paisagem -- ambos viveram seus governos em permanente estado alfa, alheios a tudo que acontecia à sua volta (incluindo, fantasiosamente, o farto dinheiro de propinas que encheu os cofres de suas campanhas e os bolsos de seus cupinchas). Ninguém reconhece lhufas de malfeitos, tudo foi obra de espíritos malignos (todos da "quadrilha" de FHC), da mídia, da CIA, de Pedro Álvares Cabral e provavelmente até de Deus. A esquerda só reclama da condução das investigações, em momento algum fez uma autocrítica pra valer das bandalhas praticadas -- isso é pra ela absolutamente secundário, o importante mesmo é proteger Lula, seu líder e guru, e livrá-lo da prisão.

Vejamos algumas obras primatas dos 14 anos de petismo no poder.

Sete Brasil -- estatal criada em 2010, no final do governo Lula, dentro da ideia estapafúrdia de gerar empresas "campeãs"nacionais, temperada com a proposição ultrapassada de "conteúdo nacional", a empresa deveria produzir 29 sondas e alugá-las à Petrobras. Nenhuma sonda foi produzida (as sondas ficariam prontas a partir de 2017),  a empresa envolveu-se até o pescoço no propinoduto investigado pela Lava-Jato e entrou em recuperação judicial. Na realidade, a função da Sete Brasil era irrigar mais o esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. O ex-presidente da empresa, João Carlos Ferraz, afirmou que a divisão das propinas recebidas de estaleiros contratados pela empresa era uma réplica do esquema que já existia na Petrobras.

Em 2015, a empresa deu um prejuízo de R$ 26 bilhões. Sua recuperação judicial envolverá R$ 19,3 bilhões. De acordo com a lista de credores do seu processo de recuperação  judicial, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, o Itaú BBA e o Santander somam dívidas de R$ 10,194 bilhões (52,81% do total da recuperação). Deste montante, R$ 3,669 bilhões são do Banco do Brasil e R$ 1,618 bilhão é da Caixa -- ou seja, os dois bancos estatais respondem por 51,86% da dívida da Sete Brasil com o setor bancário. Olha aí o petismo, novamente, encalacrando dois dos três grandes bancos federais do país! A Caixa e o BNDES já haviam sido prejudicados com o grupo de empresas de Eike Batista.

O sócio controlador da Sete Brasil é o Fundo de Investimento em Participações – FIP Sondas, com 95% do capital, e a Petrobras, com 5%. O FIP Sondas reúne quatro fundos de pensão (Petros, Funcef,  Previ e Valia), três bancos de investimentos privados (BTG Pactual, Santander e Bradesco), o FI-FGTS, alem de outros fundos (o FI-FGTS é o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço, criado em 2007 para propiciar aos trabalhadores -- titulares do FGTS -- uma renda superior aos 3% ao ano mais a TR que remunera as aplicações do FGTS; em 2015, em vez de lucro esse fundo teve um prejuízo de 3% ou R$ 966 milhões principalmente por causa da Sete Brasil). Vejam bem como os governos petistas enterraram o dinheiro de trabalhadores nessa arapuca: três grandes fundos estatais e o FI-FGTS.  Viva o PT!

Saneamento básico (dados de 2015-- 82,5% dos brasileiros têm abastecimento de água tratada: há mais de 35 milhões de brasileiros sem acesso a esse serviço básico 

● 48,6% da população têm acesso à coleta de esgoto: mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso a esse serviço

Doenças relacionadas à falta de saneamento básico: febre tifoide - cólera - leptospirose - disenteria bacteriana - parasitoides - hepatite A - amebíase - giardíase - agravamento de epidemias: zika e dengue.

Economia -- O legado econômico de Dilma (Revista Congresso em Foco)

Desemprego chega a 11,2% no trimestre e atinge 11,4 milhões de pessoas

Petrobras -- tornou-se modelo, foco e referência da avassaladora corrupção petista, com ajudas pontuais do PMDB. A posse da empresa pelo PT foi tão completa e devastadora, que acabou consagrando o slogan "O petróleo é nosso, mas a Petrobras é do PT". Os números são contundentes:

● As ações preferenciais da empresa caíram de R$ 22,11 em maio de 2011 para R$ 8,04 em maio de 2015, uma perda de 64% -- houve recuperação em 2016 (20%), mas ainda distante das máximas atingidas na passagem de 2007 para 2008, quando o preço das ações chegou a superar R$ 33.  O valor de mercado (preço que o mercado está disposto a pagar pela empresa), que chegou a atingir R$ 510,3 bilhões em 2008, caiu abaixo de R$ 100 bilhões no ano passado, retornando para o patamar de R$ 120 bilhões no fechamento de maio, segundo dados da Economatica.

Petrobras encolheu 85,5% em valor de mercado (a soma do valor das ações da empresa) ou R$ 436,6 bilhões desde o pico histórico da estatal na bolsa de valores em 2008, segundo levantamento da Economatica, provedora de informações financeiras. A máxima histórica foi registrada no dia 21 de maio de 2008, quando a estatal atingiu na Bovespa valor de mercado de R$ 510,3 bilhões. Já no fechamento em 18 de janeiro de 2016, após as ações caírem pela primeira vez em 12 anos abaixo de R$ 5, levando a cotação do papel ao menor patamar desde novembro de 2003, a petroleira foi avaliada em R$ 73,7 bilhões.

Dívida alta -- o endividamento líquido da Petrobras passou de um patamar de R$ 100 bilhões no final de 2011 para mais de R$ 390 bilhões no final de 2015. Segundo o último balanço da companhia, o valor recuou para R$ 369,5 bilhões no final de março, sendo que R$ 62 bilhões referem-se à dívida de curto prazo. A dívida bruta da Petrobras atingiu no 3º trimestre de 2015 o nível recorde de R$ 506,5 bilhões, o que levou a companhia a perder o grau de investimento (selo de bom pagador) e a ganhar o título de petroleira mais endividada do mundo e a 2ª empresa de capital aberto mais endividada da América Latina e Estados UnidosO endividamento bruto, entretanto, recuou, passando para R$ 492,849 bilhões no final de 2015, e para R$ 450,015 bilhões no final de março deste ano.

Prejuízos seguidos -- Petrobras acumula 3 trimestres seguidos de perdas. No 1° trimestre, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 1,246 bilhão. Em 2015, a empresa registrou perda recorde de R$ 34,836 bilhões, superando o resultado negativo de R$ 21,587 bilhões de 2014. Com a sucessão de prejuízos, a companhia decidiu não pagar dividendos a acionistas referentes a 2014 e 2015. 

Corte nos investimentos -- Em janeiro deste ano, a Petrobras reduziu em 24,5% o plano de investimentos para o período 2015-2019, para US$ 98,4 bilhões – queda de US$ 32 bilhões ante a projeção inicial de R$ 130,3 bilhões. No plano para 2014-2018, a companhia chegou a prever investimentos de US$ 220,6 bilhões. Para enfrentar a escalada da dívida, a estatal também anunciou um programa de desinvestimentos, que prevê vendas de ativos de mais de US$ 14 bilhões até o final do ano. No início de maio, a Petrobras anunciou que concluiu negociação para a venda de filiais que mantinha na Argentina e no Chile, em transação que deve levantar cerca de US$ 1,4 bilhão para o caixa da petroleira.

Corte na meta de produção -- Em 2015, a produção média cresceu 4,6% frente ao ano anterior, para 2,128 milhões de barris por dia (bpd). Mas os cortes e ajustes nos investimentos obrigaram a estatal a rever suas projeções para os próximos anos. Em janeiro, a Petrobras reduziu a estimativa de produção de petróleo no Brasil de 2,185 milhões de barris por dia em 2016 para 2,145 milhões de bpd e de 2,8 milhões de bpd em 2020 para 2,7 milhões.

Ver também:

O jeito petista de administrar a Petrobras (VIII) - O feirão da Petrobras

O que está descrito aí em cima é o retrato incompleto de uma empresa fantástica quebrada e destruída pela pela inacreditável ganância corruptora de um partido chamado PT.

Segurança pública -- Brasil bate recorde no número de homicídios em 2014, segundo o Ipea (59.627 vítimas). Em média, um brasileiro é assassinado a cada 9 minutos.

Educação -- em 2015, o Brasil ocupava a 60ª posição em ranking de educação da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, numa lista de 76 países. Nosso país está entre os piores no ranking de conhecimentos básicos da OCDE.

Saúde pública -- Segundo o Conselho Federal de Medicina, nada menos que 23.565 leitos exclusivos do Sistema Único de Saúde (SUS) deixaram de existir entre dezembro de 2010 e dezembro de 2015 – média de 13 leitos por dia. No mesmo período, a rede privada de leitos aumentou 2.210 (O Popular, 18/5). E as maiores reduções ocorreram em alguns dos setores em que a demanda é maior: redes de obstetrícia, psiquiatria, pediatria cirúrgica e cirurgia em geral. Na rede de 335,5 mil leitos, as maiores perdas aconteceram no Nordeste, onde são maiores as carências – lembrando que apenas 505 municípios brasileiros entre os 5.570 dispõem de UTIs.

O Sudeste e o Sul do País dispõem de 154 especialistas em várias áreas por 1 mil habitantes; o Norte, três vezes menos. No conjunto do País, são 119 por 1 mil; no Norte, 50; no Sul, 145; no Centro-Oeste, 134; no Nordeste, 68; no Distrito Federal, 275 (saúde.gov.br, 29/4). São números que evidenciam a desigualdade de atendimento por habitante, da mesma forma que os números nacionais por especialidade: 7 anestesiologistas por 1 mil; 6 obstetras por 1 mil; e 4,5 psiquiatras por 1 mil.

Numa lista de 55 países classificados por eficiência de seus sistemas de saúde em 2015, feita pela Bloomberg (a Bloomberg L.P. é uma empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacional em todo o mundo, com sede em Nova York. Foi fundada em 1982 por Michael Bloomberg, ex-prefeito da cidade de Nova York de 2002 a 2013. A empresa emprega mais de 18.500 pessoas em todo o mundo, com escritórios em mais de 173 países), o Brasil ocupa o último lugar. Para sua avaliação a Bloomberg utilizou, entre outros, dados do Banco Mundial, da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do FMI.

Em 2015, apenas 22,6% das unidades de saúde do PAC 2 (Plano de Aceleração do Crescimento) foram entregues.

Infraestrutura -- em 2015, apenas 34,7% das obras do PAC 2 em rodovias, ferrovias e hidrovias ficaram prontas.

Energia elétrica -- em dezembro de 2015, o Brasil ocupava o 5° lugar entre os países de energia residencial mais cara no mundo (atrás de Canadá, Coreia do Sul, EUA e Turquia). Na tarifa industrial, o Brasil ficou em 9° lugar entre os mais caros.

Em abril deste ano, o Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético mostrou no artigo "Mais um vexame brasileiro" que o Brasil ocupava o 11° lugar entre os países com energia elétrica mais cara do planeta.

Dilma Rousseff comandou o setor energético brasileiro desde o primeiro dia do primeiro governo Lula. Capitaneou a montagem do programa de Lula para o setor, depois foi ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Mas mesmo quando não ocupou cargos diretamente ligados ao setor, nada se fazia e se fez nele sem sua aprovação. Assim como contribuiu direta e fortemente para a quebra da Petrobras, Dilma destruiu também a Eletrobras. Os desmandos de Dilma Rousseff colocaram a maior empresa de energia da América Latina em situação dramática. Nos últimos dois anos, a estatal acumulou prejuízo de R$ 18 bilhões e o endividamento superou os R$ 40 bilhões. 

Ver também:

● Rombo bilionário na Eletrobras é outra proeza do monumento de incompetência e irresponsabilidade chamado Dilma NPS

Delenda Eletrobras

O quadro geral resumido acima é ainda um pálido retrato do imenso mal que os quase 14 anos de governo petista causaram ao país.







segunda-feira, 28 de março de 2016

Quem é que REALMENTE está apelando para o "quanto pior, melhor"?

Nos últimos 13 anos, o Brasil passou por momentos de desconfiança, euforia, preocupação, angústia, depressão e, agora, está à beira do desespero. Tudo isso sob a sombra de uma enorme bandeira vermelha estampada com o número 13. Esta bandeira cobriu e ainda cobre o país inteiro, acolhendo e escondendo gente que, agora se sabe em detalhes, destruiu o país ética, econômica e financeiramente.

Sob o comando de quem certamente é o maior fenômeno político que o Brasil já viu, o país foi sucessiva e inexoravelmente descendo ladeira abaixo em termos de ética, competência lato sensu, gestão, governança e desempenho como país decente e respeitável. Tudo sob o comando do líder supremo do PT, um ex-líder sindical chamado Luiz Inácio Lula da Silva, também conhecido como NPA (Nosso Pinóquio Acrobata), 171, apedeuta, Pixuleco e, mais recentemente, Boca de Latrina (BL).

Além de sua inegável inteligência , o BL se mostrou insuperável em autopromoção, criação de factoides, mentira, cinismo, hipocrisia, cegueira e amnésia seletivas (aplicadas tão somente contra seus malfeitos diretos e indiretos) e uma incomensurável irresponsabilidade. Um cidadão sabidamente inteligente, esperto, supermalandro, foi "incapaz" de perceber que gente de seu círculo íntimo (pessoal e administrativo) planejou, criou, amamentou, protegeu e estimulou os dois maiores (até agora ...) escândalos de corrupção que o país já viu e vivenciou: o mensalão e o petrolão. De repente, não mais que de repente, deu um apagão na cabecinha brilhante do BL e ele não viu absolutamente nada do que acontecia e rolava solto e adoidado debaixo de seu nariz e suas axilas.

Logo no início de seu primeiro governo, em 2003, o  esperto BL elegeu uma figura como referência de tudo o que de ruim, perverso e demoníaco tinha o país: FHC. Para o BL, este burguês de mentalidade capitalista tornou-se o oposto de tudo que o lulopetismo faria a partir de 2003 e a ele foram indevida e indelevelmente atribuídas todas as mazelas e ziquiziras sociais e econômicas vencidas e vincendas do Brasil. Em 2003 essa atitude do BL e do PT era perfeitamente compreensível e até aceitável -- afinal, FHC criara  o real e tirara o país de uma crise gigantesca, com uma inflação de  80% ao mês, e esses êxitos incomodavam e ainda incomodam muito o BL e o PT. Ele era (e ainda é) o homem a ser batido e execrado para o BL & Cia.

Outro mantra do PT, mergulhado até o pescoço  no lodaçal do petrolão, é dizer que corrupção não é exclusividade do partido. Beleza, o PT só admite ser criticado e condenado por corrupção "original". Mea culpa? Zero.

O problema é que o uso exagerado do cachimbo faz a boca torta. Passados 13 anos de barbeiragens, pilantragens, malfeitos e corrupção escancarados, o BL, Dilmanta  e o PT ainda insistem em culpar FHC pelos desastres perpetrados pelo BL e sua camarilha. Coisa de mafiosos.

Já em meados de seu segundo mandato, o BL resolveu inventar que Dilma Roussef [também conhecida como anta, Dama de Ferrugem e NPS (Nosso Pinóquio de Saia)] era um gênio (apesar das lambanças feitas e da incompetência política, técnica e gerencial inequivocamente por ela feitas e demonstradas em todos os cargos que ocupou) sob medida para substituí-lo no  Palácio do Planalto e dar continuidade à sua (dele, BL) estratégia de prolongar ao máximo o domínio dele e do PT no país. Pensado, e feito. Além dos defeitos enumerados, todos de conhecimento público, Dilmanta tinha sabidamente uma absoluta incapacidade de gerar e aceitar qualquer tipo de diálogo -- a madame não consegue conversar nem consigo mesma, no espelho. Como é que o olho  de lince do BL não viu ou não sabia disso, permanece um mistério.

Deu-se o chabu que  todos nós conhecemos sobejamente e sofremos há 4,5 anos. O país arruinou-se de vez, ética, política, econômica e financeiramente, e virou motivo de chacota e preocupação mundo afora. O gênio inventado pelo BL é incapaz de gerir qualquer coisa que exija um mínimo de competência, isenção e diálogo. Dilmanta não controla mais nada, não manda lhufas.

Apesar de inequivocamente mentirosa, cínica, amante de barganhas de qualquer tipo e quilate para se sustentar, ela insiste em se apresentar como "honesta" e os petralhas infantilizados abraçaram essa causa. Mesmo depois das inúmeras mentiras que lhes pregou para se reeleger em outubro de 2014. A Dama de Ferrugem tantas fez, que acabou sendo objeto de um pedido de impeachment, que já tramita na Câmara. Aí começou o festival de palhaçadas e irresponsabilidades dela, do BL, do PT e dos petistas.

O impeachment do presidente da República é um instrumento absolutamente legal, previsto explicitamente na Constituição Federal vigente. No final de 2015, foi acolhido pela Câmara dos Deputados -- entre 37 outros pedidos de mesma natureza -- o pedido formulado por Hélio Bicudo, fundador do PT, e pelos advogados Miguel Reale Junior e Janaína Conceição Paschoal.  Os advogados tentam, no documento apresentado à Câmara, associar Dilma Rousseff à Operação Lava-Jato, deflagrada na Petrobras, à investigação de tráfico de influência contra o ex-presidente Lula BL e às pedaladas fiscais analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Jogo jogado, cabe ao acusado reagir nos termos estritamente legais. Afinal, quem não deve não teme. Aí começou o festival de besteiras e irresponsabilidades que assola o país, além da crise econômica, da crise na saúde, na segurança pública, no saneamento básico, na infraestrutura, etc, etc. Por absolutamente incompetente sob qualquer aspecto, também na política, Dilmanta percebe que seu pedido de impeachment terá também e principalmente um viés fortemente político e se sente desesperada. Ela destruiu por completo o arcabouço político heterogêneo e interesseiro que a sustentava. Recorre então a argumentos ridículos, absolutamente inverossímeis e irresponsáveis.

Primeiro, quis incutir entre petistas e no país a tese esdrúxula de que querem tirar dela um mandato legitimamente conquistado nas urnas, como se sua eleição fosse um cheque em branco para fazer o que bem entender e uma garantia absoluta para permanecer no cargo, faça o que fizer. Para ela, Collor sofreu impeachment porque foi escolhido no cara ou coroa e não pelas urnas. A impressionante manifestação pública, ordeira e democrática, de 13 de março foi incapaz de sensibilizá-la ética e politicamente.

Depois, vendo que sua bandeira não se sustenta em pé, resolveu nomear Lula BL seu ministro, obviamente por orientação e pressão dele, com múltiplos objetivos: - i) blindá-lo contra a justiça de primeira instância (leia-se juiz Sérgio Moro), dando-lhe foro privilegiado; - ii) dar um plus político ao seu governo, confiando na inégável capacidade de negociação política do BL; - iii) tentar acrescentar um grau de dificuldade a mais contra o impeachment, na ideia de que tirá-la do governo significaria tirar também o BL, o que na sua (dela) concepção poderia gerar um clamor social mais forte. De quebra, ela cederia de fato e explicitamente ao BL o comando do país. A nomeação e a posse de Lula BL foram contestadas na justiça e o ex-presidente continua um humilde mortal  que se julga infinitamente superior a qualquer outro na face da Terra.

Paralelamente, Dilmanta, BL e o PT iniciaram uma campanha intensa de caracterizar o impeachment como "golpe". Até agora, três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) (Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Celso de Mello)  e um ex-ministro dessa mesma corte (Ayres Britto) vieram a público desmentí-la, afirmando clara e inequivocamente que impeachment não é golpe. O ex-ministro do STF, Eros Grau, também se pronunciou dizendo que o comportamento dos grupos aliados à presidente Dilma Rousseff diante da possibilidade de um impeachment pode colocar "em risco a paz social no Brasil".

Movendo-se como uma versão feminina canhestra e ridícula de Dom Quixote contra moinhos de vento, Dilmanta tem tomado iniciativas estapafúrdias, como a de, ineditamente, transformar o Palácio do Planalto em um palanque político em sua defesa, denunciando ao país e ao mundo que há no Brasil um golpe em curso. Cometeu a insensatez de convidar o corpo diplomático acreditado no país para participar da cerimônia, tornando-os testemunhas de uma baixaria. E botou um bando de papagaios de pirata a discursar em sua defesa. O ponto mais baixo do ato foi a fala inflamada e patética de José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e  hoje Advogado-Geral da União, que terminou sua verborragia com as palavras "não passarão! não passarão!", numa tentativa bisonha de repetir aqui o clima da guerra civil espanhola.

Dilmanta tem insistido na tese de recorrer aos movimentos sociais para manter-se no cargo. O MST já entrou no clima, ameaçando incendiar o país se Dilmanta for derrubada. Ela claramente insufla um confronto nas ruas para permanecer no cargo.

Depois de levar muita bordoada pelo que disse contra pessoas e instituições em conversas suas grampeadas e divulgadas, Lula BL ameaçou fingidamente reincorporar o "Lula paz e amor" de tempos passados, em comício do PT contra o impeachment na Avenida Paulista em S. Paulo no dia 18 de março. Mas logo depois, em 23 de março, em um evento público convocado por seis das principais centrais sindicais do país, Lula BL retomou seu papel predileto de incendiário, pegou o maçarico e a gasolina, e calhorda e irresponsavelmente culpou a Lava-Jato pelo desemprego no país. O efeito incendiário e insuflador disso sobre a massa petista é óbvio e ululante. Sobre a destruição da Petrobras, responsável direta e indireta por milhões de empregos no país, silêncio absoluto. Mea culpa? Zero.

Por pressão de Lula BL, Dilmanta mudou o ministro da Justiça nomeando um substituto indicado por ele BL, Eugênio Aragão, que logo na posse ameaçou a Polícia Federal de represálias e demissões, mesmo sem justa causa comprovada, se apenas sentisse um "cheiro" de "mau comportamento" na Lava-Jato. Logo depois, Aragão o Falastrão foi intimado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) a se explicar e recolheu-se à sua pequenez e à sua descompostura. Mais um gesto para confrontar as manifestações de 13 de março, que ostensivamente se posicionaram a favor da Lava-Jato, da Polícia Federal e do juiz Sérgio Moro.

Para azedar de vez o mau humor crônico de Dilmanta, hoje (28/3), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai protocolar na Câmara novo pedido de impeachment da presidente Dilma. Diferentemente do que está em tramitação, que trata apenas das pedaladas fiscais, a entidade, responsável pela ação inicial que afastou o então presidente Fernando Collor de Mello em 1992, incluiu na peça denúncias de crime de responsabilidade e a delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral. É nesse contexto que as atenções estarão voltadas para o recém-empossado presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, de 55 anos. Em entrevista, ele explica a razão do pedido que será apresentado e diz que, ao contrário do prega o governo, impeachment não é golpe.

Fora a insistência normal e jurídica e politicamente inatacável de insistir no impeachment, a oposição não tem feito pregação alguma a favor de derrubar Dilmanta pela força. Ela é acusada ainda por nossa (govern)anta de querer um terceiro turno, inconformada com a derrota em outubro de 2014. Quem se conformar com uma derrota construída sobre um estelionato eleitoral é frouxo e idiota. Não é só a oposição que está revoltada com o que ocorreu a partir de outubro passado e nos últimos 4,5 anos -- um bom número dos 53 milhões que reelegeram Dilmanta pensa a mesma coisa. Essa é uma briga que rola no TSE - Tribunal Superior Eleitoral, dentro dos princípios legais.

Dilmanta, Lula Boca de Latrina, ministros petistas do governo e o presidente do PT têm insistente e recorrentemente recorrido a pronunciamentos decididamente voltados para insuflar a massa petista ao uso da força defender o governo contra o impeachment, qualquer que seja a fundamentação jurídica desse impedimento. Quem abertamente apela para o "quanto pior, melhor" é essa turma.



quinta-feira, 21 de maio de 2015

Câmara manda curriola de 7 (!) deputados e um assessor a Londres para fazer um interrogatório sobre a Lava-Jato

A Câmara dos Deputados, convencida de que é imune a qualquer ação moralizadora e estimulada por uma presidente da República que só tem autoridade e prestígio dentro de sua família, continua promovendo ações explícitas e públicas da mais pura picaretagem. A ética e a opinião pública são tolices de uma democracia capenga, os eleitores têm memória curta e continuam reelegendo deputados medíocres e, assim sendo, na lógica mesquinha e marginal desse bando de parlamentares não há porque ter qualquer prurido em não esconder suas pilantragens e mazelas. Na melhor das hipóteses, a Câmara continua sendo um valhacouto de oportunistas.

Cada comissão, cada iniciativa da Câmara vira um palco de desempenhos ridículos e nefastos. Nesse quadro funesto, é evidente que a CPI da Petrobras não poderia deixar de dar sua contribuição para esse show de mediocridades. 

A mais recente demonstração de irresponsabilidade da CPI foi o envio de uma patota de nada menos que 7 (sete!) deputados e um assessor a Londres, para tomar o depoimento de Jonathan Taylor, ex-diretor da SBM Offshore, delator do esquema de corrupção entre a companhia e a Petrobras. O grupo é composto pelos deputados Antonio Imbassahy (PSDB-BA), André Moura (PSC-SE), Bruno Covas (PSDB-SP), Celso Pansera (PMDB-RJ), Efraim Filho (DEM-PB), Leo de Brito (PT-AC) e Marcelo Squassoni (PRB-SP), segundo a secretaria da CPI. Com eles, viajou um consultor legislativo da Câmara que presta assessoria para a comissão.

O presidente da CPI (Hugo Motta/PMDB-PB) disse que a Câmara custeará os gastos dos parlamentares durante os dias em que eles estiverem na Europa. Segundo o peemedebista, os hotéis serão pagos com as verbas de gabinete destinadas a diárias internacionais. 

Mais uma farra parlamentar, com o dinheiro do contribuinte. A CPI, criada em fevereiro de 2015, é um aglomerado de representantes de  25 partidos. Da lista original, não faz parte o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que foi a Londres. É lícito esperar daí um monstrengo. Faz lembrar a história da comissão criada para projetar o camelo e que, por incompetência, gerou o dromedário.

Foge a qualquer lógica decente a necessidade de enviar 7 deputados e 1 assessor a Londres para tomar o depoimento de um ex-diretor de uma multinacional que confessou atos de corrupção com a Petrobras. Nada que uma teleconferência não resolvesse. Se há necessidade ou conveniência de um documento escrito, não é possível nem crível que não haja nessa curriola alguém competente o suficiente para, sozinho, interrogar aquele executivo, com o apoio -- se for o caso -- de uma teleconferência para complementar o interrogatório. Mas, que deputado e assessor de deputados querem perder a oportunidade de visitar Londres, com tudo pago pelo contribuinte?!...

Detalhe: os deputados são representantes do povo, por ele eleitos. Enquanto o eleitor brasileiro não entender a importância e a seriedade dessa responsabilidade, continuaremos pagando o vexame de ter um grupo enorme de cidadãos inconsequentes cometendo insanidades e pilantragens em nosso nome.
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PS - Duvido serissimamente que alguém nessa curriola de turistas oficiais fale inglês suficientemente bem para realizar um interrogatório com implicações jurídico-legais. Isso pode significar um gasto a mais com intérprete qualificado, caso nossa embaixada em Londres não o tenha.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Começou p'ra valer a manobra para secar a Lava-Jato?

A decisão do STF ontem (28/4) de soltar 9 executivos de empreiteiras presos na operação Lava-Jato deixou um cheiro de ranço no ar, e acendeu a luz amarela entre aqueles que defendem a apuração completa dos fatos e a punição rigorosa dos culpados. Há muitas "coincidências" nos antecedentes e bastidores dessa decisão, que intranquilizam qualquer observador mais atento e ansioso para que a justiça não seja mais uma vez atropelada neste país.

Vamos refrescar nossas memórias, o mais resumidamente possível. 

Cena 1 

No dia 19 de maio de 2014, uma segunda-feira, o ministro Teori Zavascki, relator do processo do petrolão no STF, mandou soltar todos os presos da Operação Lava-Jato. Zeloso e ágil em certos temas, Teori passou o domingo 18/5 debruçado sobre o processo e fundamentando sua decisão, divulgada no dia seguinte. Detalhe vapt-vupt: ele foi indicado para o Supremo por Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia). A soltura dos presos provocou reação na opinião pública e graças também (ou essencialmente) a ponderações do juiz Sérgio Moro, Zavascki recuou e revogou sua decisão. Pelo visto, isso ficou entalado em sua garganta.

Cena 2

São de conhecimento público: - i) o STF possui 2 Turmas; - ii) cada Turma deveria ter 5 membros, para evitar empate em votações, mas a demora de quase 9 meses de Dilma NPA para indicar um novo ministro para o Supremo inviabilizou o funcionamento pleno das duas Turmas, permitindo a atuação de apenas uma delas; - iii) como o ministro Teori Zavascki é o relator da Lava-Jato no STF, a Turma de que ele participar receberá os processos relativos a essa operação.

Cena 3

Faz parte da nossa Corte Suprema o ministro José Antonio Dias Toffoli, formado em Direito pela Universidade de S. Paulo em 1990. Foi consultor jurídico  do Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da Central Única dos Trabalhadores (1993 - 1994)

Em 1994 e 1995 prestou concurso para juiz substituto do Estado de São Paulo, mas foi reprovado nas duas vezes. Entre 1995 e 2000 foi assessor jurídico da liderança do Partido dos Trabalhadores, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Foi advogado do PT nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1998, 2002 e 2006. De janeiro de 2003 a julho de 2005, exerceu o cargo de subchefe da área de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, durante a gestão de José Dirceu. Foi exonerado pela ministra Dilma NPS, a pedido.

Em março de 2007, foi nomeado Advogado–Geral da União, função que exerceu até outubro de 2009. Tornou-se ministro do Supremo Tribunal Federal em 23 de outubro de 2009, por indicação do NPA. Esse currículo facilita entender o interesse do NPA, de José Dirceu e do PT em ter Dias Toffoli no Supremo, bem como o desempenho dele em questões que afetam direta e/ou indiretamente o PT et caterva nesse tribunal, de que é exemplo emblemático sua atuação no mensalão.

Cena 4

Paladino das grandes causas envolvendo o PT et caterva no STF, Dias  Toffoli, num gesto de desprendimento, transparência, amor à Justiça e ao País e de colaboração para "aliviar" a pauta do Supremo, solicitou em 10/3/2015 sua transferência da Primeira para a Segunda Turma do STF, inequivocamente para atuar no julgamento da Lava-Jato. No dia seguinte em que fez essa solicitação, ou seja em 11/3/2015, Dias Toffoli se reuniu com Dilma NPS no Palácio do Planalto, num encontro que inicialmente não estava previsto na agenda da presidente. Ele e ela juram que não falaram de Lava-Jato. Quem acreditar concorre a um fim de semana na casa de campo de Papai Noel, tendo Cinderela como recepcionista. 

Cena 5

O tempo na prisão em Curitiba mexeu com os nervos dos executivos, e vários deles já estão cooperando voluntariamente com as investigações e estavam em tratativas para usufruir dos benefícios da delação premiada. Entre eles incluíam-se: Ricardo Pessoa, presidente da UTC e apontado como chefe do "Clube das empreiteiras"; Gérson de Mello Almada vice-presidente da Engevix; José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS, conhecido como Léo Pinheiro. Segundo reportagem da revista "Veja", ele financiou a reforma de um sítio no interior de S. Paulo a pedido do NPA. 

A defesa de Ricardo Pessoa entrou com pedido de habeas corpus no STF, o pedido foi obviamente para a Segunda Turma (onde está Teori Zavascki) e esta deferiu o pedido, estendendo a decisão a todos os demais executivos presos. Mais uma vez, a mão sorrateira da Justiça interfere num processo em que o cerco de evidências incontestáveis começa a acercar-se do NPA e ameaça estrangular de vez o PT.

Cena 6

A votação na Segunda Turma do STF terminou com três votos a favor da concessão do habeas corpus e dois contra. Votaram a favor os ministros Teori Zavascki, Dias Toffoli e Gilmar Mendes -- contra votaram Cármen Lúcia e Celso de Mello. 

Teori Zavascki sustentou que os riscos de novos crimes ou prejuízo às investigações foram reduzidos e podem ser evitados agora com as chamadas medidas cautelaresEm seu parecer, favorável à manutenção da prisão do empresário, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ressaltou que Ricardo Pessoa praticou “condutas delitivas” mesmo após a deflagração da Operação Lava Jato, em março de 2014. Também alegou relação do executivo com o doleiro Alberto Youssef, acusado de ser um dos principais operadores do esquema de corrupção.

Dias Toffoli, com seu brilhareco de sempre e com seu currículo de dedicação ao PT e ao NPA pendurado ao pescoço, foi breve e disse apenas que acompanhava o relator, sem expor seus argumentos (edição impressa do Globo, 29/4/2015, seção País, página 3).

Gilmar Mendes, que se considera um oráculo, chamou a Operação Lava-Jato de "o maior escândalo de corrupção do país" mas, ainda assim, votou pela libertação de Ricardo Pessoa. Afirmou  que as investigações já estão em fase final e, por isso, não haveria risco de o réu atrapalhar a coleta de provas. 

Ricardo Pessoa, da UTC, "convenceu" o trio de ministros da Segunda Turma do STF (Zavascki/Toffoli/Mendes) que virou um bom menino e, em absoluto, não atrapalhará as investigações mesmo que elas o levem ao inferno. Por contágio, outros oito executivos embarcaram em sua canoa.

Cena 7

Ainda é cedo para ter-se uma ideia completa dos reflexos dessa soltura de executivos sobre o caminhar e os resultados da Lava-Jato. Há um certo consenso sobre a tendência a uma redução drástica de delações premiadas e de cooperações voluntárias com as investigações, por parte dos executivos agora em prisão domiciliar. Os antecedentes dessa decisão, relatados acima, nos fazem lembrar que ainda há forças poderosas -- e não tão ocultas -- que não esgotaram seus recursos e influências para tentar melar a Operação Lava-Jato. Vamos ficar de olho.

segunda-feira, 23 de março de 2015

"A Petrobras é nossa e ninguém tasca", diz José Dirceu, sócio-fundador do condomínio petista que loteou e saqueou a empresa

O PT tem sido um celeiro inesgotável de figuras exóticas, malandros requintados, mentirosos descarados, portadores de deficiência seletiva de ouvir e ver quando se trata de malfeitos deles mesmos e/ou de seus cupinchas, saqueadores de estatais e do dinheiro público -- além de ter patenteado uma série de escândalos terminados em "ão" (mensalão, petrolão, ...). Nessa seleção enorme de "craques" petistas há figuras como o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia), João Vaccari Neto, Delúbio Soares, José GenoínoAgnelo Queiroz, Cândido Vaccarezza, João Paulo Cunha, Erenice Guerra, Fernando Pimentel, Gilberto Carvalho, Hamilton Lacerda, Henrique Pizzolato, Humberto Costa, Ideli Salvatti, João Magno, José Airton, José Nobre Guimarães, etc, etc, etc. 

A lista supercompacta apresentada acima -- muitíssimo menor que a ponta do iceberg --  inclui apenas a turma que possui a carteirinha do PT. Se a ela agregarmos os prepostos, os "capatazes", os "agentes" remunerados do partido do 13 para a operacionalização de seus esquemas de corrupção, a lista crescerá uma barbaridade. Desse time "adicional", porém vital, fazem parte tubarões como Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras (2004-2012) nomeado pelo NPA, e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras (2003-2012) indicado por José Dirceu e nomeado pelo NPA. Há peixes menores, como Emerson Eloy Palmieri (tesoureiro informal do PTB, indicado pelo NPA para presidir a Embratur e envolvido no mensalão, sob a acusação de ter pago R$ 10 milhões do PTB ao PT).

Nesse elenco todo de superestrelas, há uma figura de destaque especialíssimo: José Dirceu de Oliveira e Silva, que durante anos foi a figura máxima do PT, só ultrapassado pelo NPA quando este finalmente chegou ao Planalto. Seu poder durante os governos do NPA foi enorme -- era chamado ora de Richelieu, ora de Rasputin. Mesmo depois do mensalão e de sua prisão, ainda é uma figura reverenciada e temida no PT porque ninguém como ele conhece as entranhas e os podres do partido, e os bastidores fétidos dos dois governos do NPA. Ele é uma bomba-relógio ambulante, cercada de mimos, mesuras e reverências  pelo NPA e a alta cúpula do PT para evitar a todo custo que possa explodir. 

Com o poder na mão, José Dirceu foi e é implacável, e maquiavélico. Há um vídeo histórico de uma reunião fechada do PT (mostrado a seguir), comandada por ele, com a presença do NPA, de Guido Mantega, de Gilberto Carvalho e do publicitário Duda Mendonça. Esse vídeo mostra clara e inequivocamente várias coisas importantes: - i) a ascendência absoluta dele sobre todos os participantes da reunião; - ii) o alerta dele aos presentes sobre o quanto ele sabe dos bastidores; - iii) a saída rápida do NPA do foco da câmara esgueirando-se pela parede, logo no início do vídeo, quando percebeu que estava sendo filmado -- esse gesto do NPA de sair de fininho das situações e não deixar se apanhar em flagrante virou sua marca registrada, e o  tem premiado com uma impunidade milagrosa por mais que o mar de lama cubra sua mesa de trabalho e ameace chegar-lhe ao pescoço; - iv) a figura subserviente de Gilberto Carvalho, capacho do NPA para todo o sempre. 



A estrela de Zé Dirceu começou a perder um pouco de seu brilho com sua condenação e prisão no mensalão, prisão essa que, com pontualidade britânica, durou o mínimo minimorum facilitado pela lei nesses casos. Aliás, a justiça brasileira é de uma celeridade e de uma eficiência impecáveis quando se trata de réus de alto coturno. A coisa começa a piorar para o Zé com a operação Lava-Jato, em que sua vida de "consultor" e lobista começa a ser escarafunchada e escancarada. 

Por conta das investigações da Lava-Jato, a JD Assessoria e Consultoria Ltda, empresa de José Dirceu, está bastante encalacrada. As versões e os dados apresentados pela JD  para justificar os R$ 2,5 milhões que recebeu da Engevix Engenharia e da Jamp Engenheiro Associados --empresa que intermediava propinas da empreiteira na Diretoria de Serviços da Petrobras-- são insustentáveis. E essa história é apenas uma ilhota no enorme arquipélago de negócios escusos de Dirceu com empreiteiras acusadas na Lava-Jato. 

Como consultor de 50 empresas, Dirceu faturou em nove anos R$ 29 milhões. Deste montante, pelo menos R$ 7,5 milhões vieram de empresas da Lava-Jato. Diante desses números, vem à tona um atributo até então insuspeito do Zé: a do malandro sacaneta e gozador, que se aproveita da ingenuidade e da idiotice de seus admiradores e seguidores. Com essa dinheirama toda em caixa, José Dirceu não teve nenhum constrangimento em receber doações de quase 4 mil doadores no montante de R$ 920.700,00 para "ajudá-lo" a pagar à Justiça a multa de R$ 971.128,92, uma de suas penalidades no mensalão. Gostaria de ver a cara dos 3.972 doadores patetas que caíram nessa esparrela ...

Essa atitude de Dirceu com seus doadores é típica e emblemática da "ética" petista: ele passa a perna em um bando de crédulos idiotas, todo mundo do PT sabe disso e se lixa para a pilantragem.

Acostumado a dizer o que lhe vem à telha sem ter que se explicar -- o uso do cachimbo faz a boca torta -- e sabedor de que a esmagadora maioria dos petralhas e não petralhas que o seguem e admiram é de parvos como os doadores citados acima, José Dirceu continua dizendo sandices.  A pérola mais recente desse mafioso é a postagem de 20 de março corrente em seu blogue, em que ele mais uma vez usa e abusa do direito de achar que o Brasil é habitado por 200 milhões de idiotas, todos com uma casquinha de sorvete espetada na testa. Do alto de seu cinismo e de seu mau-caráter José Dirceu diz, entre outras parvoíces: a Petrobras é o "alvo da vez da direita brasileira", ela é "odiada a cada dia mais pela parte dos brasileiros que se deixam pautar pela mídia entreguista" . E prossegue, com sua ética mendicante e sua cara de pau: "Não podemos nos deixar enganar pelos grupos que atendem a agenda do grande capital nacional estrangeiro. É dever combater a corrupção, mas não podemos esquecer de proteger nossas riquezas". Nesse besteirol todo há que se reconhecer um fato, mesmo resultante de um falso ato falho: o velho Rasputin/Richelieu declara que os petralhas têm que proteger as riquezas que lhe são carreadas pela Petrobras ...

Em outros trechos da postagem, Dirceu repete o mantra cínico do PT e dos petralhas: faz apologia e defesa da Petrobras, mesmo sendo protagonista do uso corrupto que seu partido fez da empresa nos últimos 12 anos, saqueando-a como nunca se viu na história da estatal e do país. Aliás, tem papel de ponta nesse propinoduto, já que um de seus mentores e operadores foi Renato Duque, indicado por ele Dirceu para a diretoria de Serviços da Petrobras. Duque, por sinal, ficou um tempo enorme blindado, ao contrário de Paulo Roberto Costa (que só conseguiu se blindar legalmente com a delação premiada), tendo sido surpreendentemente libertado por habeas corpus quando de sua primeira prisão -- a rádio corredor diz que nessa blindagem e nesse habeas corpus há 9 dedos do NPA e uma infinidade deles da Odebrecht. Preso novamente, descobriu-se que o ilustre afilhado de José Dirceu continuou recebendo propina ainda no segundo semestre de 2014 – meses depois da deflagração da investigação sobre o esquema de corrupção na estatal petrolífera. 

A frase  final da postagem do Zé é um misto de falso patriotismo e real ameaça: "A Petrobras é nossa e ninguém tasca ...". Falou o ex-Poderoso Chefão, tentando disfarçar que está em posição fetal.

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PS1 - No vídeo mostrado acima, José Dirceu fala do vazamento de um vídeo do NPA sobre Pelotas. Para quem não conhece o vídeo ou dele não se lembra, ei-lo:



PS 2 - A charge abaixo resume a verdade infelizmente incontestável, que é a que está nas entrelinhas da postagem do Blogue do Zé .


Charge de Cláudio Paiva na Revista O Globo de 20/4/2014


PS 3 - Dentro desse circo nojento que virou a reação do NPA, de Dilma NPS, de José Dirceu, do PT como um todo e dos petralhas em geral ao mensalão e ao petrolão, vale lembrar um dos milhares comentários mentirosos do NPA sobre esses malfeitos. Em 27/4/2014, em entrevista à rede de televisão portuguesa RTP, o ex-presidente interrompeu a jornalista Cristina Esteves quando ela questionou-o sobre pessoas de sua confiança que foram presas. “Não se trata de gente da minha confiança (o grifo é meu).Tem companheiros do PT presos, eu indiquei seis pessoas da Suprema Corte que julgaram e acho que cada um cumpre com seu papel”, afirmou o NPA. “Não houve mensalão" (o grifo também é meu). Vejamos o convívio penoso do NPA com alguns dos mensaleiros que não são de sua confiança (todas as fotos são do Google).




O NPA e José Dirceu


O NPA e José Genoíno


O NPA, José Dirceu e João Paulo Cunha


O NPA e Luis Gushiken (já falecido)


O NPA e Cândido Vaccarezza