segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Rafael Sanzio, um dos muitos gênios do Renascimento italiano.

O Renascimento foi um período extraordinário na cultura ocidental, que se estendeu aproximadamente entre o final do século XIII a meados do século XVII e teve na Itália várias de suas maiores expressões. Nomes como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael Sanzio, Ticiano, Tintoretto e Veronese, entre outros, atestam a maravilha que foi esse período. Hoje me concentrarei em Rafael Sanzio, cuja obra fantástica lhe rendeu um epitáfio em seu túmulo no Panteão, em Roma, dos mais impressionantes que já tive oportunidade de ler.

Rafael Sanzio (Rafaello Sanzio, em italiano), frequentemente referido apenas como Rafael, nasceu em Urbino (centro-norte da Itália) em 6 de abril de 1483 e morreu em Roma em 6 de abril de 1520. Foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença, durante o Renascimento italiano. Junto com Michelangelo e Leonardo da Vinci forma a tríade de grandes mestres do Alto Renascimento.

Urbino era então capital do ducado do mesmo nome e seu pai, Giovanni Santi, pintor de poucos méritos mas homem culto e bem relacionado na corte do duque Federico da Montefeltro. Transmitiu ao filho, de precoce talento, o amor pela pintura e as primeiras lições do ofício. O duque, personificação do ideal renascentista do príncipe culto, encorajara todas as formas artísticas e transformara Urbino em centro cultural, a que foram atraídos homens como Donato Bramante, Piero della Francesca e Leone Battista Alberti.

Em 1504, Rafael se mudou para Siena com o pintor Pinturicchio, a quem ele tinha fornecido desenhos para os afrescos da Libreria Picolomini. De lá foi para Florença atraído pelos trabalhos que estavam sendo realizados, no Palazzo della Signoria, por Leonardo da Vinci e Michelangelo. Viveu na cidade nos quatro anos seguintes, viajando a outras cidades ocasionalmente. Em 1507, uma nobre de Perugia lhe encomendou uma "Deposição de Cristo", hoje exposta na Galleria Borghese, em Roma. No outono de 1504, Rafael foi a Florença, atraído pelos trabalhos que estavam sendo realizados, no Palazzo della Signoria, por Leonardo da Vinci e Michelangelo. Sob a influência sobretudo da obra de Da Vinci, absorveu a estética renascentista e executou diversas madonas, entre as quais a Madona Esterházy e A Bela Jardineira. Fez uso das grandes inovações introduzidas na pintura do Renascimento, e de Da Vinci a partir de 1480: o chiaroscuro (claro-escuro), contraste de luz e sombra que empregou com moderação, e o sfumato (esfumado), sombreado levemente esbatido, em vez de traços, para delinear as formas.

Competente pesquisador interessado na antiguidade clássica, Rafael foi designado, em 1515, para supervisionar a preservação de preciosas inscrições latinas em mármore. Dois anos depois, foi nomeado encarregado geral de todas as antiguidades romanas, para o que executou um mapa arqueológico da cidade. Fez um exame detalhado da estrutura e dos elementos arquitetônicos do Panteão, como ninguém havia feito até aquele momento.[4]. Sua última obra, a "Transfiguração", encomendada em 1517, desvia-se da serenidade típica de seu estilo para prefigurar coordenadas do novo mundo turbulento—o da expressão barroca.

Sepultado no Panteão em Roma, em um simples sarcófago de pedra, seu túmulo recebeu do poeta, gramático, escritor, humanista, historiador e cardeal veneziano Pietro Bembo este simples e maravilhoso epitáfio:

“Aqui jaz Rafael; enquanto viveu, a Mãe Natureza temia ser por ele vencida; agora que está morto, ela receia morrer também”.

Reproduzo a seguir algumas das obras de Rafael (clique nas imagens para ampliá-las). As fotos, salvo indicação em contrário, são da Wikipedia.

 Escola de Atenas (1506-1510), afresco, representa a Academia de Platão; encontra-se no Palácio Apostólico, no Vaticano.

Transfiguração (1517-1520), óleo sobre tela, considerada a última e uma das mais importantes obras de Rafael. Encontra-se nos Museus Vaticanos, em Roma.

Madona e o Menino entronados com Santos (1504-1505), também chamado Retábulo Conna ou Madona Colonna. Óleo sobre madeira -- Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.

Autorretrato de Rafael Sanzio (cerca de 1505/1506), óleo sobre madeira -- Galleria degli Uffizi, Florença.


Madonna Solly (entre 1500 e 1504), óleo sobre madeira - Gemäldegalerie, Berlim.

Deposição de Cristo (1507), óleo sobre madeira -- Galleria Borghese, Roma.

Detalhe da Madonna Sistina (entre 1512 e 1514), óleo sobre madeira - Gemäldegalerie Alter Meistern, Dresden. - (Foto: O Estadão).

A Sagrada Família com Santa Elizabete e São João Batista (1507), óleo sobre madeira - Alte Pinakothek, Munique.

Retrato de padeira, ou Retrato de uma jovem mulher (entre 1518 e 1520). A modelo é tradicionalmente identificada como Margherita Luti, amante de Rafael, mas isso é questionado. É provável que a pintura estivesse no ateliê de Rafael quando de sua morte em 1520, sendo então modificada e vendida por seu discípulo Giulio Romano -- Galleria Nazionale d'Arte Antica, Palazzo Baberini, Roma.

A pesca milagrosa (1515), afresco -- Victoria and Albert Museum, Londres.

2 comentários:

  1. lindo lindo lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

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