O conceito da VLI substituiu, porém, o "elo" mina do tripé logístico mina, ferrovia e porto da mineração pela construção de uma rede de "terminais integradores" com capacidade de receber e escoar produtos como grãos, fertilizantes e aço. Esses terminais vão estar situados na área de influência de cinco corredores logísticos definidos pela Vale (corredores Norte, Nordeste, Sudeste, Minas-Rio e Anápolis-Santos). Os terminais estarão ligados diretamente a ferrovias e portos que integram o portfólio da empresa ou com os quais a VLI tem contratos operacionais.
A nova companhia tem três terminais deste tipo em Pirapora e Araguari, em Minas Gerais, e em Palmeirante, no Tocantins, e planeja construir mais cinco. Um para movimentar produtos siderúrgicos em Belo Horizonte, um para grãos e fertilizantes no Triângulo Mineiro, um para açúcar no interior de São Paulo e dois para grãos na região de Uruaçu (GO) e Palmeirante (TO).
Com sede em São Paulo, a VLI também vai expandir capacidade em ferrovias
e portos, projetos que justificam o seu ambicioso plano de
investimentos. Por enquanto, esse plano é uma proposta sujeita à
aprovação dos sócios da empresa. Hoje, a Vale tem 100% do capital da
companhia, mas contratou os bancos BTG Pactual e Merrill Lynch para
assessorá-la na busca de sócios para a nova empresa. Quando esse
processo de capitalização for concluído, o plano de negócios será
submetido à aprovação dos sócios da VLI. O plano prevê aumentar em 57% a
movimentação de carga geral nos portos da empresa, de 25,7 milhões de
toneladas em 2013 para 40,3 milhões de toneladas, em 2017. As ferrovias
aumentariam o volume de carga em quase 70%, dos 32,3 milhões de
toneladas por quilômetros útil (TKU) de 2013 para 54,3 milhões de TKU,
em 2017. A abertura de capital da companhia não está descartada, mas só
será definida em uma segunda fase.
Portfólio da VLI - (Fonte: Valor Econômico).
"Temos cinco investidores fortemente interessados [na VLI]", disse
Humberto Freitas, diretor-executivo de logística, exploração mineral e
tecnologia da Vale. Os valores da operação são mantidos em sigilo. Os
bancos se encarregaram de avaliações econômico-financeiras da empresa,
enquanto os interessados estão fazendo as próprias contas. Freitas
afirmou que todos os interessados são investidores financeiros com
perfil de permanecer longo prazo nos projetos de infraestrutura da
companhia.
A entrada dos novos sócios será importante para a VLI fazer frente ao
seu plano de negócios. A ideia é que os R$ 9 bilhões sejam aplicados da
seguinte forma ao longo de cinco anos: R$ 2,9 bilhões em 2013, R$ 2,4
bilhões em 2014, R$ 1,65 bilhão em 2015, R$ 1,2 bilhão em 2016 e R$ 840
milhões em 2017. Por enquanto, a VLI tem aprovado um orçamento de
investimentos de R$ 1,064 bilhão para 2013, dos quais R$ 670 milhões em
expansão, R$ 340 milhões em manutenção e R$ 54 milhões projetos.
Os investimentos em expansão para o ano que vem incluem a compra de 37 locomotivas e de 1,2 mil vagões, além de gastos nos terminais e compra de terrenos. Outro projeto importante é a expansão do terminal privativo de fertilizantes de Santos, o antigo terminal da Ultrafértil. A capacidade atual do terminal, de 2,5 milhões de toneladas por ano, será multiplicada por cinco para atingir volume anual de 12,5 milhões de toneladas, incluindo grãos e açúcar.
A Vale poderá vender aos sócios 50% ou mais do capital da VLI. Isso porque o apetite dos investidores pelo negócio foi tão grande que a mineradoras se dispôs a diminuir sua participação, admitindo até ser minoritária. "Mas nunca teremos menos do que 30% [na VLI] pois estamos ligados à empresa", disse Freitas. A Vale terá também terá papel de sócio estratégico dado seu conhecimento do segmento de carga geral de granéis. Freitas disse que a ideia é ter até o primeiro trimestre de 2013 uma definição sobre propostas firmes de compra da VLI pelos novos sócios. A mineradora está ligada à VLI por meio de ativos ou concessões de ferrovias e portos que transferiu para a nova companhia, incluindo a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), a Ferrovia Norte-Sul (FNS), o terminal privativo para fertilizantes em Santos, um berço para grãos no porto do Itaqui, no Maranhão, e os três terminais terrestres existentes em Minas e no Tocantins [ver quadro acima].
Além de incorporar ativos que eram da mineradora, a VLI fez contratos com a Vale para operar carga de terceiros em ativos que continuam sob controle da mineradora. A VLI poderá oferecer ao mercado capacidades excedentes de carga na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e na Estrada de Ferro de Carajás (EFC), ferrovias que fazem o transporte de minério de ferro até os portos de Tubarão, em Vitória (ES), e de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), respectivamente.
A VLI tem acesso a outros ativos da Vale via contratos, como é o caso do Terminal de Ponta da Madeira (TPM), em Vitória (ES), para movimentação de carvão, e de dois terminais de produtos diversos que escoam milho, soja, fertilizantes e carga geral, também situados em Vitória. Freitas disse que esses contratos foram aprovados pela Vale, em um primeiro momento, e depois a empresa decidiu submetê-los à aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Os investimentos em expansão para o ano que vem incluem a compra de 37 locomotivas e de 1,2 mil vagões, além de gastos nos terminais e compra de terrenos. Outro projeto importante é a expansão do terminal privativo de fertilizantes de Santos, o antigo terminal da Ultrafértil. A capacidade atual do terminal, de 2,5 milhões de toneladas por ano, será multiplicada por cinco para atingir volume anual de 12,5 milhões de toneladas, incluindo grãos e açúcar.
A Vale poderá vender aos sócios 50% ou mais do capital da VLI. Isso porque o apetite dos investidores pelo negócio foi tão grande que a mineradoras se dispôs a diminuir sua participação, admitindo até ser minoritária. "Mas nunca teremos menos do que 30% [na VLI] pois estamos ligados à empresa", disse Freitas. A Vale terá também terá papel de sócio estratégico dado seu conhecimento do segmento de carga geral de granéis. Freitas disse que a ideia é ter até o primeiro trimestre de 2013 uma definição sobre propostas firmes de compra da VLI pelos novos sócios. A mineradora está ligada à VLI por meio de ativos ou concessões de ferrovias e portos que transferiu para a nova companhia, incluindo a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), a Ferrovia Norte-Sul (FNS), o terminal privativo para fertilizantes em Santos, um berço para grãos no porto do Itaqui, no Maranhão, e os três terminais terrestres existentes em Minas e no Tocantins [ver quadro acima].
Além de incorporar ativos que eram da mineradora, a VLI fez contratos com a Vale para operar carga de terceiros em ativos que continuam sob controle da mineradora. A VLI poderá oferecer ao mercado capacidades excedentes de carga na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e na Estrada de Ferro de Carajás (EFC), ferrovias que fazem o transporte de minério de ferro até os portos de Tubarão, em Vitória (ES), e de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), respectivamente.
A VLI tem acesso a outros ativos da Vale via contratos, como é o caso do Terminal de Ponta da Madeira (TPM), em Vitória (ES), para movimentação de carvão, e de dois terminais de produtos diversos que escoam milho, soja, fertilizantes e carga geral, também situados em Vitória. Freitas disse que esses contratos foram aprovados pela Vale, em um primeiro momento, e depois a empresa decidiu submetê-los à aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
PQP!!!!!
ResponderExcluirVai sair mais uma agencia reguladora para dar empregos aos PTistas!!!!
Abraços - LEVY