O governo anunciou na manhã desta quinta-feira, 20, um pacote de investimentos para os aeroportos. A expectativa é que a concessão dos
aeroportos de Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais -
confirmada na cerimônia oficial de hoje -, gere um investimento de R$
11,4 bilhões. Com os recursos, o governo pretende estimular fortemente
companhias aéreas regionais, de forma a tornar mais competitivo o
mercado nacional.
"Esse pacote de concessões tem o objetivo de melhorar a qualidade da
infraestrutura aeroportuária e ampliar a oferta de transporte aéreo para
a população", disse o ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de
Aviação Civil (SAC) [Deus o ouça ...].
O aeroporto do Galeão deve receber investimentos de R$ 6,6 bilhões, e
outros R$ 4,8 bilhões serão aplicados no terminal de Confins. O governo
vai exigir que os participantes do leilão, no ano que vem, tenham
experiência com terminais que movimentam no mínimo 35 milhões de
passageiros por ano. [Inexplicavelmente, o Estadão omite a informação dada pela Folha de S.Paulo da criação da Infraero Serviços, que prevê um sócio internacional para a
Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária)
administrar aeroportos regionais. Se uma Infraero só já é um desastre, imaginem duas ... Nossa afável presidente confirma uma fecundidade sem precentes na geração de estatais -- de sua pena-útero já saíram as estatais: Etav (trem-bala), logo depois substituída pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística) a "Segurobrás" (seguros), a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), a Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa) e a Infrapar (já em gestação). Resta ver se os operadores de grandes aeroportos internacionais vão aceitar algum tipo de parceria com a Infraero A ou B.]
Já os aeroportos regionais receberão R$ 7,3 bilhões do governo.
A ideia é fortalecer nos próximos anos 689 aeródromos no Brasil. Haverá ainda uma parceria com o Banco do Brasil (BB) para viabilizar os
projetos. "Esse modelo foi formulado para dar mais agilidade a esses
investimentos", disse Bittencourt. Para o ministro, todos esses
investimentos, públicos e privados, devem ser feitos rapidamente. "Até o
fim do ano que vem, queremos que todas as obras estejam a todo o
vapor", disse.
Recursos regionais
Pelo modelo, a Região Norte contará com o maior número de novos
aeroportos, 67, nos quais deverão ser investidos R$ 1,7 bilhão. O
Nordeste, por sua vez, terá o maior investimento em recursos, da ordem
de R$ 2,1 bilhões empregados em 64 aeroportos. A Região Sudeste contará
com 65 novos aeroportos regionais, nos quais serão empregados R$ 1,6
bilhão. Em São Paulo, serão construídos, pelo projeto, 19 deles. A
Região Sul contará com 43 aeroportos, com investimentos de R$ 1 bilhão, e
o Centro-Oeste, a menor quantidade de aeroportos e de recursos: 61
novos locais, com R$ 900 mil em recursos.
O ministro destacou que a preferência é por voos diretos entre os novos
aeroportos ou deles para as capitais. "Esse setor é cada vez mais
fundamental para a competitividade", afirmou Bittencourt.
O modelo da aviação regional, segundo o ministro, será dividido em
aeroportos pequenos, médios e grandes. Ele disse ainda que esse programa
de implantação e construção da aviação regional será de
responsabilidade do governo federal, o que liberará Estados e municípios
para cuidar de outros investimentos correlatos ao setor.
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