[Pela notícia abaixo, do Globo de hoje, nossa supersimpática Dona Dilma vai ter que se explicar -- e muito -- com os cariocas. Como é que ela promete com bumbos e fanfarras que vai reduzir a conta de luz do consumidor em até 20%, e ainda nem acabou dezembro e cai na cabeça e no bolso do carioca a notícia de que poderá pagar até 15% a mais em sua conta?! Nossa sorridente ex-guerrilheira mostrou afobação de amadora -- embora tenha sido ministra de Minas e Energia por dois anos no governo do NPA --, fez estardalhaço antes da hora, criticou de público quem não se deixou ser por ela enquadrado via MP 579 e já vê abrir-se um senhor buraco na sua coberta de redução tarifária. É bom ela ficar de sobreaviso -- ainda faltam as revisões tarifárias de 25 Estados e do Distrito Federal ... Sem falar nos apagões.]
A promessa do governo federal de redução de 16,2% na conta de luz dos
consumidores residenciais em 2013, com o pacote de desoneração de
energia anunciado em setembro passado, não vai se confirmar. Com a maior
geração térmica, devido aos baixos níveis dos reservatórios das
hidrelétricas, e o aumento das tarifas de energia para os consumidores
da Light que passou a vigorar em novembro, a conta de luz vai, na
verdade, subir no ano que vem. Nos cálculos da ONG do setor elétrico
Ilumina, os clientes da Light pagarão 13,85% a 14,85% mais que em 2012.
Devido à escassez de chuvas, o Operador do Sistema Elétrico (ONS) teve
de acionar as térmicas para complementar a geração hídrica. Hoje, estão
segundo gerados cerca de 13,5 mil Megawatts (MW) médios. O problema é
que a energia térmica, seja à base de gás, de óleo combustível ou de
óleo diesel, é mais cara que a gerada pelas hidrelétricas. Roberto
Araújo, diretor do Ilumina, estima que o gasto com a geração térmica em
2013 será ao redor de R$ 3 bilhões. O impacto vai se refletir em 2013 e,
nos cálculos de Araújo, vai representar alta de 2% a 3% na conta de luz
de cada brasileiro.
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