[Há certas coisas que acontecem neste país que são simplesmente inacreditáveis! O que a Folha de S. Paulo descreve é uma vergonha para a Bahia e o país! É bom não esquecer que a Bahia está sob governo do PT desde 1 de janeiro de 2007, nas mãos de Jacques Wagner, que é portanto o grande responsável por esse crime contra a história e a cultura baiana e brasileira. Sendo judeu, Jacques Wagner envergonha também a tradição judia de extremo apego à história.]
Sob risco iminente de curto-circuito, o Arquivo Público da Bahia funciona há quase três anos sem luz na maior parte das instalações. O
arquivo é considerado por especialistas um dos mais importantes do país.
Do início de 2010 ao final de 2011, o corte de energia elétrica foi
total, obrigando pesquisadores a disputar mesas junto a janelas, em
busca de claridade e ventilação.
Hoje só há energia na sala de consulta -- reduzida a nove mesas -- e na direção.
O arquivo ainda convive com goteiras, infiltrações e forro comprometido
pela umidade, entre outros problemas constatados pelo Iphan (Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em novembro.
Construído no século 16 para ser morada de jesuítas, o espaço é tombado
desde 1949. Guarda a memória da primeira capital brasileira, com o
equivalente a 23 quilômetros de papéis e documentos raros, contemplados
com o Diploma de Memória do Mundo pela Unesco (braço da ONU para a
educação). O arquivo, diz o historiador norte-americano Richard Graham, usuário do
acervo, contém a "base fundamental" da economia, da política e da
sociedade brasileira nos últimos séculos.
De acordo com o historiador João José Reis, o arquivo que serve de
referência até para especialistas em história da África "está morrendo
de morte lenta, com perigo de morte súbita".
"As condições são as piores possíveis, até constrangedoras para a
própria direção e pesquisadores estrangeiros em lugares como o toalete",
diz Consuelo Sampaio, chefe do Centro de Memória da Bahia de 2003 a
2011. Segundo Sampaio, as inadequações já causaram perda de material, tanto
que a instituição precisou recorrer à Universidade de Chicago (EUA) para
obter cópia de documento do século 19 de seu próprio acervo.[Sem comentários!]
Apesar disso, para a instituição responsável pelo espaço, o arquivo
continua em "bom estado de conservação", afirma Andréa Montenegro,
diretora em exercício da Fundação Pedro Calmon.
Ela diz que as obras elétricas, previstas para setembro, estão em fase final, ao custo de R$ 520 mil. A próxima será a reforma do telhado e do teto, orçada em R$ 1 milhão.
Montenegro reconhece não haver espaço para documentos atuais no local,
descumprindo a Lei de Acesso à Informação, e diz que a única saída é uma
nova sede.
Trabalhando diariamente no acervo, o pesquisador Urano Almeida atua em
casos de disputa de terras e processos de reconhecimento de
nacionalidade, outras áreas primordiais do arquivo.
"Esse prédio é o meu ganha pão", afirma.
O promotor Ulisses Campos, do núcleo de defesa do patrimônio do
Ministério Público da Bahia, diz que irá expedir recomendação para que o
governo do Estado faça a recuperação do espaço. Em caso de
descumprimento, ameaça acionar a Justiça.
[Vejam vídeo sobre o Arquivo Público da Bahia: http://r7.com/_GGY ]
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