segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

NPA, um homem que adora ser apunhalado pelas costas

O NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) vem conseguindo o que se julgava impossível: consolidar mais um defeito à sua lista interminável de problemas -- esse cidadão é um masoquista confesso, irremediável e irredutível. Além de viciado em inverdades, de adorar cercar-se de auxiliares corruptos dentro e fora do governo (inúmeros, além de corruptos também incompetentes), de ser ignorante seletivo de tudo de ruim que ocorre à sua volta (além de ignaro e incompetente em muitíssimo do que faz), esse fenômeno do ilusionismo vem se confessando profundamente masoquista tal sua atração por pessoas que o apunhalam pelas costas. Quem, como ele, tem visão lateral zero, não pode dirigir um carro e obviamente muito menos um país, mas eleitor petista é um ser à parte. -- Aliás, quem nunca viveu no Brasil e lê o que diz o NPA quando acuado, deve achar que ele é o caso raro de um presidente cego e surdo a governar um país.

Com o início da divulgação das pilantragens de sua ex-secretária muito particular por praticamente duas décadas, Rosemary Nóvoa de Noronha, a cidadã que em uma década saiu de uma agência bancária para o Palácio de Versalhes, como disseram muito bem Fernando Gallo e Julia Duailibi no Estadão, o NPA disse pela milionésima vez que "se sentia apunhalado pelas costas". A edição da Veja que está nas bancas fez um interessante resumo sobre as as declarações do NPA sobre as "punhaladas" que tem levado -- pode-se discordar do jornalismo praticado pela revista, mas seu arquivo é excelente.

Rosegate -- "Eu me senti apunhalado pelas costas. Tenho muito orgulho do escritório da Presidência, onde eram feitos feitos com empresários para projetos de interesse do país". -- O Globo, na semana passada.


 Charge de Amarildo.

Aloprados 1 -- Porque um bando de aloprados decidiu comprar um dossiê, porque tem uma denúncia, eu quero saber do conjunto da obra. Se tem um candidato que não precisava de sarna para se coçar, era eu". -- Em entrevista a rádios sobre a compra de dossiê contra o então candidato José Serra, arquitetada pela campanha petista, em 25 de setembro de 2006.

Aloprados 2 -- "Eu quero saber não apenas de onde veio o dinheiro. Eu quero saber quem foi que montou a engenharia política para essa barbárie que foi feita. Eu quero saber quem é o engenheiro que arquitetou uma loucura dessas". -- Na mesma entrevista acima.

Aloprados 3 -- "Como ser humano, sofro e me decepciono quando fico sabendo que pessoas que conheço se envolveram em irregularidades". -- Em fala na propaganda eleitoral de 21/9/2006.

Mensalão 1 -- "Fui traído porque alguns companheiros tiveram um comportamento que não se coadunava com a história do PT. O dinheiro fácil nunca fez bem a ninguém". -- Em entrevista ao programa Roda Viva em 08/11/ 2005.

Mensalão 2 -- "Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento". -- Em pronunciamento após o depoimento de Duda Mendonça no dia 12 de agosto de 2005.

Mensalão 3 -- "Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, que me sinto traído. Eu não tenho vergonha nenhuma de dizer ao povo brasileiro que nós temos de pedir desculpas". -- Em pronunciamento em cadeia nacional, um dia depois que Duda Mendonça confessou que recebera dinheiro de caixa dois do PT no exterior (ver vídeo abaixo).

A imprensa começa a falar abertamente que no chamado Rosegate as relações entre o NPA e Rosemary eram mais do que íntimas -- ver a coluna do Ricardo Noblat de hoje ("O cúmplice de Rose") no Globo e o artigo de Suzana Singer  na Folha de S. Paulo de ontem --, o que introduz um enorme complicador nesse imbróglio, mas burila o perfil do NPA.

Em meio a esse bafafá todo, o NPA manteve os compromissos de sua agenda e veio ao Rio na noite da terça-feira, 27/11, para participar da festa de lançamento do Calendário Pirelli 2013 e receber um prêmio da empresa. Na minha juventude os calendários da Pirelli, encontrados especialmente em borracharias e disputadíssimos, eram famosos por suas mulheres nuas esculturais. Essa associação entre o NPA e um calendário desse no meio das fofocas do Rosegate obviamente é pura coincidência, mas que é irônica lá isso é.












Um comentário:

  1. Intrigante capacidade essa, do NPA. Tão arrogante na sua ilusória competência de conduzir um país para o seu apogeu, assim por dizer, e ainda essa sina de se cercar de pessoas que acabam sendo reles delinquentes. Lembra-me a figura dos 3 macacos, cada um desprovido de um dos sentidos. O NPA, metaforicamente falando, incorpora os três.
    Dureza é acreditar que ele nunca sabe, vê ou ouve qualquer delito. Ingenuidade deveria ter um limite.

    ResponderExcluir