quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A arte inigualável de Michelangelo

O pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, ou simplesmente Michelangelo, nasceu em Caprese, Toscana (hoje Caprese Michelangelo), em 6 de abril de 1475 e morreu em Roma, em 18 de fevereiro de 1564. 

Quando Michelangelo nasceu, o Renascimento italiano era um movimento artístico com duzentos anos de vida que já havia produzido uma legião de gênios, entre os quais se destacavam pintores -- desde Giotto a Leonardo da Vinci  --, escultores -- desde Nicola Pisano a Donatello --, e arquitetos -- desde Brunelleschi a Leon Battista Alberti. Todos eles transformaram as artes visuais, o que foi reconhecido por Giorgio Vasari quando publicou, em meados do século XVI, seu famoso livro "As vidas dos melhores arquitetos, pintores e escultores italianos", que explica as obras dos artistas do Renascimento -- a própria existência do livro demonstra a seriedade e a importância que a arte e os artistas haviam adquirido. 

Michelangelo desenvolveu o seu trabalho artístico por mais de setenta anos entre Florença e Roma, onde viveram seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio em Florença. Tendo seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. Sua carreira se desenvolveu na transição do Renascimento para o Maneirismo, e seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme pujança.

Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de o Divino, e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de fato como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do gênio. Tinha reconhecidamente um gênio difícil -- era encrenqueiro, independente e resoluto. Trabalhou sempre para os grandes homens do seu tempo, que o solicitavam com insistência. Um de seus casos mais notórios foi o convite do papa Julio II, que teve de convencê-lo para que aceitasse o encargo de pintar a Capela Sistina.

Michelangelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada ainda em vida. Sua fama era tamanha que, como nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registros numerosos sobre sua carreira e personalidade, e objetos que ele usara ou simples esboços para suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de admiradores. Para a posteridade Michelangelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.

Reproduzo a seguir algumas de suas obras fantásticas (cliquem nas imagens para ampliá-las).


Pietà (1499), Basílica de São Pedro, Vaticano - (Foto: Wikipedia).

Detalhe da Pietà - (Foto: Google). 

 Detalhe da Pietà - (Foto: Google).


David (1504) - Galleria dell' Accademia, Florença - (Foto: Wikipedia).

Detalhe do David - (Foto: Google).

Detalhe da mão direita da estátua de David - (Foto: Google).


 Moisés (1513-1515), Igreja de São Pedro Acorrentado, Roma - (Foto: Google). Diz a lenda que ao terminar a escultura, deslumbrado com sua beleza, Michelangelo teria batido nela com um martelo  e gritado: "Por que não fala?".

Moisés, visão lateral - (Foto: Google).

Detalhe da mão direita da estátua de Moisés - (Foto: Google).

O rosto do Moisés, de Michelangelo - (Foto: Google).

Cristo della Minerva, também conhecido como Cristo Redentor (1521) - Igreja de Santa Maria sopra Minerva, Roma - (Foto: Google).

Vista da Capela Sistina, com o teto pintado por Michelangelo - (Foto: Google).

Profeta Joel, teto da Capela Sistina, Vaticano (1535-1541) - (Foto: Google).

Vista parcial do teto da Capela Sistina - (Foto: Wikipedia).

Vista parcial do teto da Capela Sistina - (Foto: Google).

Vista parcial do teto da Capela Sistina - (Foto: Google).

A figura feminina da Sibila Cuméia, no teto da Capela Sistina - (Foto: Wikipedia).

A criação de Adão, Capela Sistina - (Foto: Wikipedia).

 Detalhe do rosto de Deus, no painel acima. - (Foto: Google).

Retrato de Michelangelo (cerca de 1540). Este famoso retrato é atribuído por alguns a Jacopino del Conto e considerado por outros como um autorretrato ("El Arte de Miguel Angel", Nathaniel Harris - Ed. Polígrafa, S.A., Barcelona, 1981) - Casa Buonarroti, Florença.



Cabeça ideal (cerca de 1533), desenho com giz vermelho - Ashmolean Museum, Oxford - (Foto: Google).

Estudo para o Adão do teto da Capela Sistina, em giz vermelho (cerca de 1511) - Museu Britânico, Londres.



Lázaro (1517-1519), desenho em giz vermelho - Museu Britânico, Londres.

Cabeças grotescas (cerca de 1524-1525), desenho em giz vermelho - Museu Britânico, Londres.

Cabeça ideal de uma mulher (cerca de 1524-1528), desenho em giz negro - Museu Britânico, Londres.


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