sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Brasil é penúltimo também em competitividade

[É, parece que acabou de vez aquela fase ufanista do "melhor do mundo" que empesteou gerações de brasileiros. O hobby do Brasil agora é disputar o último lugar em rankings internacionais -- na educação, quase conseguimos: ficamos em penúltimo e com o vice-campeonato. Agora, em competitividade, também batemos na trave: fomos novamente vice-campeões negativos, numa lista de 14 países emergentes, como nos conta a Folha de S. Paulo de hoje. Chegaremos em breve à taça de campeões dos piores, é só a sorridente Dona Dilma prosseguir com sua política de voos de galinha na economia.]

O Brasil ocupa o penúltimo lugar em ranking de competitividade que comparou 14 países com características semelhantes na disputa pelo mercado externo e com padrões econômico-sociais parecidos. Os dados indicam que não houve melhora na posição brasileira em relação aos seus concorrentes desde 2010, quando foi feito o primeiro levantamento.

A pesquisa, promovida pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada com exclusividade à Folha, mostra que o Brasil fica à frente só da Argentina quanto ao potencial competitivo.  O país ficou na 13ª posição em uma lista que inclui, entre outros, África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Colômbia, Índia e México. Nos últimos dois anos, o Brasil manteve inalterada sua colocação na maioria dos 16 subitens avaliados.


O custo da mão de obra é o mais alto, assim como o custo do capital -- não refletindo as investidas do governo de reduzir os juros e o "spread" (diferença entre o custo de captação do banco e a taxa cobrada ao cliente final).

Nos itens infraestrutura de transporte e o ambiente macro, pressionado pela inflação e pela dívida bruta do governo, o país também está em último lugar. 

Para Renato da Fonseca, gerente-executivo da CNI, o desempenho ajuda a explicar a perda de mercado que a indústria brasileira vem sofrendo dentro e fora do país.  Esse problema, segundo ele, fica mais evidente em períodos de crise econômica. "A crise afetou todo o mundo, mas refletiu com muita intensidade sobre a indústria brasileira. Num momento de crise, a competição fica mais acirrada, e é nesse momento que o país precisa demonstrar que tem força e preço para não perder mercado", afirma Fonseca. 

Avanços

O estudo apontou uma melhora do Brasil em três frentes desde 2010: infraestrutura de energia e de telecomunicações, gastos do governo com educação e apoio governamental à tecnologia e à inovação.

O primeiro caso chamou a atenção dos pesquisadores uma vez que o avanço, de três posições, foi motivado pelo crescimento no número de assinantes das teles e acabou encobrindo o custo mais elevado da energia elétrica medido pelo setor industrial. 

No caso da educação, Fonseca afirma que, "ainda que tenhamos percebido um aumento no gasto com a educação, isso não reflete na qualidade desse ensino". O economista destaca também que a taxa de desemprego está baixa no país (5,3% em outubro, a menor para o mês em dez anos), mas que, como a educação não tem qualidade, os empregados não contribuem com aumento da produtividade das empresas. 

Ao mesmo tempo, o país piorou seu ambiente microeconômico, refletindo, segundo o estudo, o aumento das barreiras tarifárias. 

[Contra fatos não há argumentos. Nossa sempre afável Dona Dilma está gastando toneladas do dinheiro que retira a fórceps do nosso bolso com resultados pífios, medíocres, ridículos: PIB merreca, produção industrial retraída, perda de competitividade expressiva, custo Brasil altíssimo, infraestrutura péssima, máquina estatal extremamente deficiente (índice de investimentos baixíssimo, eficiência capenga, ação regulatória precária e de má qualidade, e altíssima permeabilidade à corrupção, entre outros defeitos), uso abusivo de agentes financeiros estatais para financiamentos questionáveis, e manipulação de estatais como Eletrobras e Petrobras. É bom registrar que esta lista está longe de ser exaustiva.

O caso da nossa indústria automobilística é emblemático: nossas montadoras tem margens de lucro exorbitantes, das mais altas do planeta, recebem oceanos de mimos (financeiros e outros) do governo, e não mexem uma palha nessas margens. Não bastasse isso, ainda suprem nosso mercado com veículos de péssimo nível de segurança.  E nossa ex-guerrilheira, o que faz? Renova e renova a isenção de IPI, e se lixa para a qualidade dos carros que ajuda a jogar aos borbotões no nosso mercado.

Isso tudo é um pálido retrato da década petista de governo. Temos ainda mais dois anos da nossa supersimpática ex-guerrilheira. Se certa massa de eleitores continuar cega, surda e masoquista, corremos o sério risco de ter mais quatro anos do esdrúxulo jeito PT de governar. Aí, a solução é apelar p'ra NASA e arranjar uma passagem p'ra Marte.]

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