Em 1850, as primeiras seções do Museu Novo, no térreo, foram abertas ao público. Em 1939, as seções do museu foram fechadas ao público e muitas de suas peças removidas para local seguro. Os objetos da Coleção Egípcia, muitos deles pesados e difíceis de transportar, permanecem no prédio e se cogita selá-los com paredes e sacos de areia para protegê-los de bombardeios previstos. De 1943 a 1945, bombas incendiárias e bombas explosivas causaram sérios danos ao prédio e ao seu acervo. Em 2003 começa a reconstrução do Museu Novo, em 21 de setembro de 2009 é realizada a "festa da cumeeira" e em 16 de outubro de 2009 uma grande cerimônia marca a reabertura do Museu Novo.
Reproduzo a seguir a reportagem de hoje da Folha de S. Paulo sobre a exposição aberta na semana passada nesse museu, para marcar os 100 anos da descoberta do magnífico busto da rainha egípcia Nefertiti.]
Uma exposição inaugurada no fim da semana passada no Neues Museum, de Berlim, marca o centenário da descoberta de uma das belezas mais enigmáticas da Antiguidade: o busto da rainha egípcia Nefertiti, que viveu há cerca de 3.300 anos.
A peça está em mãos alemãs desde 6 de dezembro de 1912, quando o arqueólogo Ludwig Borchardt a desenterrou na margem oriental do rio Nilo. Levada para a Alemanha com o consentimento do governo egípcio, o país árabe passou, logo depois, a tentar reaver o artefato -- até hoje, sem sucesso. Saiba tudo sobre a soberana e sua época no infográfico abaixo [clique na imagem para ampliá-la].
[Nefertiti, cujo nome significa "a mais bela chegou", viveu de cerca de 1380 a 1345 a.C. era a esposa principal do faraó Akhenaton. Seu nome levou muitos investigadores a considerarem que Nefertiti teria uma
origem estrangeira, tendo sido identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Império Mitanni (império que existiu no que é hoje a região oriental da Turquia), filha do rei Tushratta. Sabe-se que durante o reinado de Amen-hotep III chegaram ao Egito cerca de trezentas mulheres de Mitanni para integrar o harém
do rei, num gesto de amizade daquele império para com o Egito;
Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, que adotou um nome egípcio e
os costumes do país.
Contudo, nos últimos tempos tem vingado a hipótese de Nefertiti ser egípcia, filha de Ay, alto funcionário egípcio responsável pelo corpo de carros de guerra que chegaria a ser faraó após a morte de Tutankhamon. Ay era irmão da rainha Tié,
esposa principal do rei Amen-hotep III, o pai de Akhenaton; esta
hipótese faria do marido de Nefertiti o seu primo. Sabe-se que a família
de Aye era oriunda de Akhmin e que este tinha tido uma esposa que
faleceu (provavelmente a mãe de Nefertiti durante o parto), tendo casado
com a dama Tié. O faraó Akhenaton, marido de Nefertiti, pôs fim ao politeísmo egípcio, substituindo-o pelo culto a Aton, o deus-sol.]
O busto de Nefertiti, do acervo do Neues Museum de Berlim - (Foto: Google).
Eu vi ela de perto e quase chorei.
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