quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Para a FGV, impulsionar investimentos é desafio para os próximos anos

Impulsionar os investimentos na economia em 2013, e nos próximos anos, será o grande desafio do governo, que precisa firmar número maior de parcerias com o setor privado para fortalecer a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). A análise é da pesquisadora do Centro de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Silvia Matos. A especialista prevê que em 2012 a taxa de investimento na economia deve terminar em 18,5% na média anual – inferior à média de 2011, que foi de 19,2%.

Na análise da técnica, o governo tem potencializado recursos para estimular o crescimento do investimento na economia, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ela lembrou que o governo utiliza o banco como o grande agente financiador de projetos de infraestrutura, que têm horizonte de longo prazo. Entretanto, admitiu que não existem outros agentes financiadores de longo prazo na economia, além do BNDES.

Silvia observou também que o governo ainda não conseguiu construir um ambiente de negócios propício ao florescimento de outros agentes financiadores de longo prazo. “Mas o governo está trabalhando para isso”, salientou. “A questão dos investimentos não envolve apenas a existência de recursos. É a capacidade de gerenciar projetos também. É um desafio muito grande. Por isso é tão necessária a participação do investimento privado, incluindo parceiros internacionais".

Entretanto, ela considerou que a previsão para os investimentos em 2013 é mais otimista do que a observada em 2012. Para o ano que vem a estimativa da pesquisadora é de aumento de cerca de 6,4% nos investimentos — em comparação com a queda de 4,4% esperada para os investimentos em 2012, em relação ao ano anterior.

[Em reportagem recente, que registrei em outra postagem,  o jornal Financial Times (FT) mostrou o seguinte gráfico (clique na imagem para ampliá-la), de relatório do IBGE:

Taxa de investimento e Taxa de Poupança Bruta no Brasil, ambas em queda - (Fonte: IBGE).

No mesmo artigo, que reproduzi, o FT apresentou este outro gráfico:

Taxa de crescimento de formação de capital fixo bruto [capital investido em ativos que produzem bens ou serviços] do Brasil - (Fonte: Nomura e IBGE).

Em outra postagem, a revista The Economist comenta -- no editorial que irritou nossa afável e sempre sorridente Dona Dilma -- que os investimentos no Brasil caíram em cada um dos últimos cinco trimestres. Eles agora atingem apenas 18% do PIB, contra 30% no Peru em 2011 e 27% no Chile e na Colômbia, as novas economias de alto crescimento na América Latina.
 
Essas e outras estatísticas apontam todas para um fato inquestionável: a década petista no Planalto é uma década de quedas significativas de investimentos do governo federal. Dona Dilma sempre foi e permanece sendo protagonista de proa desse período. O PAC, cuja maternidade lhe foi atribuída pelo NPA (o Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), é um redundante fracasso: abordei-o neste ano em abril, em maio e em julho, para só citar três postagens. Esse programa, e mais a condução que nossa afável ex-guerrilheira vem dando à economia, vêm provar que sua fama de gestora é mais um blefe a registrar na lista de desserviços prestados pelo NPA ao país. E essa senhora ainda tem o desplante de querer dar aulas de economia a europeus e americanos ...]






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