sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dilma considera pedidos da FIFA absurdos e endurece o jogo com ela

Já fiz duas postagens sobre as absurdas imposições que a FIFA nos fez para que sediássemos a Copa do Mundo de 2014: uma neste mês de agosto, e a outra em fevereiro deste ano. Alguém que admiro e respeito chamou-me a atenção para o fato de que a discussão deve ser conduzida de outra maneira -- a FIFA diz aos candidatos a sediar seus eventos: minhas condições e exigências são essas, é pegar ou largar. OK, mas minha tese é que não deveríamos e não devemos aceitar várias dessas exigências da FIFA. -- Tenho hoje o grato prazer de saber que também a presidente Dilma anda um tanto pau da vida com isso, o que acho ótimo.

Insatisfeita com os vários pedidos feitos pela Fifa para a Copa do Mundo-2014, a presidente Dilma Roussef está disposta a não atender as exigências. O último pedido da entidade que irritou a presidente é para o governo ser o responsável por qualquer dano sofrido pela federação, seus dirigentes, convidados e instalações durante o evento.

"O céu é o limite para eles", diz o assessor direto de Dilma. "Mas nós consideramos que, se a Copa será boa para o Brasil, será boa também para a Fifa. Tem que ser um jogo de 'ganha-ganha', e não algo em que só eles levem a melhor".  De acordo com o assessor, Dilma não está disposta a deixar que a Fifa imponha no Brasil as condições exageradas, como teria feito à África do Sul. A queda de braço tem sido "constante", nas palavras do mesmo assessor.

No Sorteio Preliminar da Copa-2014, primeiro evento oficial do Mundial no Brasil, que foi realizado no Rio de Janeiro em 30 de julho, Dilma mostrou em discurso que o governo federal terá atuação independente da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local). E não fez elogios a elas em suas declarações. 

Dilma vem recusando audiência com Ricardo Teixeira e Joseph Blatter desde sua eleição.
Dilma sentada entre Blatter e Pelé,  durante o Sorteio Preliminar da Copa 2014 (Foto: Nelson Almeida/France Presse).

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