O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse em entrevista à TV estatal síria que continua firme no poder, apesar de protestos contra o seu governo que já duram meses. "Posso dizer que a segurança (contra os ataques rebeldes) está melhor", disse Assad. "A ideia (dos rebeldes) era conquistar a Síria em poucas semanas. O que protegeu a pátria foi a consciência do povo sírio". Na entrevista, transmitida na tarde do domingo, Assad chamou de "inútil" a elevação do tom adotado pelo presidente americano, Barack Obama, e líderes europeus contra seu governo. "Isto não deveria ser dirigido a um presidente que foi levado ao poder não pelos Estados Unidos ou as potências ocidentais, mas pelo povo sírio", afirmou.
Os protestos contra o governo de Assad, cuja família está no poder há 40 anos, começaram em meados de março. O regime sírio vem sendo apontado como "a bola da vez" na Primavera Árabe. Organizações de direitos humanos estimam que a violência por conta da situação política já matou cerca de 2 mil pessoas desde então. O governo considera os manifestantes "terroristas" e já efetuou milhares de detenções.
As declarações de Assad foram dadas no mesmo dia em que uma delegação da ONU chegou à Síria para avaliar a questão humanitária. Ele disse que seu governo revisará o artigo 8º da Constituição síria, que estipula o partido Ba'th como líder único na sociedade e o Estado, e prometeu eleições parlamentares em fevereiro.
Al-Assad disse que não tem medo da elevação do tom dos EUA e de países europeus (Foto: BBC Brasil).
A estratégica localização geográfica da Síria (Foto: Wikipedia).
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