Volta e meia o Google enfrenta processos na Justiça -- há pouco, fiz postagem sobre multa que lhe foi aplicada no Brasil pela não remoção de blogs ofensivos. Agora, o problema dele é com o Departamento de Justiça dos EUA.
O jornal The Washington Post (WP) informa hoje que o Google concordou em pagar US$ 500 milhões em um acordo relativo a acusações contra ele por ter postado anúncios de produtos farmacêuticos ilegais -- essa é uma das maiores multas já pagas nos EUA, anunciou hoje o Departamento de Justiça (DJ). A multa reflete a receita gerada pelo Google a partir do anúncio de farmácias canadenses, mais a receita bruta dessas farmácias originada de vendas nos EUA.
A empresa estava sob investigação pelo DJ por causa de alegações de que ela havia lucrado com anúncios de farmácias ilegais online, como reportado pelo WP em maio. Vendas de anúncios online são uma importante parte das receitas do Google. Peter Neronha, promotor do governo para Rhode Island, fez o anúncio e informou que o Google não será processado criminalmente.
Nos termos do acordo, o Google reconhece que ajudou farmácias canadenses online a colocar anúncios para organizações ilegais através de sua plataforma AdWords. A empresa reconhece sua responsabilidade e pagará US$ 500 milhões como termo de ajuste. Google terá também que cumprir com "um número de medidas de conformidade e de obrigação de informar", para assegurar que não fará o mesmo no futuro.
"Há alhum tempo atrás, proibimos a propaganda de remédios sob receita nos EUA por farmácias canadenses", Google informou hoje por email. "Numa percepção tardia, fica óbvio que não deveríamos ter permitido esses anúncios no Google desde o início. Tendo em vista a extensa cobertura que esse acordo já recebeu, não faremos nenhum comentário adicional".
Em março, Google fez um acordo com a Comissão Federal de Comércio (FTC, em inglês) sobre questões de privacidade em sua rede social (buzz networking system), e reconheceu que está sob investigação da FTC por causa de seus métodos de busca. Google enfrentou também questionamento na Europa relacionado com seu programa de mapeamento Street View.
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