A Argentina e o Uruguai lideraram em 2010 a lista latino-americana de doadores de órgãos, com taxas respectivas de 14,5 e 14,4 doadores por
milhão de habitantes, segundo o Relatório de Transplantes 2011, que o
Conselho da Europa vai publicar em setembro.
No documento, elaborado pela Direção Europeia para a Qualidade dos
Medicamentos e Cuidados de Saúde, foi divulgado o número de doadores de
órgãos de ambos os países em 583 e 49, respectivamente.
Entre os países que completam a lista estão a Colômbia (12,3 por milhão
de habitantes), Brasil e Cuba (9,9), Chile (5,4), Panamá (3,7), Costa
Rica (3,5), Venezuela (3,4), Peru (3,2), México (2,8), Equador (2,5),
Bolívia (1,4) e República Dominicana (1,1).
A lista mundial de doação de órgãos é liderada pela Espanha com 32
doadores por milhão de habitantes, enquanto que os Estados Unidos
apresentaram uma taxa de 25.
Segundo o relatório, o número global de pessoas mortas que doaram seus órgãos na América Latina em 2010 foi de 3.950.
Na região foram realizados no ano passado 10.112 transplantes de rim,
2.168 de fígado, 350 de coração, 210 de pâncreas, 120 de pulmão e 13 de
intestino delgado.
Os estudiosos destacaram os 4.660 transplantes de rim praticados no Brasil, os 1.082 da Argentina e os 867 da Colômbia.
Concretamente, a taxa de transplantes de rim por milhão de habitantes é
liderada pelo Uruguai (27,4 por cada milhão de habitantes, ou seja, 93
transplantes), seguido da Costa Rica (27,2), Argentina (26,6), Brasil
(23,8), México (20,4), Colômbia (18,7), Chile (11,7), Panamá (11,1) e
Cuba (10,4).
A União Europeia registrou números mais elevados, com 18.246
transplantes de rim, 6.655 de fígado, 1.984 de coração, 1.505 de pulmão,
769 de pâncreas e 50 de intestino delgado.
O relatório detalha o número de entrevistas realizadas com familiares de
potenciais doadores de órgãos, assim como a percentagem de rejeições à
proposta de doação.
No Brasil foram realizadas 6.979 entrevistas com apenas 25,8% de
rejeições, enquanto que as 1.252 consultas efetuadas na Argentina, 46,5%
obtiveram respostas negativas.
Os maiores índices de rejeição à doação se produziram na Bolívia (70%) e
na República Dominicana (53,6%), e os menores no Uruguai (16,1%), Cuba
(22%), Colômbia (25,5%) e Venezuela (27,3%).
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