Quem nunca se viu sem suas bagagens, do outro lado do mundo ou apenas a alguns quilômetros de sua casa? Um problema comum: a etiqueta da bagagem se solta quando de uma conexão, por exemplo, e a mala não segue para seu destino final e fica no aeroporto. Para evitar esse tipo de incidente, começam a ser desenvolvidos sistemas de identificação automática como o chip RFID (Radio Frequency Identification, que usa ondas de rádio para transferir dados de uma etiqueta chamada "etiqueta RFID").
Atrasadas, extraviadas, avariadas ou perdidas -- num movimento de 2,4 bilhões de passageiros que usaram avião em 2010 -- cerca de 30 milhões de bagagens ficaram, em um momento ou outro, bloqueadas em um aeroporto, de acordo com a SITA (Sociedade Internacional das Telecomunicações Aeronáuticas, a mesma sigla em francês). E 3% jamais foram encontradas por seus proprietários, seja porque foram roubadas ou não foram reclamadas.
Por que tantas bagagens são extraviadas? -- Uma em cada duas vezes o erro surge quando de uma conexão (tempo muito curto). Se o passageiro pode correr para passar pelo portão de embarque no último momento, nem sempre é o caso com as bagagens, que correm o risco de ficar no solo à espera do próximo voo. O equilibrio é frágil, e um mau tempo pode provocar atrasos muito importantes. Em 2010, a erupção de um vulcão islandês e vários casos de nevascas por ocasião das festas de fim de ano acarretaram o cancelamento de 300.000 voos e multiplicaram por dois os erros de direcionamento de bagagens.
O que fazer na chegada ao destino? -- Comunicar imediatamente a perda da bagagem no guichê de reclamações do aeroporto ou, na falta dele, no guichê da companhia aérea e solicitar uma cópia da reclamação. O passageiro prejudicado deverá em seguida enviar uma correspondência à sede da empresa aérea quantificando o prejuízo, num prazo de 7 dias em caso de estrago e 21 dias para o caso de atraso ou perda de bagagem (para os países cobertos pela convenção de Montréal). Esses prazos aplicam-se a mais de 50 paísaes por toda a Europa. Para os demais, aplica-se a convenção de Varsóvia: 3 dias para as avarias e 14 dias para a perda. Em todos os casos, não se esqueça de anexar os cartões de ckeck-in das bagagens, as faturas ou notas fiscais pertinentes, e eventualmente fotos dos bens pessoais que estavam na bagagem.
Como ser indenizado? -- Para reduzir os riscos de perda, é aconselhável prever um espaço de tempo suficiente entre dois voos para se assegurar de que as bagagens serão transferidas em tempo. Duas ou três horas são convenientes. É melhor não colocar objetos de valor em bagagem despachada (dinheiro, jóias, medicamentos). Fazer um seguro suplementar, se se carrega objetos de valor (máquina fotográfica, computador, etc), verificar se o cartão de crédito tem garantias para esse tipo de ocorrência (o que é frequentemente o caso nos cartões mais importantes ou diferenciados), e reler com atenção cláusulas de perda ou não aplicação da garantia de seguro.
Todas as companhias aéreas insistem sobre a importância de se utilizarem etiquetas de bagagem sólidas, em uma embalagem de couro por exemplo, que não tenham o risco de se rasgar, com os endereços de domicilio e de destino do passageiro, retirando da bagagem todas as etiquetas velhas para evitar confusão. Outra ideia simples, mas eficaz: ter bagagem de cores que se destacam e são facilmente reconhecíveis.
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