Combates violentos explodiram nesta segunda-feira em
Trípoli em volta do quartel-general do líder líbio Muamar Khadafi,
horas após rebeldes terem assumido o controle da maior parte da capital. Não havia informações sobre se Khadafi estava no local, ou sobre qual
seria seu paradeiro. Uma fonte diplomática disse à AFP que Khadafi
poderia estar no QG, mas a informação não foi confirmada. Khadafi não é
visto em público desde maio, apesar de ter divulgado desde então, com
frequência, mensagens em áudio e vídeo de locais não divulgados.
Os rebeldes começaram a entrar em Trípoli na noite de sábado e intensificaram os ataques durante o domingo. O confronto em diversas áreas da cidade deixou centenas de mortos. O porta-voz do regime de Khadafi, Moussa Ibrahim, disse que 1.300 pessoas foram mortas na cidade nas últimas 24 horas. O número não pode ser confirmado de forma independente.
Havia pontos de conflito em vários bairros, um deles no entorno do hotel que hospeda a imprensa internacional. Segundo o correspondente da BBC em Trípoli, Matthew Price, o local ainda estava sob poder do governo, mas rebeldes tentavam assumir o controle. O Tribunal Penal Internacional (TPI) confirmou que um dos filhos de Khadafi, Saif al-Islam, foi capturado na capital. Ele era considerado o sucessor do pai no governo líbio. Os rebeldes afirmam ainda que um outro filho de Khadafi – Mohammed - teria se rendido, assim como a guarda pessoal do líder líbio, mas a informação não pode ser confirmada por fontes oficiais.
O presidente do Conselho Nacional de Transição, a coalizão rebelde, Mustafa Mohammed Abdul Jalil, disse que os rebeldes poriam fim à sua ofensiva se Khadafi anunciasse sua saída. Falando sobre a captura do filho de Khadafi, Jalil disse que ele estava sendo mantido "em um local seguro até que seja entregue ao judiciário". Ele acrescentou que as forças rebeldes garantiriam a Khadafi e seus filhos uma saída segura do país.
Mapa aéreo (Microsoft) das áreas dos combates pela tomada de Trípoli (Fonte: BBC Brasil).
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