O agente regulador bursátil dos EUA botou a lupa sobre a Standard & Poor's (S&P), para verificar se alguns de seus empregados ou dirigentes vazaram informação relevante ou confidencial sobre o rebaixamento da nota da dívida soberana americana que pudesse ter sido utilizada por investidores privilegiados. O objetivo é verificar se houve um delito potencial de informação privilegiada.
Nas horas que antecederam o anúncio da S&P houve momentos intensos em Wall Street, pelas especulações que circulavam sobre o rebaixamento iminente da nota AAA americana. O rumor se fez mais forte quando se soube que a Casa Branca se preparava para essa eventualidade, e que o Tesouro americano estava contestando algumas cifras da análise da S&P.
Esse fluxo de informações e sua origem são o que o regulador do mercado de capitais dos EUA quer esclarecer e, concretamente, saber quem participou do processo que antecedeu o anúncio daquela noite. Essa investigação, que costuma ser feita quando há oscilações bruscas no mercado, foi anunciada antecipadamente por vários meios financeiros, que assinalam que ela ainda está na fase preliminar.
A SEC - Securities and Exchange Commission, equivalente à nossa CVM, não emitiu nenhum comunicado e, por ora, a investigação estaria circunscrita à divisão que supervisiona a atuação das agências de classificação. Não há registro de que tenha havido vazamento e tampouco movimentos anormais que pudessem ser objeto de uma investigação.
As autoridades reguladoras e judiciais americanas prestam muita atenção em operações suspeitas no mercado mobiliário, sobretudo nos delitos de informação privilegiada. Mas, no caso da S&P seria muito difícil provar que houve um vazamento intencional e que algum investidor tirou proveito disso ante que a notícia se tornasse pública.
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