No dia 28/7 fiz uma postagem com o título "Etanol brasileiro: um pepino, um abacaxi, ou ambos?". A notícia abaixo só faz confirmar o título e o texto da postagem.
O governo vai reduzir de 25% para 20% a proporção da mistura de álcool anidro na gasolina a partir de 1º de outubro. A informação foi dada
nesta segunda-feira, 29, pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,
depois de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. "Nós temos que
garantir o abastecimento olhando para este ano e olhando para o próximo
ano também porque verificamos que a safra do próximo ano não será muito
melhor do que a atual. Então temos que tomar providência desde logo",
justificou Lobão.
O novo porcentual da mistura de álcool na gasolina valerá por tempo
"indeterminado", segundo o ministro. "Depois calibraremos, verificando a
resolução, no momento em que acharmos que há segurança para
suspendermos", afirmou. Além dessa medida de "segurança" contra desabastecimento do mercado e de
preços altos, Lobão ressaltou que medidas complementares já anunciadas,
como o financiamento da estocagem também serão adotadas. Segundo o
ministro, os parâmetros das linhas de financiamento com "favorecimento"
estão em fase e considerações finais do ministro da Fazenda, Guido
Mantega. A previsão, segundo Lobão, é de que as medidas sejam anunciadas
nos próximos dias. Também participaram da reunião Mantega, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Na última sexta-feira, o ministro minimizou a quebra da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul e os
impactos das perdas nas lavouras para a produção de etanol. Mesmo com
uma redução de entre 50 milhões e 70 milhões de toneladas de matéria
prima entre as safras 2010/2011 e 2011/2012 - o correspondente a toda
produção do Nordeste, ou ainda da Tailândia, terceiro produtor mundial
de cana - o ministro classificou a perda como "pequena" e "conjuntural".
No dia 27 de julho, o governo federal anunciou que havia adiado por 30 dias a decisão de reduzir a mistura do
etanol na gasolina. Na época, Lobão havia dito "não há desabastecimento de etanol e,
muito menos, de gasolina" que exigisse uma alteração neste momento.
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