quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Resultados experimentais surpreendentes aumentam as esperanças na luta contra o câncer

Pesquisadores na Universidade da Pennsylvania (EUA) anunciaram ontem que descobriram um possível "enorme" avanço na luta contra o câncer. Em duas publicações médicas, os cientistas revelaram que um novo tratamento visando as células brancas do sangue de um paciente, que fazem parte do sistema imunológico do corpo, mostra sinais de uma promessa inicial no combate à leucemia. 

Os pesquisadores desenvolveram um vírus que infectou as células "T" de um paciente, que são um tipo de célula branca do sangue, e levou instruções para conectar-se a células cancerígenas e, finalmente, matá-las. Três pacientes foram testados e, até agora, segundo o que os cientistas verificaram, cada célula T infectada matou 1.000 células cancerígenas em cada paciente.

Dois dos pacientes do teste tiveram recuperação total, pelo menos por enquanto, e um paciente mostrou uma melhora significativa. Os cientistas alertaram que a eficácia plena do tratamento só poderá ser verificada quando ele for ministrado a um número maior de pacientes mas, no entanto, saudaram os resultados como um avanço potencialmente grande.

"Esse é um feito enorme -- enorme", disse o Dr. Lee M. Nadler, da Escola Médica de Harvard, ao Los Angeles Times. Ele descobriu a molécula nas células cancerígenas que as células T recém-desenvolvidas deveriam visar e atacar. O Dr. David Porter, da Universidade da Pennsylvania, que foi coautor dos relatórios sobre os testes, estava também otimista. "Sabíamos que [a terapia] tinha grande potencial", disse ele, "mas acho que não esperávamos algo tão dramático nessa fase".
Uma imagem microscópica mostra duas células T juntando-se a esferas, mostradas em amarelo, que fazem com que as células se dividam. Depois que as esferas são retiradas, as células T são introduzidas em pacientes com câncer (Foto: Dr. Carl June/Penn Medicine).

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