A Suiça não é mais o país mais seguro do mundo, sua taxa de criminalidade tem aumentado de maneira constante desde 2004 e já se alinha em grande escala à do conjunto da Europa, segundo um estudo universitário publicado ontem em Berna. Os arrombamentos estão em alta, assim como a violência e as ameaças, o que não impede porém a população de confiar na polícia, segundo esse estudo realizado pelo instituto de criminologia da Universidade de Zurique, por solicitação das polícias cantonais do país.
Para o professor Martin Killias, supervisor do estudo, o mito da "Suiça como o país mais seguro do mundo" caducou. O estudo se baseou numa pesquisa feita com uma amostra de 2.000 pessoas, durante um período de cinco anos (de 2006 a 2010).
Em termos de arrobamentos, de agressões e de ameaças, a Suiça atingiu a média europeia, enquanto que em 1988 ela ostentava a taxa de criminalidade mais baixa da Europa.
Em 2004, data da última pesquisa desse tipo, 5,1% das pessoas interrogadas declararam terem sido vítimas de um arrombamento no período de tempo analisado. Hoje, elas são 7,1%.
Esse aumento deve ser relacionado à criminalidade com quadrilhas organizadas. Cada vez mais, quadrilhas estrangeiras escolhem a Suiça como alvo. Isto não é por acaso, segundo o professor, que comentou que "se fosse membro de uma quadrilha de Lyon (França), escolheria sem hesitar Genebra como alvo". Isso porque, em nenhum outro lugar, a lei e os procedimentos penais são tão pouco repressivos como na Suiça, comentou o mesmo professor, observando que um ladrão tem muito poucas chances de receber prisão preventiva se for interpelado.
O direito penal foi reformado há alguns anos na Suiça, com o objetivo de descongestionar as prisões.
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