quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Novos avanços no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata

Um grupo internacional de pesquisadores liderado pelo Centro de Pesquisas de Câncer Fred Hutchinson, na França, identificou cinco variantes genéticas hereditárias que estão associadas com a forma mais agressiva e letal do câncer de próstata. A descoberta pode levar ao desenvolvimento de um simples teste de sangue que poderia ser dado no momento do diagnóstico para determinar quais homens devem receber um tratamento mais agressivo e quais deveriam recorrer a uma abordagem mais conservadora.

Um número substancial de homens com tumores indolentes, que têm baixa probabilidade de progredir para um câncer de próstata clinicamente significante e letal, são tratados de forma inadequada e exagerada e, como resultado, sofrem efeitos colaterais como impotência sexual e incontinência urinária. - "Biomarcadores que poderia diferenciar entre pacientes com tumores indolentes e os mais agressivos são urgentes" - disse Janet L. Stanford, do Programa de Pesquisa em Câncer de Próstata do instituto. - "O painel de marcadores que identificamos proporciona a primeira evidência validada de que variantes genéticas herdadas têm um papel importante na progressão e mortalidade do câncer de próstata. Em última análise, esses marcadores poderiam ser usados na clínica, junto com outros meios conhecidos que são usados para avaliar a agressividade de um tumor".

O instituto patenteou o painel de cinco polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), que são variações de uma única letra no alfabeto de quatro letras do DNA que servem como marcadores de variação genética em todo o genoma, que pode desempenhar um papel no desenvolvimento ou progressão da doença. - Escolhemos estudar SNPs nos genes que potencialmente têm um papel chave em meios biológicos que podem contribuir para a progressão do câncer de próstata como uma inflamação, produção e metabolismo do hormônio esteróide, reparo do DNA e atividade da vitamina D" - afirmou Janet.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram o DNA em amostras de sangue de 1309 pacientes de câncer de próstata na região de Seattle, com idade de 35 a 74 anos no momento do diagnóstico. Eles avaliaram 937 SNPs em 156 genes e, destes, 22 SNPs apareceram como estando significativamente associados à mortalidade por câncer de próstata. Um estudo de validação posterior destes 22 SNPs foi realizado em outro grupo populacional de 2.875 pacientes na Suécia, com o mesmo intervalo de idade no momento do diagnóstico. Após a genotipagem de DNA de seu sangue, cinco dos 22 SNPs foram identificados associados à mortalidade por câncer de próstata. Mais pacientes da Suécia (17,4%) morreram por câncer de próstata que em Seattle (4,6%) durante um período médio de acompanhamento de 6,5 anos, o que é consistente com a maior taxa de mortalidade por câncer de próstata na Suécia em relação aos EUA.

Pacientes que apresentaram quatro ou cinco dos marcadores genéticos identificados tinham um risco 50% maior de morrer da doença do que os pacientes que tinham dois ou menos. O risco de morrer de câncer de próstata aumenta com o número de variantes genéticas que um paciente tem. A utilidade potencial do painel de cinco SNPs nas clínicas para apontar pacientes com maior risco de progressão da doença agora precisa ser avaliado em outras populações de pacientes.














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