terça-feira, 9 de agosto de 2011

Queda de helicóptero militar no Afeganistão revela o perigo que correm as forças especiais americanas

A missão que matou 32 soldados americanos no sábado de manhã no nordeste do Afeganistão, incluindo 22 Seals da Marinha americana, era apenas uma das dezenas de operações realizadas pelas forças especiais de operações dos EUA cada semana no Afeganistão. A única diferença foi o trágico desfecho.

Enquanto o grupo 6 dos Seals ganhou fama mundial com o ataque em maio que matou Osama Bin Laden, a operação de triste fim do sábado refletiu a realidade de uma unidade cujos alvos são geralmente insurgentes cujos nomes e rostos são quase completamente desconhecidos fora dos círculos militares e de inteligência. Nesse caso, a missão visava suspeitos de uma série de ataques a comboios estrangeiros ao longo de uma estrada ao sul de Kabul, segundo um oficial americano que preferiu ficar anônimo. Alguns relatórios no domingo insinuaram que o grupo 6 dos Seals, que teve perdas significativas quando um helicóptero Chinook foi abatido no sábado, aparentemente por uma arma disparada por um foguete terrorista, se juntou à operação depois que outra unidade pediu-lhe ajuda.

As forças especiais de operação americanas têm sido uma peça decisiva na estratégia de guerra no Afeganistão, atuando em áreas remotas e voláteis que são frequentemente inacessíveis às tropas terrestres. No vale de Tangi, da província de Wardak, onde se deu a queda do helicóptero, os soldados americanos haviam se retirado recentemente do único posto avançado da região. Espera-se que essas missões se tornem cada vez mais importantes, quando os EUA começarem a retirar seus contingentes do Afeganistão nos próximos meses e anos, deixando a OTAN sem efetivo para conduzir tradicionais operações de contrainsurgência como as feitas no meio do surto de tropas nos últimos 18 meses.

A missão de sábado era um ataque noturno, que é usualmente uma operação conjunta da OTAN com forças afegãs, geralmente apoiada em longos esforços de coleta de dados de inteligência. O Afeganistão está no processo de desenvolver seus comandos especiais, e esses ataques são vistos como uma peça chave para capacitar e qualificar essa força nascente.

Oficialmente, a OTAN não confirmou se o helicóptero foi abatido por fogo inimigo, dizendo apenas que foi determinada uma investigação do ocorrido.

Parece improvável que a ocorrência de sábado ameace a confiança americana ou afegã na superioridade aérea do Ocidente. Um funcionário senior do Departamento de Defesa dos EUA declarou recentemente à revista New Yorker que nos dois últimos anos as forças especiais de operação realizaram mais de 2.000 operações com alvos específicos. A grande maioria delas não resultou em perdas para as forças americanas e afegãs.

Um helicóptero Chinook do tipo do que foi abatido no sábado no Afeganistão.

Outra foto do mesmo helicóptero.

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