Enquanto o grupo 6 dos Seals ganhou fama mundial com o ataque em maio que matou Osama Bin Laden, a operação de triste fim do sábado refletiu a realidade de uma unidade cujos alvos são geralmente insurgentes cujos nomes e rostos são quase completamente desconhecidos fora dos círculos militares e de inteligência. Nesse caso, a missão visava suspeitos de uma série de ataques a comboios estrangeiros ao longo de uma estrada ao sul de Kabul, segundo um oficial americano que preferiu ficar anônimo. Alguns relatórios no domingo insinuaram que o grupo 6 dos Seals, que teve perdas significativas quando um helicóptero Chinook foi abatido no sábado, aparentemente por uma arma disparada por um foguete terrorista, se juntou à operação depois que outra unidade pediu-lhe ajuda.
As forças especiais de operação americanas têm sido uma peça decisiva na estratégia de guerra no Afeganistão, atuando em áreas remotas e voláteis que são frequentemente inacessíveis às tropas terrestres. No vale de Tangi, da província de Wardak, onde se deu a queda do helicóptero, os soldados americanos haviam se retirado recentemente do único posto avançado da região. Espera-se que essas missões se tornem cada vez mais importantes, quando os EUA começarem a retirar seus contingentes do Afeganistão nos próximos meses e anos, deixando a OTAN sem efetivo para conduzir tradicionais operações de contrainsurgência como as feitas no meio do surto de tropas nos últimos 18 meses.
A missão de sábado era um ataque noturno, que é usualmente uma operação conjunta da OTAN com forças afegãs, geralmente apoiada em longos esforços de coleta de dados de inteligência. O Afeganistão está no processo de desenvolver seus comandos especiais, e esses ataques são vistos como uma peça chave para capacitar e qualificar essa força nascente.
Oficialmente, a OTAN não confirmou se o helicóptero foi abatido por fogo inimigo, dizendo apenas que foi determinada uma investigação do ocorrido.
Parece improvável que a ocorrência de sábado ameace a confiança americana ou afegã na superioridade aérea do Ocidente. Um funcionário senior do Departamento de Defesa dos EUA declarou recentemente à revista New Yorker que nos dois últimos anos as forças especiais de operação realizaram mais de 2.000 operações com alvos específicos. A grande maioria delas não resultou em perdas para as forças americanas e afegãs.
Um helicóptero Chinook do tipo do que foi abatido no sábado no Afeganistão.
Outra foto do mesmo helicóptero.
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