Os oficiais comandaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de Engenharia) entre 2004 e 2009, período em que o Exército fez convênios com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do Ministério dos Transportes, para obras em rodovias.
O general Enzo chefiou o DEC entre 2003 e 2007. Ele deixou o cargo para assumir o comando do Exército no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que chamo de Nosso Pinóquio Acrobata) e foi mantido no cargo por Dilma Rousseff.
O grupo investigado inclui cinco generais que comandaram o IME e dois que chefiaram o DEC depois do general Enzo: os generais Marius Luiz Teixeira Neto, na reserva desde março, e Ítalo Fortes Avena, hoje consultor militar da missão do Brasil na ONU. A investigação foi aberta em maio pela procuradora Geral da Justiça Militar, Cláudia Luz, para saber se o general Enzo e os outros que comandavam áreas envolvidas sabiam das irregularidades. A apuração foi um desdobramento de inquérito anterior, que identificou indícios de fraudes em 88 licitações do Exército para fazer obras do Ministério dos Transportes e apontou desvios de recursos públicos de R$ 11 milhões.
À Folha, o Centro de Comunicação do Exército diz que não tem conhecimento da investigação e que "não cabe à Força e nem aos militares emitir qualquer tipo de pronunciamento".
Criados para atender necessidades de militares, os batalhões de Engenharia do Exército são convocados com frequência para acelerar obras. Somente do Dnit, que nas últimas semanas teve toda a diretoria afastada por ordem de Dilma,o Exército recebeu R$ 104 milhões nos últimos cinco anos. As investigações mostram que um grupo liderado por dois oficiais que coordenavam os convênios no IME, o coronel Paulo Roberto Dias Morales e o major Washington Luiz de Paula, criou seis empresas para entrar em concorrências do IME com dinheiro do Dnit.
O major Paula teria movimentado mais de R$ 1 milhão em sua conta em um ano e feito 14 viagens aos EUA no período em que trabalhou com o Dnit.
Seis militares estão sendo processados na Justiça Militar. Se condenados, poderão ser presos e expulsos da corporação. Peças do processo foram encaminhadas à Justiça Federal para que eles sejam processados ali também.
A Procuradoria-Geral da Justiça Militar investiga também os generais Rubens Brochado, Silvino Silva, Ernesto Ronzani, Emilio Aconcella e Amir Kurban, que chefiaram o IME entre 2004 e 2009.
Em depoimento aos promotores militares, o coronel Paulo Roberto Dias Morales disse que apenas coordenava a execução dos convênios com o Dnit e outras pessoas eram responsáveis pela contratação de fornecedores. Ele afirmou não conhecer os sócios das empresas beneficiadas nas concorrências, que, segundo os promotores, eram parte de um grupo organizado por ele e pelo major Washington Luiz de Paula.
O major Paula negou as acusações dos promotores ao prestar depoimento, e disse que sua movimentação bancária e suas viagens ao exterior eram compatíveis com seus rendimentos.
O general Enzo Martins Peri ao microfone e, ao seu lado, o general Marius Luiz Teixeira Neto (Foto: AMAN - Academia Militar das Agulhas Negras).
General Ítalo Fortes Avena.
O Gen. Avena é um brasileiro digno de nosso respeito! Trabelhei sob seu comando na condição de civil durante três anos em obras a cargo do 3º BEC em Açú/RN e Carolina/Ma. Não tenho procuração para defendê-lo no entanto reputo sua conduta como sendo um grande brasileiro cuja conduta é regada pela lisura no trato da coisa pública. Dele guardo boas lembrança e um exemplo de vida a ser seguido por todos que o conhece. OTONIEL DE SOUZA BARACHO E-mail:souzabaracho@yahoo.com.br - São Miguel do Gostoso/RN em 12 de junho de 2012
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