A elevação do limite de endividamento dos Estados Unidos é, antes de mais nada, uma guerra política entre republicanos e democratas. De um lado o presidente Barack Obama apresenta um acordo para a redução do déficit que consista, principalmente, em cortes nos gastos, incluindo programas sociais. Na outra ponta os republicanos resistem e ameaçam obrigar os EUA a declarar moratória. Mas ambos os partidos têm um objetivo em comum: a eleição presidencial de 2012.
Durante pronunciamento nesta sexta, Obama disse que ofereceu a Boehner US$ 1 trilhão em cortes de gastos nos setores doméstico e de defesa e US$ 650 bilhões em cortes em programas sociais, de previdência e de saúde - como o Medicare e o Medicaid. "Acreditamos que era possível fazer isso de uma forma que mantivesse a integridade do sistema", disse o presidente dos EUA. "Em outras palavras, era um acordo extraordinariamente justo." Obama pediu que Boehner e a deputada Nancy Pelosi, que lidera a minoria democrata na Câmara dos Representantes, compareçam amanhã à Casa Branca, às 12h (de Brasília), para negociar sobre o aumento no teto da dívida. O deputado republicano confirmou sua presença no encontro.
Assessores do Partido Republicano informaram que negociadores da Câmara, dominada pelos republicanos, e do Senado, onde o Partido Democrata tem maioria, vão se reunir no fim de semana para tentar definir que tipo de acordo eles poderiam fazer para elevar o limite legal de endividamento do governo dos EUA até 2 de agosto, de modo a evitar um default. As informações são da Dow Jones.
Presidente Obama e o presidente da Câmara de Representantes dos EUA, o deputado republicano John Boehner, não chegaram a um acordo sobre o teto da dívida americana (Foto CNN).
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