O grupo EDF apresentou ontem, 29 de julho, um programa estratégico para o período 2011-2015 que prevê a duplicação de seus investimentos para aumentar a vida útil e reforçar a segurança de suas centrais nucleares na França. "O grupo aplicará os investimentos necessários à boa operação das centrais (nucleares), ao aumento de sua capacidade e ao aumento da duração de seu funcionamento pasra além de 40 anos, e internalizará as lições relativas a Fukushima", detalha a EDF em um comunicado.
"Em 2010, na França, 1,7 bilhão de euros em investimentos foi dedicado às inspeções decenais, ao programa de substituição de grandes componentes, e aos outros investimentos relativos à operação das centrais (contra 1,5 bilhão em 2009)", detalha o comunicado. O programa estratégico prevê que esse montante está "estimado entre 3,4 e 3,6 bilhões de euros em 2015". "Esta é a lógica e a filosofia do grupo: nossos investimentos são destinados a estender a vida útil das centrais a sessenta anos", comentou o CEO do grupo, Henri Proglio, durante uma conferência para a apresentação dos resultados da EDF. A Autoridade de Segurança Nuclear (ASN) aumentou recentemente em 10 anos a vida útil da central nuclear de Fessenheim, no Alto Reno, sob a condição de que a EDF faça ali alguns serviços. "Testes de estresse" devem igualmente ser aplicados a todas as centrais nucleares francesas, para levar em conta os ensinamentos da catástrofe nuclear de Fukushima, no Japão.
Por ora, a EDF teve no primeiro semestre um nível de produção "histórico" em suas centrais nucleares, e reviu para cima sua previsão de produção nuclear para 2011. Em 2009 ela havia atingido seu nível mais baixo, depois de dois anos sob o efeito de panes e greves.
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