O banco inglês global HSBC anunciará amanhã uma receita de 10,9 bilhões de dólares até junho, um resultado quase idêntico ao de 11,0 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado. Essa estagnação dos resultados levará o banco a incrementar um plano de demissões, já iniciado, destinado a economizar cerca de 3,5 bilhõesde dólares em três anos. Órgãos da mídia inglesa preveem que o HSBC irá cortar mais de 10.000 empregos este ano, podendo inclusive chegar a 15.000.
No total, o principal banco inglês e um dos maiores do mundo poderá reduzir até 30.000 empregos em todo o mundo, o que equivale a 10% de sua força de trabalho atual de 300.000 empregados. Assim, o HSBC não faz mais do que seguir na esteira anunciada nos últimos dias e meses por diversos bancos europeus e americanos. Os bancos europeus foram particularmente afetados pela crise da dívida na zona do euro, pelos aumentos dos gastos fixos, pela queda de receita e pela crise nos EUA.
Em junho, o HSBC anunciou algumas linhas mestras de seu plano de economia, que inclui uma redução de atividades na Europa e nos EUA e um aumento de sua presença na Ásia, onde há melhores perspectivas de crescimento. O banco antecipou sua decisão de vender sua carteira de cartões de crédito, com ativos de mais de 30 bilhões de dólares -- Capital One Financial Corp e Wells Fargo estão entre os principais candidatos a esse negócio, segundo a agência Reuters. O banco inglês de origem chinesa quer também se desfazer de parte de sua rede de agências ou escritórios em Nova Iorque, como parte de seu programa de redução de sua rede de 475 desses postos de negócio nos EUA.
Outra das estratégias do HSBC é reduzir sua presença ou simplesmente abandonar certos países no que se refere ao varejo bancário. Rússia e Polônia estão entre os quase 40 países que podem ser afetados por essa nova política.
O panorama em relação a outros bancos europeus também não é animador. O suiço USB teve uma queda de 22% na receita bruta e de 50% na receita líquida. No Crédit Suisse, outro banco suiço, esses números foram de 25% e 52%, respectivamente. Na Grã-Bretanha, também se espera uma deterioração nas áreas de investimentos do Barclays e do Royal Bank of Scotland com os resultados a serem anunciados na próxima semana, com perda de 30% na receita líquida. O Lloyds deverá anunciar uma receita de 1 bilhão de libras no primeiro semestre deste ano, um terço menos do obtido no mesmo período do ano passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário