Não sei se ainda é resultado da miopia do Lula, o Nosso Pinóquio Acrobata, que do alto de sua incompetência chamou de "marola" o tsunami financeiro de 2008, mas não vi ainda ninguém do governo e adjacências falar do enorme risco que o Brasil corre se os EUA entrarem em default. O artigo a seguir, da BBC Brasil de hoje, nos dá razão para ficarmos com o cabelo em pé e com os dedos cruzados, na expectativa de que isso não ocorra.
Dados do Tesouro americano divulgados nesta segunda-feira mostram que o
Brasil foi o país que registrou o segundo maior aumento em aplicações em
títulos do governo dos Estados Unidos no último ano, somente atrás da
China. O dado é divulgado em um momento em que cresce a tensão quanto ao risco
de calote por parte dos Estados Unidos, caso o Congresso não chegue a
um acordo para elevar o teto da dívida pública do país até o prazo de 2
de agosto.
Em maio, último dado disponível, o Brasil tinha US$ 211,4 bilhões
(cerca de R$ 333 bilhões) aplicados em títulos do governo americano,
valor que representa crescimento de 30,89% em um ano e mantém o Brasil
como quinto maior credor externo dos Estados Unidos – atrás de China,
Japão, Grã-Bretanha e um grupo de países exportadores de petróleo. Entre os 10 principais credores, o Brasil foi o que registrou o segundo
maior crescimento entre maio de 2010 e maio de 2011. No mesmo período,
a China aumentou em 33,6% sua compra de papéis do governo americano,
chegando a US$ 1,16 trilhão, mais de um terço de suas reservas
internacionais.
No caso do Brasil, o valor aplicado nesses títulos representa quase
dois terços das reservas internacionais, de US$ 340 bilhões.
O aumento das aplicações brasileiras em títulos do Tesouro americano vem
acompanhando o crescimento das reservas do país. Em dezembro de 2004,
com as reservas brasileiras em US$ 50 bilhões, o país tinha um total de
US$ 15,2 bilhões em títulos da dívida americana. Em dezembro de 2007,
quando as reservas já chegavam a US$ 178 bilhões, as aplicações em
títulos estavam em US$ 129,9 bilhões.
Maio foi o segundo mês de aumento consecutivo no valor investido pelo
Brasil em títulos do Tesouro americano. De março a abril, o montante já
havia crescido de US$ 193,5 bilhões para US$ 206,9 bilhões.
A mesma tendência de crescimento foi registrada entre outros grandes
credores, como a China, apesar de o governo americano ter anunciado em
16 de maio que os Estados Unidos haviam atingido o limite legal de
endividamento público, de US$ 14,3 trilhões, e que, caso esse teto não
seja elevado até 2 de agosto, irão ultrapassar o limite e, pela
primeira vez, poderá deixar de cumprir seus compromissos financeiros. Segundo analistas, essa tendência pode indicar que, apesar das
preocupações com um possível calote dos Estados Unidos – expressadas
não apenas pelo governo mas também pelo FMI (Fundo Monetário
Internacional) e por agências de classificação de risco, em meio às
dificuldades de um acordo entre democratas e republicanos no Congresso
para elevar o teto da dívida –, os papéis do Tesouro americano ainda
são considerados um investimento seguro.
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