Cientistas estão chegando mais perto de um objetivo longamente desejado: um exame de sangue para diagnóstico do mal de Alzheimer. De acordo com informações de pesquisadores australianos hoje, um teste experimental deu bom resultado para indicar quanto da placa reveladora da doença de Alzheimer se esconde nos cérebros das pessoas. Se esse teste se mostrar preciso em estudos maiores, poderá propiciar um método para checar pessoas que tenham problemas de memória para ver quem precisa de um teste mais definitivo para a doença.
Há muitos exames de sangue sendo desenvolvidos e alguns poucos deles são usados agora em ambientes de pesquisa, mas apenas o exame australiano foi validado em confronto com varreduras (scans) de cérebro e outros exames aceitos para diagnóstico com boa precisão em grupos grandes de pessoas, diz Maria Carrillo, diretor senior de relações médicas e científicas da Associação de Alzheimer.
Os resultados, informados hoje na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em Paris, "nos dão a esperança de podermos usar um exame de sangue em futuro próximo", embora isso não signifique que seja no ano que vem, acrescenta a Dra. Carrillo.
Varreduras (scans) do cérebro podem indicar sinais de Alzheimer -- aglomerações aderentes de uma proteína chamada beta amiloide -- uma década ou mais antes de que surjam problemas de memória ou de raciocínio, mas esses exames são muito caros e impraticáveis para uso rotineiro. Médicos e pacientes precisam de meios simples para diagnosticar pessoas quanto a essa doença.
Samantha Burnham e outros pesquisadores da Agência Nacional de Ciências da Austrália (CSIRO, em inglês), trabalhando com várias universidades, usaram um estudo de longa duração de mais de 1.100 pessoas -- algumas saudáveis, outras debilitadas -- para desenvolver o exame de sangue. Começaram com amostras de sangue de 273 participantes, e identificaram nove hormônios e proteínas que pareciam mais indicadores de níveis de amiloide no cérebro. Foi fixado um valor limite para o que era considerado elevado.
CSIRO patenteou o exame e está negociando com companhias importantes para torná-lo disponível comercialmente.
Ontem, fiz uma postagem sobre contribuições para prevenção do mal de Alzheimer informadas no mesmo evento internacional na França citado acima.
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