Um novo estudo, publicado no dia 4 de julho, afirma que o remédio para deixar de fumar Chantix (que na França é chamado Champix) do laboratório Pfizer acarreta sérios riscos de acidentes cardiovasculares, o que o laboratório imediatamente desmentiu.
Segundo o estudo, publicado na revista científica Canadian Medical Association Journal e realizado com 8.000 pessoas que, em geral, não apresentavam problemas cardíacos, o uso da molécula vareniclina (comercializada com os nomes Chantix ou Champix, conforme o país) "está associado a um risco aumentado em 72% de hospitalização por acidente cardiovascular grave, como ataque ou arritmia cardíacos". -- "Há anos que sabemos que o Chantix é um dos medicamentos de uso sob receita dos mais perigosos do mercado americano, se levarmos em conta somente os efeitos secundários declarados à Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, em inglês)", comentou em um comunicado o Prof. Curt Furberg, principal autor do estudo. "Ele provoca perda de consciência, perturbações na visão, estados de violência ou depressão, e agrava os casos de diabete", acrescenta o professor. "A essa lista, podemos acrescentar graves problemas cardiovasculares".
O laboratório Pfizer reagiu imediatamente a essas acusações, criticando a metodologia do estudo, particularmente "a maneira pela qual os acidentes cardiovasculares foram registrados e classificados". Reafirmando sua confiança no Chantix, o laboratório sublinhou que a taxa de acidentes cardiovasculares revelada nesse estudo era de 1,06% com a vareniclina, contra 0,82% com um placebo.
Mais de 1.200 queixas foram apresentadas à justiça americana no início do ano contra os efeitos secundários do Chantix, acusado de acarretar estados ou sintomas suicidas e mesmo de atos suicidas. Esse medicamento é vendido em cerca de 80 países e é utilizado por 7 milhões de americanos.
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