quinta-feira, 19 de julho de 2012

"Pior ataque aos judeus desde o Holocausto"

Um grupo influente de rabinos europeus usou de linguagem inusitadamente forte na quinta-feira 07 de julho, para atacar uma decisão da justiça alemã de proibir a circuncisão de meninos.

Chamando-a de "pior ataque à vida judia desde o Holocausto", a Conferência dos Rabinos Judeus condenou veementemente uma decisão recente da Justiça alemã que criminaliza a circuncisão de meninos. "Uma proibição da circuncisão representa uma questão existencial para a comunidade judia na Alemanha", disse o presidente da organização, rabino Pinchas Goldschmidt. Se for permitido que essa decisão permaneça, alertou ele, "então, não vejo futuro para os judeus na Alemanha".

O rabino disse acreditar que o governo alemão fará aprovar uma lei permitindo que a circuncisão, que é praticada por tradição tanto por judeus quanto por muçulmanos, seja reconhecida como legal na Alemanha. Ele disse que a proibição da shechita, o abate de mamíferos e aves de acordo com a lei judaica, pelos nacional-socialistas havia sido igualmente para muitos judeus um sinal de que "temos que sair da Alemanha". Mas acrescentou que uma proibição da circuncisão, dada a importância dessa tradição, seria uma mensagem ainda mais forte que essa.

A corte regional de Colônia determinou no dia 26 de junho que médicos alemães que fizerem circuncisão em um menino por razões religiosas poderão ser acusados de cometer lesão física, mesmo que os pais tenham dado seu consentimento expresso para a operação. Essa decisão foi criticada por grupos religiosos na Alemanha (incluindo muçulmanos), assim como pelo parlamento de Israel.  A decisão da justiça de Colônia não é uma proibição de circuncisões para toda a Alemanha, mas alguns receiam que possa ser vista como um precedente para outras decisões semelhantes.

A crírica mais recente surgiu durante uma reunião de cerca de 40 rabinos, que faziam parte do grupo de Berlim. Goldschmidt disse que também considerou alarmante o fato de que a maioria dos alemães aprova a decisão do tribunal de Colônia.

Presidente da Conferência de Rabinos Europeus, Pinchas Goldschmidt: "A proibição da circuncisão é uma questão existencial para a comunidade judaica na Alemanha" - (Foto: AFP).



2 comentários:

  1. Amigo VASCO:
    Meu comentário poderá parecer uma defesa da "raça", se considerado o meu sobrenome.
    Mas não tem nada a ver.
    O sentido do mesmo é a HISTÓRIA.
    A circuncisão judaica tem raizes religiosas, embora eu ache que a origem é EUGENICA, pratica muito comum entre os judeus e outros povos da Antiguidade. É sabido que os judeus não comem carne de porco. Tal se deve a que essa carne poderia, se não convenientemente preparada, causar doenças. Para prevenir, a prática de comê-la foi incorporada às proibições religiosas, que perduram até os tempos modernos.
    Isso não é previlegio da religião judaica; a religião católica mantem até hoje ritos sobre o pão e vinho, sobre os peixes, sobre a proibição de cmer carne vermelha na Semana Santa, etc.
    O Ramadã que se iniciou hoje prega o jejum de DOZE horas (depois, tudo é liberado).
    Infelizmente, é com essas religiões que contamos hoje.

    Abraços - LEVY

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  2. Amigom VASCO:
    Postei um comentário que ainda não se tornou visível.
    O que eu comentei diz respeito aos costumes judaicos, como o de outras religiões.
    A circuncisão é um ato religioso e que, em princípio, não pode sofrer a interferência de qualquer ESTADO na sua prática.
    Embora tenha sobrenome judeu, fui criado dentro da religião católica, embora não a pratique.
    Mas a curiosidade me levou a investigar costumes, principalmente aqueles ditados pelas religiões, sobre suas causas.
    Não fui muito profundo na análise, mas o que aprendi é o suficiente para me dar um quadro
    desses costumes.
    Os costumes judeus foram incorporados à religião para preservar a saúde dos seus membros.
    A circuncisão é um ato cirúrgico pouco invasivo, mas que garante uma higiene ao órgão sexual masculino.
    Outros costumes, ou dogmas, permanecem até hoje no cerne da religião, uma delas sendo a proibição da injestão de carne de porco. É explicável: a carne de porco, se não for bem preparada, pode trazer vermes em suas partes.
    Essas regras, e outras, incorporadas à RELIGIÂO, tinham um objetivo: um princípio EUGENICO (higiena das raças).
    Tal princípio também pode ser encontrado nas demais religiões: a CATÓLICA consagra a SEXTA-FEIRA SANTA como data para evitar o consumo de carnes vermelhas, privilegiando o PEIXE (simbólico na religião); o ISLAMISMO, com o RAMADÃ, privilegia o JEJUM (mas só durante a presença da luz solar;depois,.....).
    Há que se lembrar que essas três religiões tê a mesma origem. Todas as outras agremiações
    não podem ser consideradas religiões (seitas, doutrinas, etc.).
    O que mais fere é a INTERVENÇÃO DO ESTADO na prática religiosa. Não sei se o estado alemão é LAICO. Se for, foi uma intervenção criminosa, para dizer o mínimo.

    Abraços - LEVY

    P.S.: esse assunto daria um livro!!!

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