A GM (General Motors) de São José dos Campos, a 80 km de São Paulo, está fechada a isolada desde a madrugada desta terça-feira, 24. Em nota, a
empresa diz que a decisão de dispensar os trabalhadores é para proteger
os funcionários. A unidade passa por negociações com o sindicato, uma
reunião entre a GM e sindicalistas deve acontecer nesta quarta-feira
para decidir sobre a dispensa de 1500 empregados com o fechamento de um
setor da indústria.
Todos os portões estão trancados e a segurança foi reforçada desde as 3h
da manhã, quando os funcionários receberam a informação da dispensa
remunerada. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
preparava uma assembleia na porta da empresa agora pela manhã. Ainda segundo o comunicado, a GM pede tranquilidade aos trabalhadores e pede para que aguardem em casa as novas instruções.
Montadora isolada
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos suspendeu uma
manifestação prevista hoje na porta da GM. A fábrica permanece fechada e
com segurança reforçada.
Segundo Antônio Ferreira de Barros, presidente do sindicato, a decisão
foi tomada nesta manhã. "Ninguém pode entrar, está tudo fechado",
comentou o sindicalista sobre o isolamento da fábrica feita por
seguranças.
Uma reunião entre sindicalistas e trabalhadores está marcada para as 14h
na sede do sindicato. Às 17h uma assembleia, inicialmente prevista para
acontecer nos portões da montadora, será feita com os trabalhadores
também na sede da instituição.
Segundo o comunicado que a empresa distribuiu hoje, a justificativa para o
não funcionamento da linha de montagem das oitos unidades do complexo
fabril de São José dos Campos se deve à preocupação da montadora com a "integridade física de seus empregados".
"A decisão tem como objetivo proteger a integridade física dos
colaboradores enquanto continuam as discussões com os representantes
sindicais em relação à viabilidade de uma das fábricas do Complexo, onde
são produzidos Corsa hatchback, Meriva, Zafira e Classic", diz a nota.
Diz o comunicado: "Há fortes evidências de mobilizações internas no
complexo e entende que o momento atual é delicado e prefere não expor
seus empregados a eventuais incitações e provocações comuns. Assim, em
nome da segurança de todos, a GM concedeu licença remunerada a todos os
empregados".
Por fim, a empresa recomenda que todos os trabalhadores "permaneçam
tranquilos em suas casas ao lado de seus familiares e aguardem novas
instruções".
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