Uma nave espacial tripulada se choca com um pedaço de lixo espacial e
fica orbitando à deriva; esse é o tema do filme "Gravity", estrelado por
George Clooney, com data de lançamento prevista para 2013, que fez a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciar com preocupação que esta é possibilidade real. Em comunicado, o órgão aponta que dos mais de 6 mil satélites
lançados desde o começo da era espacial, menos de mil seguem
operacionais, enquanto o restante entrou novamente na atmosfera ou segue
em órbita abandonado.
A situação, de acordo com a agência, significa um alto risco da geração
de novos fragmentos de lixo espacial, caso as baterias ou o combustível
desses equipamentos, causem explosões. Sobre o potencial destrutivo do material que está em órbita, a ESA
explicou que um parafuso, com cerca de 2 centímetros que sobrevoe a
Terra a uma velocidade de 7,5 quilômetros por segundo, pode destruir um
satélite.
A entidade apontou ainda que mesmo não se lançando novos satélites, as
simulações mostram que os níveis de fragmentos em órbita seguiriam
aumentando. Por isso, a ESA criou a iniciativa "Clean Space" ("Espaço
Limpo", em livre tradução).
A agência investiga métodos que contribuam para minimizar o impacto das
atividades especiais europeias, reduzindo a geração de resíduos tanto na
Terra como no espaço. Os projetos incluem controlar o impacto das tecnologias espaciais sobre o
meio ambiente, desde seu desenho e fabricação até sua eliminação no fim
de sua vida útil. Entre os novos processos industriais que se incluem nessa filosofia, por
exemplo, estão métodos inovadores de soldagem, por exemplo, que
permitem o uso de menos materiais e menos energia, para produzir
resultados de maior qualidade.
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