O governo chinês está trabalhando com serviços nacionais de busca como o Baidu e Sohu.com, e junto a instituições financeiras, para prevenir ataques de phishing contra internautas chineses desprevenidos. O Ministério da Segurança Pública anunciou na sexta, 30, que trabalharia
com 10 serviços de busca chineses a fim de proteger os rankings dos
sites de instituições financeiras, a fim de reduzir a chance de que
internautas sejam iludidos por sites de phishing.
Um ataque de phishing ocorre quando o usuário é persuadido a prover seu
nome de usuário e senha em uma falsa página de Internet que se assemelha
muito à original.
A colaboração fará com que os sites oficiais de diversos bancos
chineses, como o Banco Agrícola da China e o Banco de Construção da
China tenham seus nomes no primeiro lugar do ranking quando o usuário
realizar buscas, anunciou o Ministério em uma circular na sexta, 30. A medida surge depois que as autoridades chinesas apelaram por mais
segurança na Internet, quarta-feira, depois de uma série de vazamentos
de dados pessoais que alarmou a comunidade online e levou a apelos por
fiscalização mais intensa daqueles que têm acesso a informações online.
A China tem o maior número de internautas do planeta, 485 milhões,
informou a mídia estatal no mês passado, e a despeito da censura e
fiscalização intensas online, muitos usuários estão furiosos com as
informações sobre vazamentos de dados, e suas implicações. Os nomes de usuário, senhas e endereços de e-mail de mais de seis
milhões de contas no CSDN, um site destinado a programadores, foram
obtidos por hackers, reportou a agência de notícias Xinhua na semana
passada, mencionando uma produtora de software antivírus que descobriu o
problema. O popular site de redes sociais Tyana também foi atingido.
Na sexta-feira, o jornal Global Times descreveu a situação de segurança
da Internet na China como “muito perigosa”, afirmando que os vazamentos
haviam “causado alarme na sociedade chinesa”. “O departamento vê o recente vazamento de informações de usuários como
séria violação dos direitos de usuários chineses e ameaça à segurança da
Internet. E condena vigorosamente esse comportamento”, afirmou o
ministério em comunicado.
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