Para potencializar as vendas de automóveis no Brasil, as montadoras planejam criar o segmento dos carros "subeconômicos", composto por
modelos menores que os "populares" atuais.
A Chevrolet prevê que a nova categoria promoverá o acréscimo de 400 mil a 500 mil unidades vendidas por ano no mercado nacional.
A marca confirmou à Folha, em Detroit, que desenvolve um modelo
"subeconômico" para o Brasil. O mesmo carro estará disponível em outros
mercados emergentes, como China e Índia. O lançamento deve ocorrer
dentro de dois anos.
No Brasil, o carros do novo segmento aposentarão modelos como Volkswagen
Gol G4 e Fiat Mille. Serão simples, mas de concepção atual.
"A economia brasileira está crescendo, e estou convencido de que
precisamos potencializar nossos investimentos no país", disse Dan
Akerson, presidente mundial da GM.
A Fiat e a Volkswagen prometem lançar seus "subeconômicos" em 2014. A
data coincide com o prazo limite que as montadoras têm para instalar
airbags e freios ABS (que evitam o travamento das rodas) em todos os
modelos zero quilômetro.
O novo Fiat será produzido em uma nova fábrica, que está sendo
construída em Pernambuco. O modelo VW será uma adaptação do projeto
europeu Up!, e seus locais de produção ainda não foram divulgados.
Os "subeconômicos" irão prolongar a vida dos motores 1.0, que vêm
perdendo participação de mercado na última década com o aumento do poder
aquisitivo da população.
A tendência é que tais motores voltem a despertar o interesse do
público, impulsionados por tecnologias mais modernas que melhoram o
desempenho e diminuem o consumo e as emissões de poluentes.
Com o crescimento das vendas proporcionado por esse novo segmento, o
Brasil alcançará o patamar de 4 milhões de unidades emplacadas por ano,
prevê Sergio Marchione, CEO do grupo Fiat-Chrysler, presente no Salão de
Detroit para anunciar a produção de um novo modelo de luxo da empresa
para o mercado americano.
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