terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Estudante processa o Facebook

Não é de hoje que o Facebook é acusado de invasão de privacidade, de não informar claramente o que faz com os dados de seus filiados, etc, etc. Por outro lado, é preciso reconhecer que o pessoal fissurado nessas redes sociais (Facebook, Twitter, Orkut, etc) é, geralmente, absolutamente desprovido de autoestima e autocensura, transforma essas redes em diários pessoais e ali escancara sua vida pessoal em detalhes que fogem a qualquer noção de bom senso. Depois, não há como acusar o Facebook e as outras redes de qualquer tipo de "invasão" de privacidade ... 

A notícia abaixo, acompanhada de vídeo do YouTube, nos traz detalhes impressionantes e preocupantes da maneira como o Facebook lida com os dados pessoais de seus milhões de filiados. Mesmo levando em conta o detalhe da veiculação da notícia pelo YouTube, hoje propriedade do Google, que se tornou um ferrenho concorrente do Facebook via Google+, a notícia e seus detalhes dão muito o que pensar.

O estudante de direito em Viena, Max Schrems, iniciou um processo contra o Facebook, a maior rede social do mundo criada por Mark Zuckerberg. Após muitas dificuldades, o estudante de direito conseguiu um CD com toda a informação coletada durante os três anos em que fez parte desta rede. Quando impresso, o conteúdo do CD formava uma pilha de 1.200 páginas. Todo o material - histórico de chats, cutucadas, pedidos de amizade, posição religiosa, etc. - era classificado em 57 categorias que possibilitam facilmente a mineração de dados, descobrindo qualquer informação que se deseja; seja da vida pessoal, profissional, religiosa ou política.

Além desse material, mesmo as mensagens, fotos e outros arquivos que ele havia deletado continuavam armazenados nos servidores do Facebook. Quando questionado sobre isto, o Facebook afirmou que apenas "removia da página" e não "deletava". Isso significa que, quando uma informação é publicada no Facebook, ela jamais é excluída. Após descobrir que o Facebook possui servidores na Irlanda, entre agosto e setembro de 2011, Schrems abriu 22 queixas contra a rede social no Irish Data Protection Commissioner, um órgão deste país. Para acompanhar o caso, o estudante de direito criou o site "Europe versus Facebook"[http://europe-v-facebook.org/EN/en.html].

O estudante de Direito Max Schrems, austríaco, relata sua história no Facebook e sua ação contra ele. 

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