No comunicado, a empresa diz estar colaborando com a Justiça e que pesam 'graves acusações' contra o comandante, que teria cometido um "erro de julgamento" com "consequencias graves". "A rota seguida pelo navio estava muito próxima da costa e parece que suas decisões no gerenciamento da emergência não seguiram os procedimentos da Costa Cruzeiros, que estão de acordo e em alguns casos vão além dos padrões internacionais", diz a nota da empresa.
Capitão é suspeito de homicídio culposo
Schettino foi preso no sábado, 14, pela suspeita de homicídio culposo (sem a intenção de matar) e nega todas as acusações. Ele está sendo questionado pela polícia e alega que o sistema de navegação não mostrava obstáculos no local do acidente. Ele também negou que tenha deixado a embarcação sem prestar auxílio aos passageiros e afirmou que só deixou o navio após terminar o processo de retirada dos ocupantes.
Em uma entrevista transmitida pela TV italiana, ele foi questionado se seguiu a máxima de que "o capitão é o último a deixar o barco". "Fomos os últimos a deixar o navio", respondeu. O capitão afirmou ainda que, de acordo com as informações de que tinha no momento do acidente, as rochas que provocaram a ruptura do casco do navio não foram detectadas pelo sistema de navegação automática da embarcação. Segundo ele, as cartas náuticas não indicariam a presença de rochas no local. "Não deveríamos ter tido esse impacto', afirmou. "Pelas informações que tinha, estávamos a mais ou menos a 300 metros das rochas". [Independente da falha ou não de equipamento, será que esse trajeto seguido pelo navio jamais fora navegado antes, ninguém sabia da existência dessas rochas?!]
Neste domingo, os mergulhadores que vasculhavam a embarcação encontraram dois corpos, de dois homens. Três corpos já haviam sido encontrados no sábado - de dois passageiros franceses e um tripulante peruano. Outras três pessoas haviam sido encontradas dentro do navio com vida: um casal sul-coreano em lua de mel e um tripulante, que sofreu ferimentos na perna. A maioria dos ocupantes do navio era de italianos, alemães e franceses. Também havia 53 brasileiros a bordo, sendo 47 passageiros e seis tripulantes. Nenhum brasileiro ficou ferido e muitos já retornaram ao país.
Mergulhadores continuam tentando vasculhar as partes submersas do navio, que tombou lateralmente. A embarcação havia deixado o porto de Civitavecchia na manhã de sexta-feira para um cruzeiro de uma semana pelo mediterrâneo.
Navio Costa Concordia se dirigia do porto de Civitavecchia ao de Savona, no norte da Itália (clique na imagem para ampliá-la) - (Fonte: Google Maps/Estado de S. Paulo).
Bombeiros observam a pedra que abriu um buraco de 30 m no navio de cruzeiro de luxo Costa Concordia - (Foto: Andrea Sinibaldi/AP).
Helicóptero resgata passageiro donavio, que naufragou nas proximidades da ilha de Giglio - (Foto: Gregorio Borgia/AP).
Interior do Costa Concordia ficou danificado após acidente - (Foto: EFE).
Interior do Costa Concordia ficou danificado após acidente - (Foto: EFE).
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