quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Deficit comercial britânico cresce acima do esperado em novembro

O deficit comercial do Reino Unido aumentou mais que o esperado em novembro, revertendo a redução recorde do mês anterior, com as exportações em baixa e as importações de petróleo e produtos químicos subindo a máximas históricas, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.

A ONS, a agência de estatísticas britânica, informou que o deficit comercial cresceu para 8,644 bilhões de libras em novembro. Esperava-se um saldo negativo de 8,3 bilhões, contra 7,868 bilhões em outubro.  A ONS disse que o aumento foi induzido por exportações menores para países fora da União Europeia e pela importação recorde de químicos.

O deficit britânico com países fora da UE (União Europeia) cresceu para 5,021 bilhões de libras em novembro, contra 4,556 bilhões em outubro, em linha com as previsões. [Mesmo com a UE em crise, o Reino Unido (RU) levou a pior no comércio com essa região, o que confirma que há algo de errado na produção e/ou na pauta de exportação do RU para essa região. Estaria isso por trás da esdrúxula decisão de David Cameron de torpedear as propostas de solução da crise na zona do euro, na bizarra expectativa de que uma estagnação ou uma piora da situação poderia "favorecer" o comércio do RU com ela?! Nada disso faz sentido.]

A importação de produtos químicos, inclusive de produtos médicos, subiu 12% no mês, para 4,5 bilhões de libras -- o maior valor desde janeiro de 1998. Já a importação de petróleo aumentou para 4,652 bilhões de libras, outro recorde de alta, embora a balança comercial de petróleo tenha encolhido por conta do aumento das exportações.

Os dados mensais de comércio tendem a ser voláteis, mas os números reforçam a percepção de que a economia britânica está encontrando dificuldade para crescer, podendo até entrar em recessão.  Uma pesquisa nesta semana mostrou que as vendas de exportação das manufatureiras britânicas tiveram a menor expansão desde o fim de 2009, quando o Reino Unido saiu da recessão.

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