O deficit comercial do Reino Unido aumentou mais que o esperado em novembro, revertendo a redução recorde do mês anterior, com as
exportações em baixa e as importações de petróleo e produtos químicos
subindo a máximas históricas, segundo dados oficiais divulgados nesta
quarta-feira.
A ONS, a agência de estatísticas britânica, informou que o deficit
comercial cresceu para 8,644 bilhões de libras em novembro. Esperava-se
um saldo negativo de 8,3 bilhões, contra 7,868 bilhões em outubro.
A ONS disse que o aumento foi induzido por exportações menores para
países fora da União Europeia e pela importação recorde de químicos.
O deficit britânico com países fora da UE (União Europeia) cresceu para 5,021 bilhões de
libras em novembro, contra 4,556 bilhões em outubro, em linha com as
previsões. [Mesmo com a UE em crise, o Reino Unido (RU) levou a pior no comércio com essa região, o que confirma que há algo de errado na produção e/ou na pauta de exportação do RU para essa região. Estaria isso por trás da esdrúxula decisão de David Cameron de torpedear as propostas de solução da crise na zona do euro, na bizarra expectativa de que uma estagnação ou uma piora da situação poderia "favorecer" o comércio do RU com ela?! Nada disso faz sentido.]
A importação de produtos químicos, inclusive de produtos médicos, subiu
12% no mês, para 4,5 bilhões de libras -- o maior valor desde janeiro de
1998.
Já a importação de petróleo aumentou para 4,652 bilhões de libras, outro
recorde de alta, embora a balança comercial de petróleo tenha encolhido
por conta do aumento das exportações.
Os dados mensais de comércio tendem a ser voláteis, mas os números
reforçam a percepção de que a economia britânica está encontrando
dificuldade para crescer, podendo até entrar em recessão. Uma pesquisa nesta semana mostrou que as vendas de exportação das
manufatureiras britânicas tiveram a menor expansão desde o fim de 2009,
quando o Reino Unido saiu da recessão.
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