domingo, 15 de janeiro de 2012

Dilma Rousseff e Sérgio Cabral não têm o que fazer

O final do ano passado e os primeiros dias deste ano marcaram indelevelmente o país e seu povo. O clima em diversas regiões do Brasil parece ter simplesmente endoidecido: em Minas e no Estado do Rio, entre outros locais, chuvas terríveis causaram destruições e mortes. Nos Estados do Sul uma seca terrível vem causando prejuízos enormes, dizimando a agricultura e a pecuária locais.

No Estado do Rio, a mesmíssima Região Serrana que no ano passado chocou os brasileiros e o mundo com enchentes e temporais que mataram e desabrigaram mais de mil pessoas, e que teve áreas profunda e permanentemente modificadas pela violência das águas, voltou a viver praticamente a mesma situação e o mesmo drama simplesmente porque as autoridades federais, estaduais e municipais se mostraram outra vez irresponsavelmente omissas, safadamente irresponsáveis, e reiteradamente criminosas. Verbas destinadas aos municípios atingidos jamais chegaram aos seus destinos, e ninguém fez nada e puniu quem quer que seja nas três esferas. Obras prometidas nunca foram realizadas, e os responsáveis continuam lépidos e fagueiros, como se nada tivesse acontecido -- o jornal O Globo denunciou, em manchete de primeira página, que o governo do Estado do Rio prometeu 75 pontes na região e, durante os 365 dias que se passaram, só fez uma ponte!

O que fizeram durante esse ano todo decorrido autoridades como a Dª Dilma e o Sr. Sérgio Cabral para, em respeito aos cidadão mortos e sobreviventes na Região Serrana do Estado, e em cumprimento às suas obrigações morais e constitucionais com essa gente e com a economia regional, para que a tragédia não se repetisse? Nada, absolutamente nada.

Na esfera federal, isso é, ou deveria ser, responsabilidade do Ministério das Cidades e do Ministério da Integração Nacional.  O primeiro desses ministérios fechou-se em silêncio ensurdecedor, mergulhou nas entranhas de Brasília, e não tomou atitude nenhuma nem fez sequer um pronunciamento a respeito. Já o da (Des) Integração, deu o ar da graça da pior maneira possível: destinou mais de 90% das verbas disponíveis para a prevenção de acidentes naturais ao Estado de Pernambuco, terra natal do ministro Fernando Bezerra. E o que fez Dª Dilma, a chefe desses cidadãos? Absolutamente nada, xongas, lhufas -- exceto defender  com unhas e dentes, com seu proverbial mau humor e sua cara de quem está permantemente com TPM, seu ministro Bezerra. Consta que o máximo que ela fez foi antecipar em um dia o retorno de suas férias num recanto paradisíaco da Bahia.

O Sr. Sérgio Cabral continua o omisso de sempre, falastrão de frases (pobres) de efeito , e amante das viagens p'ra cima e p'ra baixo -- quando não vai a Paris, escolhe uma viagenzinha pelo país com algum dos empresários privados seus chapas. Como é que um homem desses, tão atarefado e tão marqueteiro, vai se lembrar de que existe uma Região Serrana ainda coberta de feridas que ele um dia, por evidente descuido, prometeu ajudar?!

Pois bem, com todo esse pano de fundo e no meio de todo esse buchincho, chega-nos a notícia fantástica, dada pelo O Globo na sexta-feira 13 (ah, tá explicado!...), de que a ilustre presidente Dª Dilma, nossa versão piorada da Dama de Ferro inglesa, virá ao Rio este mês para, em companhia do Sr. Sérgio Cabral (!...), inaugurar uma tal "Ponte do Saber", uma merreca de uma ponte estaiada para a Ilha do Fundão. Esses dois cidadãos bem que podiam nos poupar dessa ridicularia, ter um pouco de decoro na face, e se dignarem a sujar os pezinhos (as mãos já estão enlameadas pela omissão criminosa) e trocarem essa pontezinha por uma ida à Região Serrana, para sentirem de perto, ao vivo e em cores, o resultado prático de sua negligência. E a presidente fica ainda devendo uma viagem a Minas, para presenciar o que a irresponsabilidade sua e de seu ministro da (Des)Integração fez também os mineiros.


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