Quando é clicado ou selecionado, o logotipo mostra sete serviços alternativos à página de busca do site, com uma opção de mostrar outros oito. Analistas dizem que o redesenho foi feito para promover os outros negócios do Google sem poluir sua página inicial.
A nova cara do site de buscas, que foi anunciada em 2011, ainda está sendo oferecida somente a usuários selecionados. Um porta-voz da empresa disse que o objetivo do novo design é melhorar a experiência do usuários. “Revisão e melhorias constantes são parte da nossa filosofia”, disse. “Se você comparar a página original do Google com a versão de hoje, você verá que uma reformulação de tempos em tempos é certamente revigorante”.
Semelhança com o Chrome. Chris Green, analista de tecnologia da empresa de consultoria de negócios Davies Murphy Group, disse que as mudanças permitem que o Google use ícones de seus serviços sem que se assemelhem ao design mais cheio do Yahoo. “Eles estão tentando lidar com uma maneira de mostrar todas as propriedades diferentes do Google sem encher a página, porque o Google é sempre mais inclinado a manter a página inicial simples e minimalista que sempre tiveram”, disse. “A outra coisa que eles estão fazendo com estes menus é deixando a página mais parecida com o sistema operacional Chrome para netbook. Então a interface é a mesma se você estiver usando um Chromebook ou o site do Google".
Anúncios. Outra consequência da decisão é que agora é preciso que o usuário faça dois movimentos para entrar em serviços como a busca por imagens ou por notícias, ao contrário do único clique que era necessário antes. No entanto, isto pode significar uma vantagem financeira para o site. “Durante anos todos enaltecemos as virtudes de minimizar o número de cliques, então isso pode parecer um retrocesso”, disse Green.
“Mas para preservar a clareza é melhor ter o clique extra. Isso também significa que, para a maior parte das pessoas, a primeira rota para o universo do Google será a volta à barra de busca, o que ajuda a empresa a expor mais pessoas a anúncios". “Pela busca eles podem colocar anúncios na sua frente, enquanto que na seção de notícias não há anúncios".
Autopromoção. O Google está enfrentando queixas sobre o modo como seus próprios serviços aparecem no resultado das buscas. No último mês, dois senadores americanos pediram à Comissão Federal de Comércio do país que investigue se o Google está explorando em benefício próprio o fato de ter a maior fatia dos acessos de buscas em PCs e dispositivos móveis. “A questão principal é se o Google está usando seu poder de mercado para levar os usuários a seus próprios produtos de internet ou serviços secundários e discriminando outros sites com quem compete”, escreveram os senadores Herb Kohl e Mike Lee.
De acordo com o jornal Financial Times, a Comissão Europeia também está examinando denúncias de que o Google “rebaixa sites rivais nos resultados das buscas e dá destaque a seus próprios serviços”. A empresa negou que deixa seus rivais em desvantagem deliberadamente. Segundo um levantamento do instituto de pesquisas de mercado americano Nielsen, o Google foi a marca de internet americana mais acessada em 2011.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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