sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A França perde seu triplo A -- S&P rebaixa a nota francesa

O que a França tanto temia, aconteceu: a S&P (Standard & Poor's) rebaixou a nota francesa, tirando-lhe o tríplice "A". Uma sexta-feira 13 ruim para o país, e péssima para Sarkozy, que busca sua reeleiçãoVejam a seguir a cronologia (inversa) do rebaixamento da França, segundo o site francês Linternaute.

Sexta-feira, 13 de janeiro de 2012, 18h33

18h30 - Sempre à esquerda -- François Rebsamen, líder do PS (Partido Socialista) no Senado [francês], alude a uma "presidência da degradação da França".  -- "A presidência de Nicolas Sarkozy se encerra com a perda daquilo que seu assessor Alain Minc chamava de 'seu tesouro nacional'", acrescenta.

18h16 - Viena ou Helsinque? --  Segundo uma fonte europeia, "a Áustria ou a Finlândia" poderia também perder seu triplo A.

18h10 - Esperar p'ra ver -- A perda esperada do triplo A arrisca afetar os investimentos e as contratações, deplora Jean-François Roubaud, o presidente CGPME (sigla francesa para Associação Empresarial das Pequenas e Médias Empresas). "Evidentemente, vai-se ficar ainda um pouco na expectativa de esperar para ver o que vai acontecer", diz ele.

18h02 - "Triplo" -- A perda do triplo A constitui um "fracasso triplo" para o presidente Sarkozy, desfere o deputado pelo PS de Paris, Jean-Marie Le Guen.

17h59 - Apelo de Mèlenchon -- O candidato da Frente de esquerda à presidência, Jean-Luc Mèlenchon, lança um apelo à "resistência"  à "guerra financeira contra a França" e convoca uma assembleia diante da sede da S&P em Paris.

17h50 - Consequências -- As repercussões eventuais de uma perda do triplo A são múltiplas, e dependerão da reação dos mercados bursáteis nos dias vindouros. As taxas com as quais o Estado financia sua dívida poderiam aumentar; as instituições locais, os bancos e os grandes grupos públicos deveriam logicamente ver suas notas rebaixadas; o contexto econômico pesaria ainda mais sobre o montante dos negócios das empresas; e, para os privados, torna-se importante o risco de uma alta de impostos ou de novas medidas orçamentárias rigorosas.

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