Os sites da Bolsa de Valores de Tel Aviv e da companhia aérea israelense El Al foram derrubados nesta segunda-feira, 16, após ataques de hackers.
Na noite de domingo, um hacker conhecido como OxOmar, que deu início a
uma recente onda de ataques cibernéticos em Israel, anunciou que um
grupo de hackers chamado "pesadelo" realizaria o ataque. Às 10 horas da manhã, horário local, ambos os sites saíram do ar.
Tanto a Bolsa de Valores como a El Al esclareceram que os sites em
questão são as páginas que dão informações ao público. O site de
operações comerciais da bolsa não foi afetado. O novo ataque ocorre duas semanas depois que OxOmar começou a invadir
sites comerciais de Israel e a expor dados de cartões de crédito de
cidadãos israelenses. Até hoje o hacker já expôs informações de mais de 30 mil cartões com endereços, números de identidade e nomes dos titulares.
O vazamento dos dados levou centenas de milhares de israelenses a
verificar seus cartões e gerou preocupação com uma possível "guerra
cibernética" que estaria sendo lançada contra Israel.
Convocação
O ataque desta segunda-feira fortalece os receios de que hackers possam
prejudicar a infraestrutura do país por meio de ataques aos sistemas de
computadores. No domingo, o porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, tinha
convocado hackers pró-palestinos ao redor do mundo a intensificar a
guerra cibernética contra Israel. "A invasão aos sites israelenses abre uma nova frente da resistência à ocupação israelense", afirmou Abu Zuhri.
Na última sexta-feira, um grupo de hackers que se autodenomina "time dos
hackers de Gaza", invadiu o site do Corpo de Bombeiros de Israel.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Danny Ayalon, declarou que os
ataques dos hackers "são ataques terroristas" e anunciou que "Israel vai
responder com força àqueles que violarem a soberania cibernética do
país". Para a presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Parlamento
israelense, deputada Ronit Tirosh, a invasão dos sites "é o começo de
uma guerra cibernética que poderá paralisar a infraestrutura essencial
do país". De acordo com a deputada, existe o risco de que ataques cibernéticos
danifiquem os sistemas de energia, água, comunicação e distribuição de
alimentos em Israel.
O governo israelense anunciou a formação de uma Autoridade Cibernética,
cuja função é tomar medidas de defesa do espaço virtual do país, porém,
de acordo com a imprensa local, o novo órgão ainda não recebeu os
recursos necessários para começar efetivamente a trabalhar.
[A guerra cibernética não conhece trégua, nem refúgios. Israel, que tem uma reconhecida e invejável capacidade tecnológica em todas as atividades vitais para a sua segurança, o que inclui necessariamente a área da cibernética, recentemente "bombardeou" as instalações nucleares do Irã com o vírus Stuxnet.]
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