segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Israel sofre novo ataque de hackers em escalada de guerra cibernética

Os sites da Bolsa de Valores de Tel Aviv e da companhia aérea israelense El Al foram derrubados nesta segunda-feira, 16, após ataques de hackers.

Na noite de domingo, um hacker conhecido como OxOmar, que deu início a uma recente onda de ataques cibernéticos em Israel, anunciou que um grupo de hackers chamado "pesadelo" realizaria o ataque.  Às 10 horas da manhã, horário local, ambos os sites saíram do ar.

Tanto a Bolsa de Valores como a El Al esclareceram que os sites em questão são as páginas que dão informações ao público. O site de operações comerciais da bolsa não foi afetado.  O novo ataque ocorre duas semanas depois que OxOmar começou a invadir sites comerciais de Israel e a expor dados de cartões de crédito de cidadãos israelenses. Até hoje o hacker já expôs informações de mais de 30 mil cartões com endereços, números de identidade e nomes dos titulares.

O vazamento dos dados levou centenas de milhares de israelenses a verificar seus cartões e gerou preocupação com uma possível "guerra cibernética" que estaria sendo lançada contra Israel.

Convocação

O ataque desta segunda-feira fortalece os receios de que hackers possam prejudicar a infraestrutura do país por meio de ataques aos sistemas de computadores.  No domingo, o porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, tinha convocado hackers pró-palestinos ao redor do mundo a intensificar a guerra cibernética contra Israel. "A invasão aos sites israelenses abre uma nova frente da resistência à ocupação israelense", afirmou Abu Zuhri.

Na última sexta-feira, um grupo de hackers que se autodenomina "time dos hackers de Gaza", invadiu o site do Corpo de Bombeiros de Israel.

O vice-ministro das Relações Exteriores, Danny Ayalon, declarou que os ataques dos hackers "são ataques terroristas" e anunciou que "Israel vai responder com força àqueles que violarem a soberania cibernética do país". Para a presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Parlamento israelense, deputada Ronit Tirosh, a invasão dos sites "é o começo de uma guerra cibernética que poderá paralisar a infraestrutura essencial do país". De acordo com a deputada, existe o risco de que ataques cibernéticos danifiquem os sistemas de energia, água, comunicação e distribuição de alimentos em Israel.

O governo israelense anunciou a formação de uma Autoridade Cibernética, cuja função é tomar medidas de defesa do espaço virtual do país, porém, de acordo com a imprensa local, o novo órgão ainda não recebeu os recursos necessários para começar efetivamente a trabalhar.  

[A guerra cibernética não conhece trégua, nem refúgios. Israel, que tem uma reconhecida e invejável capacidade tecnológica em todas as atividades vitais para a sua segurança, o que inclui necessariamente a área da cibernética, recentemente "bombardeou" as instalações nucleares do Irã com o vírus Stuxnet.



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