O Departamento de Segurança Interna (DSI) dos Estados Unidos monitora rotineiramente dezenas de sites populares, entre os quais Facebook,
Twitter, Hulu, WikiLeaks e sites de notícias e fofocas como o Huffington
Post e o Drudge Report, de acordo com um documento do governo
norte-americano.
Uma “revisão de normas de privacidade” divulgada pelo DSI em novembro
informa que, pelo menos desde junho de 2010, seu centro de operações
nacionais vem operando uma “capacidade de mídia/redes sociais”, que
envolve monitoração regular de “fóruns online abertos ao público, blogs,
sites públicos e listas de discussão abertas”. O propósito da monitoração, de acordo com o documento do governo, é
“recolher informações usadas para formar um quadro de situação e
estabelecer um panorama operacional comum”.
O documento acrescenta, usando terminologia mais clara, que essa
monitoração ajudou o DSI e as diversas agências a ele subordinadas,
entre as quais o Serviço Secreto e a Agência Federal de Administração de
Emergências, a administrar a reação do governo a eventos como o
terremoto de 2010 no Haiti e suas consequências, e controles de
segurança e fronteira relacionados à Olimpíada de Inverno de 2010, em
Vancouver, Colúmbia Britânica.
Um funcionário do DSI que conhece bem o programa de monitoração afirma
que sua intenção é apenas a de permitir que o pessoal do centro de
comando acompanhe as diversas mídias da era da internet para que esteja
ciente de acontecimentos em curso aos quais o departamento ou suas
agências podem ter de responder.
O documento que delineia o programa de monitoração informa que todos os
sites monitorados pelo centro de comando são “abertos ao público e… todo
o uso de dados publicados via sites de mídia social se destina apenas a
oferecer um conhecimento de situação mais preciso, um panorama
operacional mais completo, e informação mais oportuna às autoridades
decisórias”.
O funcionário disse que, sob as regras do programa, o departamento não
mantém normas permanentes do tráfego monitorado. Mas os documentos que
revelam os contornos do programa afirmam que o centro de operação
“reterá dados por não mais de cinco anos”.
O esquema de monitoração envolve também uma lista de cinco páginas, que
consta como anexo do documento de revisão, sobre sites que o centro de
comando do DSI planeja monitorar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário