Em uma linguagem inusitadamente dura [de inusitado não tem nada, esse é bem o estilo dele], o ministro afirmou ao jornal Bild am Sonntag que a Grécia perdeu muito da confiança europeia durante a crise da dívida, como reflete uma pesquisa de opinião realizada com os quatro maiores países da zona do euro e publicada pelo mesmo jornal.
"A tarefa mais importante do novo primeiro-ministro Antonis Samaras é garantir o programa acordado, em vez de perguntar o quanto mais os outros podem fazer pela Grécia", disse o ministro, um íntimo aliado da chanceler Angela Merkel e o ministro das Finanças mais poderoso da Europa.
O novo governo grego disse na quinta-feira que iria renegociar os termos da ajuda de 130 bilhões de euros, que tem evitado a quebra do país. A plataforma do governo de coalizão grego é um desafio à Alemanha, o principal pagador da eurozona. Berlin disse que aceita ajustes no acordo, mas não uma revisão radical. A Grécia quer prorrogar por dois anos além de 2014 o prazo para a redução do seu deficit para 2,1% do PIB (em comparação com os 9,3% de 2011), o que exigiria mais 16 a 20 bilhões de euros de financiamento externo. "A bola agora está com os gregos", afirmou Schäuble. "Está nas mãos deles ganhar de volta a confiança dos europeus. Eles só vão conseguir isso com ações concretas".
Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças da Alemanha - (Foto: Reuters).
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