Por 2 votos a 1 a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª
Região decidiu nesta segunda-feira, 18, que são legais as provas obtidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público na operação Monte Carlo,
que investiga o esquema ilegal de exploração de jogos ilegais pelo
contraventor Carlinhos Cachoeira, e indícios de envolvimento do senador
Demóstenes Torres (sem-partido-GO). Com essa decisão, a investigação
contra Cachoeira não será interrompida. [Finalmente, uma notícia decente vinda da Justiça! Desmorona assim a tentativa das defesas de Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres de melar de vez os processos contra esses dois contraventores, usando como laranja o desembargador Tourinho Neto.]
Para os dois juízes federais do Tribunal Regional Federal da 1ª Região,
que votaram favoravelmente à legalidade das provas na Operação Monte
Carlo, as escutas telefônicas não foram o primeiro e o único instrumento
usado pela Polícia Federal para investigar os indícios de crime
praticados pelos integrantes do grupo que seria liderado por Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O relator do habeas corpus, juiz
federal Tourinho Neto, havia julgado na semana passada que as provas
eram ilegais porque a Polícia Federal teria partido de uma denúncia
anônima para iniciar os grampos telefônicos.
O juiz Cândido Ribeiro afirmou que a participação de policiais federais e
civis impedia outras diligências capazes de identificar a prática do
crime. E o juiz Marcos Augusto Souza considerou que a Polícia Federal
fez diligências prévias antes de pedir a interceptação telefônica dos
envolvidos A defesa de Cachoeira disse que vai recorrer da decisão.
Desencadeada em 29 de fevereiro, a Operação Monte Carlo investigou por
um ano a rede de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e
exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. O esquema,
comandado por Cachoeira, segundo a PF e o Ministério Público, tinha a
participação de policiais, inclusive delegados das Polícias Federal e
Civil, além de empresários, autoridades e políticos.
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