domingo, 11 de março de 2012

Os mistérios da Ilha de Páscoa (II) -- Os moais

[Ver postagem anterior sobre a Ilha de Páscoa].

Como dito na postagem anterior, os moais, as gigantescas estátuas de pedra que são a marca registrada dessa ilha, são ainda um mistério sob vários aspectos. Aproximadamente 50% das 887 estátuas documentadas até hoje permanecem ainda na vizinhança imediata de Rano Raraku, local da pedreira onde foram produzidas.  As demais estátuas, em sua maioria, foram transportadas para estruturas ou plataformas cerimoniais, o(a)s ahus, e ali colocadas eretas, em um feito que é uma das maiores façanhas megalíticas da pré-história do Pacífico. Rano Raraku é uma cratera vulcânica na planície a leste da ilha, fonte do material basáltico usado em 95% das estátuas da ilha.

O Projeto Estátuas da Ilha de Páscoa (EISP, em inglês - Easter Island Statue Project) , iniciado nos anos 1980s, é o mais longo inventário cooperativo e evolutivo de artefatos jamais realizado no contexto da pesquisa arqueológica da Ilha de Páscoa. Seus objetivos básicos e primeiros são científicos. Seu objetivo básico é tornar mais claras as complexidades da pré-história [da ilha], e integrar os moais na pré-história dos rapa nui. O projeto visa localizar, descrever, e entender o contexto e o uso originais de todas as estátuas, incluindo as que estão em museus, na expectativa de revelar seu significado.

A visão clássica dos moais é sempre a de uma figura incompleta, com apenas a cabeça ou, no máximo, o tronco, e isso sempre deu a impressão de que essa era a intenção de quem as fez.





Exemplos de moais - (Fotos: Google).

O que parece que ninguém pensava, ou esperava, é que tais estátuas tivessem na realidade um corpo completo, o que acabou sendo revelado pelo projeto EISP. No entanto, no litoral da ilha há moais submersos de corpo inteiro que podem ser observados em mergulhos que são uma das atrações turísticas da Ilha de Páscoa. Seria portanto lógico pensar que as estátuas em terra firme tivessem a mesma características.

Uma das teorias sobre o desaparecimento dos habitantes originais de Rapa Nui foi a superpopulação que levou a conflitos internos e falta de alimentos. Agora surge outra hipótese: um enorme deslizamento pode ter varrido a ilha e sua civilização. Isso aniquilou a população e fez com que as estatuas ficassem com boa parte do seu corpo sob a terra.


Agradeço a Agenor Magalhães e Paulo Bouhid o envio das fotos que mostro a seguir.







3 comentários:

  1. Maravilhoso. Taí algo que eu gostaria de ver LIVE! Parabéns.

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  2. Maravilhoso e intrigante tudo isso...

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  3. Muito interessante, parabéns pela matéria!

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