Está mais barato produzir bens industriais nos Estados Unidos do que no Brasil. A afirmação parece um contrassenso, mas se tornou realidade. A
crise provocou uma reviravolta na estrutura de custos das empresas,
encarecendo uma nação emergente como o Brasil e tornando os EUA um país
de baixo custo.
"As empresas relatam que hoje existem condições mais favoráveis para a
produção industrial nos Estados Unidos do que no Brasil", conta Gabriel
Rico, CEO da Câmara Americana de Comércio (Amcham-Brasil), que reúne as
multinacionais americanas instaladas no País.
O câmbio é o principal vilão por causa do enfraquecimento do dólar,
especialmente diante do real, mas não é o único. Levantamento da MB
Associados, feito a pedido do Estado, aponta que despesas importantes,
como energia e mão de obra, subiram muito mais no Brasil do que nos
Estados Unidos. [Nesses dois insumos, o grande responsável é o Estado, com sua absurda e suicida ganância fiscal, onerando o custo Brasil.]
Nos últimos cinco anos, o custo do trabalho em dólar na indústria
aumentou 46% no Brasil e apenas 3,6% nos Estados Unidos. Segundo Aluizio
Byrro, presidente do conselho da Nokia Siemens na América Latina, a mão
de obra no Brasil está entre as mais caras do mundo. "Um gerente de
nível médio chega a ganhar 20% menos nos EUA do que aqui". No Brasil, os encargos trabalhistas são pesados e a variação cambial
encareceu os salários em reais. Além disso, o crescimento da economia e a
baixa escolaridade da população provocou uma forte escassez de mão de
obra qualificada. [Novamente, o Estado absurdamente ganancioso na tributação, e irresponsavelmente omisso na educação.]
Nos Estados Unidos, trabalhadores não têm direitos como décimo terceiro
salário ou licença-maternidade. Com a crise, as empresas ganharam poder
de barganha e conseguiram até redução de salários. "No setor automotivo americano, por exemplo, tudo foi repensado para
salvar empresas que estavam à beira da falência", diz Marcelo Cioffi,
sócio da consultoria PwC. "Já o Brasil é um dos países mais onerosos do
mundo para produzir carros. Não só pelo câmbio, mas também pela falta de
escala, excesso de impostos, mão de obra e matéria-prima mais caras". [OK, nossa carga fiscal é gigantesca, mas não pode ser tão ruim produzir carros no Brasil como esse cidadão quer fazer crer, caso contrário não teríamos tantas montadoras instaladas e se instalando no país. Debaixo desse angu tem caroço.]
De acordo com Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, além da
logística ruim e da carga tributária, o setor industrial brasileiro
sofreu com a inflação mais alta que nos EUA, o que encareceu os custos
em geral. "Nos EUA, a crise foi essencial para a tornar a indústria mais
competitiva, porque provocou demissões em massa e reduziu os custos,
aumentando a produtividade", diz Vale. Nos últimos cinco anos, a
produtividade industrial americana avançou 9%, ante apenas 1,1% no
Brasil. [Essa questão da competitividade é um velho e reincidente problema da nossa indústria, e também o Estado descumpre seu papel por absoluta falta de uma agenda governamental para o nosso setor industrial. Se isto já era verdade no governo Lula (o Nosso Pinóquio Acrobata), tornou-se a tônica do governo Dilma até agora.]
Déficit. A balança comercial entre os dois países já
reflete a mudança na competitividade. Em 2005, o Brasil tinha um
superávit de US$ 9,9 bilhões com os americanos. No ano passado, esse
resultado foi revertido em um déficit de US$ 8 bilhões. [Sem comentários. Se, além disso, a China reduzir drasticamente suas importações de nossas commodities, e/ou os preços destas baixarem significativamente, nossa vaca vai p'ro brejo. E ainda há gente que quer um Estado maior no Brasil!]
Amigo VASCO:
ResponderExcluirE ainda se fala no conteúdo nacional na futura tecnologia 4G!!
O melhor que temos a fazer é aprender MANDARIM!!!!
Abraços - LEVY